quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Shalom!
Ele cuidou da segurança do Rio de Janeiro, foi eleito deputado federal, participa de programa de TV, tem um blog...
No Papo de hoje, o sempre atuante, Deputado Marcelo Zaturansky Itagiba!


PIT - Olá Deputado Itagiba, bem vindo ao Papo em Comunidade!
MI – Olá Patricia!

PIT - Formado em Direito e delegado da Policia Federal, quando você decidiu pela carreira política?
MI - Na verdade, a ideia de ingressar na política foi tomando corpo aos poucos na minha vida. Aliás, a política sempre esteve presente na minha casa, por conta de meu pai Ivair Nogueira Itagiba, que foi prefeito de Macaé, desembargador e presidente do Tribunal de Justiça do antigo Estado do Rio de Janeiro. Me formei em Direito, advoguei por alguns anos, mas não resisti aos apelos da minha vocação e ingressei na polícia, há 25 anos, no cargo de delegado do Departamento de Polícia Federal. Ao longo da minha carreira, participei diretamente de investigações e operações de combate às organizações criminosas, principalmente contra o tráfico de drogas. Isso me deu a experiência de saber quais são os percalços legais que impedem ou dificultam o trabalho da polícia. Com isso, em relação especificamente à área de segurança pública, tenho apresentado propostas legislativas destinadas a modificar o Código Penal e o Código de Processo Penal, para que as nossas leis sejam mais duras.


PIT - Como foi estar à frente da segurança pública do Rio de Janeiro? Qual o maior desafio de um secretário de segurança em uma cidade como o Rio?
MI - Cumpri mais uma vez com o meu dever, quando estive à frente da Secretaria de Segurança Pública. Muito mais poderia ter sido feito se tivesse havido, o que, aliás, nunca houve e continua sem haver, que é a integração de todas as instituições que têm co-responsabilidade para a segurança pública nacional. Mas, a despeito das condições ideais, combatemos de frente os criminosos e quebramos todos os recordes de prisões e apreensões de armas. Foram 64 mil prisões e 45 mil apreensões de armas nos três anos que estive na Secretaria de Segurança, antes de me afastar do cargo para concorrer ao mandato de deputado federal. Além disso, retiramos de circulação todos os 80 chefões do tráfico de drogas que havia no estado. E fizemos também os maiores investimentos já realizados em termos de modernização das estruturas policiais, como, por exemplo, as 100 delegacias legais implantadas. Contudo, segurança pública não se faz somente com polícia. Mas também com crescimento econômico, geração de empregos, políticas dignas de habitação e saúde e, sobretudo, educação de alta qualidade, que deve incluir as escolas em tempo integral, nos moldes definidos pelo professor Darcy Ribeiro.


PIT - Atualmente você está participando do programa de Olho no Rio na CNT. Como surgiu esta ideia?
MI - A ideia surgiu da necessidade de discutir os problemas do Rio de Janeiro e ajudá-lo a retomar o caminho da auto-estima e do desenvolvimento econômico. De Olho no Rio é um programa que incentiva e dá divulgação às ações voltadas para a promoção da cidade e do estado. Mas o programa também mantém o olhar vigilante nas contas do nosso estado, para que o erário público, que é um patrimônio da população do Rio, não seja exposto a qualquer tipo de risco.


PIT - Como está o andamento do projeto de lei sobre a negação do holocausto?
MI - O meu projeto de lei nº 987 prevê enquadrar no crime de racismo a negação do Holocausto e de outros crimes contra a Humanidade, com a finalidade de incentivar práticas discriminatórias e atos de segregação. Isto porque as atrocidades na história da Humanidade não se restringiram aos judeus. Elas atingiram ciganos, homossexuais, negros, índios, armênios e pessoas de outras religiões e etnias. O projeto está pronto para ser posto em votação no plenário. Apresentei, inclusive, recentemente, ao presidente da Câmara Federal, Michel Temer, um requerimento assinado pelos líderes de todos os partidos, pedindo que ele seja votado em regime de urgência.


PIT - Você acabou de receber o Troféu Theodor Herzl – Homens de Ação- Homens de Valor. Como se sente sendo homenageado pela comunidade judaica?
MI - Me senti muitíssimo honrado por ter sido agraciado e reconhecido entre as dez personalidades da comunidade judaica no país que se destacaram por suas ações no exercício das suas profissões, funções e missões no Brasil. Foi uma festa muito bonita, na qual estavam presentes muitos amigos e que teve um caráter ainda mais especial, para mim, pela presença da minha mulher e companheira Gabriela e por ter recebido o prêmio pelas mãos de minha mãe Dora.


PIT - Como parlamentar, qual sua visão a respeito da descrença da população em relação aos políticos?
MI - A descrença popular nos políticos é justificada. A enxurrada de denúncias, devidamente tornadas públicas pela imprensa nos últimos meses, sobretudo em relação ao Senado, reforça esse sentimento de descrença. Contudo, discordo das recentes manifestações em defesa da extinção do Senado. A democracia, a liberdade e o estado de direito devem a sua existência ao livre funcionamento das instituições democráticas. Agora, claro que é preciso tornar mais transparentes os atos do Senado. Como também é preciso acabar com a ilegitimidade da suplência sem votos que hoje corresponde a mais de 20% dos mandatos. Defendo também que se deve limitar a prerrogativa legislativa do Senado às questões pertinentes à Federação e estabelecer a regra da renúncia para os parlamentares que optarem por assumir cargos no Poder Executivo, pois, afinal, foram eleitos para representar o povo no Congresso. São medidas necessárias e inadiáveis. A transparência dos atos e a efetiva punição dos que descumprirem as leis formam o caminho que pode resgatar a credibilidade da classe política brasileira.


PIT - Deputado, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
MI - Deixo aqui a minha convicção: acredito que cada um pode e deve fazer a sua parte. Quando os bons se omitem, eles abrem espaço para que os maus avancem. Vamos participar do processo político e modificar aquilo com que não concordamos, para tornarmos o Brasil um país melhor para todos. Shalom para todos!



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2 comentários:

Arlyne Wayner disse...

I'm trying to get in touch with patricia Tendrich. I'm a Tendrich from Miami, Florida and I know that my grandfather, Joseph tendrich from Russia had cousins that ended up in Brazil. My email is starjode@bellsouth.net. My husband and i are going to be in rio in dec. for 2 days and would love to connect with family. thank you Arlyne wayner

Arlyne Wayner disse...

I meet in Rio before we go on a cruise