quinta-feira, 29 de janeiro de 2009





Shalom!
O Papo de hoje é com uma assistente social e terapeuta de grupo.
Diretamente de Israel: Deborah Erlich!

PIT - Olá Deborah, bem vinda ao Papo em Comunidade!
DE -
Olá Patricia!

PIT - Para começar conte um pouco sobre você, sua formação...
DE -
Moro em Tel Aviv. Fui do Movimento Hashomer Hatzair e emigrei para Israel em 1992 com uma pausa de três anos entre Índia e Brasil. Sou formada em Assistência Social pela Universidade de Tel Aviv e em Terapia de Grupo pela Universidade Bar-Ilan.

PIT - Como é o seu trabalho em Israel?
DE -
Eu trabalho numa organização chamada Enosh que facilita a reabilitação de pessoas com problemas psicológico-psiquiátricos. Esta organização é ligada ao Ministério da Saúde de Israel e oferece vários serviços. O meu trabalho consiste em dar acompanhamento terapêutico semanal, terapia de grupo e também servir de intermediaria na interação do paciente com o seu local de trabalho, sua família e o seu meio social.

PIT - Você lida com jovens que serviram o exército. Quais os maiores problemas que eles apresentam?
DE -
O exército de Israel constitui um elemento crucial de inserção na sociedade israelense e é formado em sua grande maioria por jovens entre dezoito e vinte e dois anos que são recrutados para o serviço obrigatório. A maioria dos jovens recrutados é consciente do fato que terão que passar por novos desafios, por situações difíceis e perigosas, enfrentar verdadeiras provas físicas e psicológicas e talvez testemunhar a morte e ferimentos graves de seus amigos próximos durante alguma situação de conflito. Na verdade pode-se dizer que quase todos os cidadãos israelenses, homens e mulheres passaram pela experiência do exército de alguma forma. Eu trato de pessoas de todas as idades, sendo que a maioria deles tem recordações boas ou não tão boas da experiência no exército. Alguns pacientes receberam isenção do serviço obrigatório por já apresentarem problemas psiquiátricos, outros tiveram que terminar o serviço antes do fim e outros detectaram os problemas após o serviço no exército. O exército, sendo um fator causador de grande stress na vida destes jovens, pode ser um "disparador" de problemas psicológicos e ou psiquiátricos, mas isso também depende da predisposição de cada indivíduo. Muitas vezes, aqueles que não serviram o exército pelos motivos citados acima se sentem excluídos e discriminados, dada a grande importância do exército na sociedade israelense.

PIT - Passamos agora por um período de conflito em Israel. O que uma guerra pode ocasionar nas pessoas envolvidas?
DE -
No caso de Israel, todos estão envolvidos, desde os soldados no front, passando por suas famílias e amigos preocupados, os moradores das cidades de Sderot, Ashkelon, Beer –Sheva e redondezas que tem que lidar diariamente com a ameaça e o ataque dos mísseis sobre suas cabeças, e ate nós aqui em Tel Aviv que apesar de sermos denominados pelo resto de Israel como "a bolha", (modo irônico de dizer que estamos isolados), também sentimos o medo, a ameaça e mal-estar constante.
Numa guerra ou conflito os soldados estão sujeitos a entrar em estado de choque com a possibilidade de desenvolver a "síndrome pós traumática". Há dois anos atrás o número de soldados reconhecidos em Israel que desenvolveram a síndrome era de quase 3.000, hoje imagino que o número tenha aumentado. Entre os muitos residentes do sul de Israel, além daqueles que perderam familiares e amigos ou tiveram suas casas atingidas, existem aqueles que desenvolvem a síndrome de pânico (pós-ataque) pelo fato de estarem em constante stress.

PIT - No Rio você trabalhava na ONG Roda Viva, como foi trabalhar com as crianças do Borel? Que tipo de trabalho você realizava lá?
DE -
Foi uma experiência muito interessante. Tive a oportunidade de conhecer a realidade da favela de perto (e não através de filmes), o dia a dia das crianças e adultos que vivem lá. Eu atuava em várias áreas na ONG. Uma delas era diretamente com a população do Borel no centro comunitário que a ONG fundou no morro. Trabalhei também nas parcerias e projetos da Ong com instituições no exterior como, por exemplo, a Boston University.

PIT - Qual o seu sonho?
DE -
Muitos! Eu sonho com tranquilidade em Israel e um futuro melhor para nós e nossos vizinhos em Gaza

PIT - Deborah muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
DE -
Agradeço a você Patrícia pelo interesse! Recomendo um filme israelense que recentemente ganhou o Globo de Ouro nos EUA: "Walz with Bashir" de Ari Folman.




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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009



Shalom!


Acabamos de viver um período conturbado em Israel. E mexendo nos arquivos encontrei uma entrevista que fiz ano passado e quero compartilhar com vocês:



O general aposentado Danny Rothschild, foi um dos principais comandantes do Exército de Israel. Em 1991, ele trocou a chefia do serviço secreto por um alto cargo nas negociações com os palestinos. Nesse ano, participou da Conferência de Madri que foi o marco inicial das conversações entre Israel e os países Árabes, onde estavam presentes delegações de Israel, Síria, Líbano, Egito e uma comissão conjunta jordano-palestina, assim como, observadores de outras nações e organizações, o que resultou no tratado de paz com a Jordânia. Em 1993 o general também participou da Conferência de Oslo onde foi feito um acordo entre Yitzhak Rabin e Yasser Arafat de reconhecimento do Estado de Israel e autonomia da Cisjordânia e Gaza. O currículo e os contatos mantidos nas agências de inteligência de vários países fazem de Danny Rothschild, hoje, empresário no ramo de segurança.


PIT - Como começou o seu trabalho com as Forças de defesa de Israel?
DR - Servi o exército como todo jovem israelense. Participei de varias guerras, como as do Iom Kipur em 1973 e Líbano. Fui assistente do chefe de estado, comandei a força israelense no Líbano, entre outras coisas.

PIT - O senhor foi coordenador das atividades do governo nos territórios. Como foi este trabalho?
DR - Tudo começou em 1991 quando participei da conferencia de Madri, onde estavam reunidos palestinos, jordanianos e sírios, foi a primeira vez que começou a se conversar sobre paz e chegou-se ao acordo de paz com a Jordânia. A reunião foi estranha, mas muito excitante. Foi aí que os vizinhos reconheceram Israel como Estado. Depois foi a vez da conferencia de Oslo em 1993 onde Rabin e Arafat conversaram sobre o acordo de paz.

PIT - Qual a diferença entra as negociações atuais e as estas a que o senhor se referiu?
DR - As lideranças nos dois lados ficaram muito enfraquecidas. Certa vez, eu estava no Cairo negociando com os palestinos. O então chanceler Nabil Shaat me mostrou um documento sobre um projeto de estrutura para um futuro governo palestino. Ele pediu que eu desse uma lida. O texto falava da repartição de Poderes, do equilíbrio das forças etc, com exceção do último parágrafo, que garantia a Yasser Arafat o direito de veto sobre qualquer decisão. Falei do texto com Yitzhak Rabin e ele me disse: "estão certos os palestinos, a paz só se negocia com líderes fortes". Apesar de eleito, Mahmoud Abbas é um ditador. Mas ele não tem poder para tomar grandes decisões. Arafat era um líder forte que não quis a paz. Abbas é um líder fraco que quer a paz. Em Israel também é muito difícil tomar decisões sem uma ampla maioria no governo. Junta-se a isto o fator Hamas, e temos a situação atual.


PIT - Qual o momento mais difícil de sua vida?
DR - Para mim o pior momento da minha vida foi o final da Guerra do Yom Kipur em 1973, no Egito, quando fui ferido.


PIT - Qual o grande problema no Oriente Médio?
DR - O problema está nos radicais islâmicos, nos extremistas e fundamentalistas, que não aceitam o Estado de Israel. Eles fazem terror através de sabotagem.


PIT - O senhor acredita na paz no oriente médio?
DR - Sim eu acredito na paz! Esta é a maior segurança para o Estado de Israel. Israel passa por momentos difíceis, mas não devemos ser pessimistas já passamos por coisas piores no passado e agora tenho certeza que vamos superar os problemas. “Só aqueles que sofreram com a guerra sonham com a paz”!

PIT - O senhor tem um sonho?
DR - Sim, tenho! Sonho todas as noites! (risos) Meu sonho é pegar meu carro e ir tranquilamente para Damasco (Síria) e comer humus! Antigamente o meu sonho era comer húmus no Cairo (Egito) e eu realizei! Por que não sonhar em comer húmus em Damasco?





Patricia Ingo Tendrich entrevista Danny Rotshchild






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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009



Shalom!
Ele é multiinstrumentista, compositor e cantor. Autor de vários sucessos que marcaram a vida de muita gente.
No Papo de hoje.... George Israel!

PIT - Olá George é uma alegria tê-lo aqui no Papo em Comunidade!
GI -
Legal Patricia!

PIT - Como começou seu interesse pela música?
GI -
Um marco foi o filme Help! dos Beatles, eu tinha seis anos e no fim da sessão estava abduzido.Comprei o LP no mesmo dia e dai em diante minha conexão com a musica ficou visceral. Os interesses foram se desdobrando; a musica é um mundo sem fim...

PIT - O que vem primeiro: o compositor, o musico ou cantor?
GI -
Compositor, músico, depois cantor. Você acertou em cheio. Me sinto muito bem tocando, adoro a adrenalina e a entrega. Não consigo ficar muito tempo sem subir num palco, mas não sou virtuoso. O que eu fiz de melhor foram as músicas. Também gosto de arranjar e produzir; transformar ideias em sons. E gosto muito de fazê-lo com outras pessoas.

PIT - Como surgiu o Kid Abelha? Como é participar tanto tempo de uma banda de sucesso?
GI -
Entre varias bandas que eu tinha quando comecei a tocar sax no principio dos anos 80, uma delas virou o Kid Abelha. Sempre foi uma banda autoral, pop e bem original. Mas eu não tinha a pretensão nem ideia de que poderíamos ter uma carreira profissional tão longa. Tenho a felicidade de me orgulhar de tudo (ou quase tudo rsrsr) que fizemos ao longo desses 26 anos. E o nosso grande patrimônio é ter várias músicas nossas, presentes na vida de muita gente. Mas os planos continuam, parece que ainda não estamos satisfeitos e precisamos continuar criando coisas novas.

PIT - Você também tem o seu trabalho solo, primeiro foi “Quatro Letras” e há pouco lançou “Distorções do Meu Jardim”. O que te levou a fazer estes CDs solo?
GI -
O primeiro foi como um sonho, um tabu , uma curiosidade grande do que eu conseguiria realizar sozinho. Partiu de uma canção que fiz para o bar mitzvah do meu filho mais velho . Percebi que só eu poderia gravá-la e outras foram vindo. O segundo CD já veio como um caminho, uma outra possibilidade sendo criada dentro do meu oficio. Já fiz mais de 70 shows e estou adorando apesar das dificuldades de um recomeço.

PIT - Em “Distorções do Meu Jardim” você compôs “Curados sob o sol de Copacabana” uma homenagem a seus avós que escaparam do nazismo. Como foi fazer esta musica? O que você acha da musica como um canal de conscientização?
GI - Depois de assistir uma palestra do Sr Aleksander Laks um dos últimos sobreviventes dos campos. Precisei fazê-la para meus filhos e é também uma homenagem aos meus avós que conseguiram fugir da Polônia e chegar ao Brasil. "Para que o futuro não repita o passado". O livro “Filhos do Holocausto” de Jorge Mautner também me inspirou.

PIT - Não bastasse o Kid, o Cd solo, você ainda tem bandas paralelas como Os Britos e Os Roncadores. Conte mais sobre estes trabalhos...
GI -
Os Britos tem mais de 10 anos e a ideia inicial era tocar em lugares pequenos no Rio e encontrar e promover jams com os amigos. Acabamos fazendo um DVD que registrou nossas viagens a Londres e Liverpool com direito a shows no Cavern Club. Foi como ir à Disneylândia do rock, uma das coisas mais bacanas que já fiz. Os Roncadores é um trio de saxes + percussão e um encontro de amigos (e primos) saxofonistas, um espaço pra criar e ter o prazer de fazer parte de um naipe de sopros. Adoro nossas performances...

PIT - George Israel é incansável?
GI -
Quem mandou trabalhar com o que gosta? (-: Deu nisso...

PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
GI -
Um DVD com participações de pessoas que tive a sorte de cruzar por aí...mestres e parceiros. Gravar mais CDs: solo ou com a banda. Uma trilha de cinema ou de um espetáculo também me interessaria. Quero produzir um documentário - show chamado o violão e seus brasileiros. Destacando a simbiose dos compositores que compõe ao violão, que praticamente virou parceiro de varias canções.

PIT - Algum projeto em vista que possa adiantar aqui?
GI -
Até tem um relacionado com a música “Curados ao sol de Copacabana”. Me foi proposto recentemente, mas é uma ideia bem complexa e que vai exigir um tempo para desenvolver.

PIT - Super obrigada por este papo e deixe aqui o seu recado!
GI -
Valeu Patricia, obrigado pelo espaço... Convido todos a ver o clipe de “Curados ao sol de Copacabana” quem quiser comentar o clipe e/ou receber outras infos do meu trabalho solo ggisrael@gmail.com
Abraços para todos!








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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009



Shalom!
Representante da comunidade judaica na câmara municipal do Rio de Janeiro, ela foi reeleita e segue sua luta na política carioca.
Com a palavra a Vereadora Teresa Bergher!


PIT - Olá Teresa! Uma honra entrevistá-la aqui no Papo em Comunidade
TB -
Querida Patrícia, obrigada pela honra e carinho.

PIT - Para começar, conte como começou sua carreira política...
TB -
As coisas na vida da gente vão acontecendo espontaneamente. A minha entrada na política também obedeceu a esse processo. Primeiro colaborando com o meu marido em suas ações políticas dentro e fora da Comunidade Judaica, depois quando fui convidada a participar da administração pública municipal. Por último e talvez mais definitivo, quando o então vereador Gerson Bergher entendeu que não queria mais concorrer ao pleito municipal e resolveu com nosso grupo político, que Teresa Bergher preenchia os requisitos necessários para dar continuidade ao seu trabalho na Câmara Municipal.

PIT - Falando em Gerson Bergher... Ele sempre esteve ao seu lado.
Ele tem sido um grande professor? A vida de vocês é 24h política?
TB -
O Gerson Bergher, meu mentor político, sempre esteve e está ao meu lado e eu também ao lado dele. A nossa cumplicidade é de quase trinta anos, tanto na vida política quanto na afetiva. É um excelente mestre, embora seja independente e tenha uma personalidade forte, não deixo de consultá-lo em minhas decisões mais importantes. Quanto à questão de, a nossa vida ser política 24 horas, claro que não. Sabemos separar e distribuir o tempo, embora em alguns momentos a política invada as nossas vidas sem que percebamos.

PIT - Há pouco tempo a vereadora teve o projeto que determina o ensino do holocausto nas escolas públicas municipais vetado. Mas devido a sua persistência e capacidade o projeto foi aprovado. Como se sente quando algo deste porte acontece?
TB -
Foi muito gratificante para mim, aprovar o Projeto de Lei que determina o ensino de noções do que foi o Holocausto Nazista nas escolas. Agora vamos trabalhar para colocá-lo em prática em toda a rede de ensino pública municipal. É muito importante levar este conhecimento as nossas crianças, objetivando para que outros Holocaustos jamais possam acontecer.

PIT - Qual o projeto de lei que mais se orgulha de ter realizado?
TB -
Todos os projetos nos trazem orgulho e nos deixam felizes quando concretizados. No entanto, o primeiro projeto de Lei de minha autoria que até hoje não consegui aprovar, é aquele que cria o Código de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara Municipal. Tenho certeza que a minha obstinação na aprovação deste Projeto em breve se tornará realidade. É uma necessidade urgente para a Câmara Municipal.

PIT - Qual foi a maior dificuldade que enfrentou nestes tempos de política?
TB -
Aprovar o Projeto de Lei que cria o Código de Ética. O descaso e a relutância dos meus colegas vereadores em fugirem da aprovação desta Lei, mostra quanto os valores na política necessitam ser repensados. A outra dificuldade é quando no dia-a-dia nos depararmos com anti-semitas, provocadores, disseminadores do ódio, que procuram atingir o povo judeu. A estes, nós enfrentamos com argumentos, com determinação e coragem. Não nos assustam. Sempre recebem a resposta que merecem.

PIT - Como é ser mulher na política? Como é o dia a dia da vereadora?
TB -
Ser mulher na política, entendo, que não é muito diferente do homem na política, salvo a discriminação camuflada. É trabalhar com seriedade, defender os interesses da Cidade do Rio de Janeiro, principalmente fiscalizar o executivo. Não permitir ou deixar de responder a qualquer tipo de ofensa às nossas tradições, religião e cultura lutar contra qualquer tipo de preconceito ou discriminação, não esquecer nunca que fomos eleitos para servir e não para nos servir. O dia-a-dia da Vereadora, às vezes é um pouco complicado, há que saber conciliar o tempo de esposa, dona de casa, filha; mas dou conta do recado, até o supermercado não deixo que ninguém faça por mim.

PIT - Como é ser uma representante da comunidade judaica na Câmara dos Vereadores? Qual o maior desafio?
TB -
É uma honra ser a representante da Comunidade Judaica na Câmara Municipal. São alguns milhares de judeus que acreditavam em mim e agora, nas últimas eleições me reconduziram ao cargo que ocupo. O maior desafio é estar sempre presente, atento, porque do nada, surge o anti-semitismo, latente, em uma parte da sociedade, e até uma ação do Governo de Israel na luta pela sua preservação, que nada tem a ver com a política do município do Rio de Janeiro, é usada como razão para nos atingir.

PIT - Qual o seu maior desejo? Existe algum projeto que a vereadora sonha em fazer?
TB -
O meu maior desejo é chegar nas comunidades carentes onde atuo e não assistir mais a tanta miséria, crianças passando fome, fora da escola, muitas vezes sendo aliciadas pelo tráfico, idosos abandonados, pessoas morrendo nas filas dos hospitais, cidade suja, violenta, seus habitantes com medo, vendo ser violado o seu direito sagrado de ir e vir. Ah, o meu maior sonho! É ver esta Cidade tão linda, mas com tanta desigualdade social, ser mais justa e esta justiça só virá se houver compromisso de seus administradores com o cidadão, e não com obras faraônicas ou interesses políticos e pessoais que desprezam o real interesse do Cidadão.

PIT - Hoje estamos numa situação de calamidade onde o Rio de Janeiro se vê refém de vários problemas nas áreas de saúde, transporte, educação, favelização, entre outros. Na visão da vereadora como se pode amenizar a situação atual da cidade como um todo?
TB -
Entendo que a situação de calamidade e abandono em que se encontra a Cidade do Rio de Janeiro, depende de vontade política e de amor à Cidade. Estabelecer prioridades, choque de ordem, união de forças, e dessas forças tem que participar também a sociedade civil organizada e não apenas as três esferas do Poder Público. Buscar parcerias com organismos internacionais e isto é possível. Por último investir no grande potencial turístico que tem a nossa Cidade, que é a mais bela do mundo.

PIT - Vereadora Teresa Bergher, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
TB -
Agradeço imensamente a oportunidade do Papo em Comunidade, reafirmo as portas-abertas do meu gabinete à comunidade. O meu recado é de muita fé e que jamais deixemos de acreditar e ter a esperança em dias melhores. Obrigada.







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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009




Shalom!
Mais um ano que se inicia... Já pensou nos seus projetos para 2009?
Que tal praticar uma atividade que pode mudar a sua vida?
Para começar o ano bem, o Papo de hoje é com o professor de Krav Magá Léo Miller!

PIT - Olá Léo bem vindo ao Papo em Comunidade!
LM -
Olá Patricia!

PIT - Como e quando surgiu seu interesse pelo Krav Magá?
LM -
Depois de já ter feito algumas artes marciais ainda não me sentia seguro com o conhecimento adquirido. Acabei indo fazer uma aula de Krav Magá, procurando uma forma de me sentir mais seguro na violência do dia a dia.

PIT - O que te levou a ser professor de Krav Magá?
LM -
Acredito que o destino. Formado em Engenharia Mecânica depois de trabalhar 21 anos, dentro de indústrias, as coisas foram acontecendo sem muito planejamento e o prazer aumentando acho que encontrei o meu caminho.

PIT - Como professor você já passou por alguma situação engraçada ou embaraçosa?
LM -
Eu poderia fazer um livro só sobre essas situações. Todo dia tem novidades.

PIT - Além da defesa pessoal em que mais o Krav Magá pode ajudar as pessoas?
LM -
O Krav Magá é um caminho de vida. Aumenta a auto estima, a auto confiança, desenvolve os sentidos, trabalha o equilíbrio, coordenação, reflexo, raciocínio, visão periférica, força, velocidade, agilidade, melhora a parte física e mental dentre outras coisas.

PIT - Você já precisou usar o Krav Magá? Como foi?
LM -
Sim. Eu uso o Krav Magá 24 horas por dia. O Krav Magá não é apenas uma Luta como já falei é um modo de vida. O que posso dizer é que eu estou aqui.

PIT - Durante estes anos no Krav Magá qual foi o momento mais marcante?
LM -
Houve vários momentos marcantes. A cada etapa vencida eu sempre achava que a próxima seria impossível de atingir. Quando eu recebi a minha segunda graduação a faixa laranja eu via os faixas verdes (que já eram instrutores) treinando e achava que eles eram muito bons e que eu nunca chegaria aquele nível de treinamento. Naquela época nós treinávamos 4 vezes por semana, alguns anos depois prestei exame para faixa verde e de sete pessoas que fizeram só dois passaram, eu e o Danielzinho. Continuava a mesma rotina de treinamento e num determinado momento fui convidado pelo Mestre Kobi a participar do próximo curso de Instrutores. Foi mais um momento marcante para mim. Anos atrás eu olhava para frente e achava impossível chegar até aquele ponto. E sem perceber eu estava lá. O curso levou praticamente um ano, todos os fins de semana. Eu casei e tive que pedir dispensa ao Mestre para fazer a minha Lua de Mel. Recém casado, trabalhando ainda como Engenheiro, treinando durante a semana e nos fins de semana fazendo o curso para instrutor mal tinha tempo para curtir o casamento, foi quando a minha mulher me deu toda a força necessária para continuar, e depois de muito sacrifício e esforço conclui o curso para Instrutor de Krav Magá. Comecei a dar aulas aos sábados na Academia KS na Barra da Tijuca e, durante a semana, a engenharia me tomava todo o tempo até me obrigando a diminuir o tempo de treinamento. Com o passar dos meses fui me apaixonando cada vez mais pelo oficio de ensinar o Krav Magá e houve um momento marcante em que um aluno chegou para mim e disse que queria agradecer por estar vivo. Me contou o que tinha passado e como teve que usar o Krav Magá. Eu já trabalhava há quase vinte anos como engenheiro e nunca tinha sentido aquela sensação. Aquele aluno sem saber estava me mostrando um novo caminho de vida e que eu poderia olhar para trás e saber que eu deixei alguma coisa, que eu poderia fazer parte de uma história, ajudar as pessoas a viverem melhor. A cada mudança de faixa era uma superação dos meus limites tanto técnicos quanto físicos. E o momento mais marcante foi ter conseguido atingir a faixa preta e só quem passou pelos testes pode entender o que é atingir esta graduação. Depois de 18 anos do Krav Magá no Brasil apenas sete pessoas até hoje conseguiram receber esta honra. Quem tiver a curiosidade de ver esta cerimônia de uma olhada no vídeo abaixo:

PIT - O que você diria para quem ainda não pratica Krav Magá?
LM -
É como você perguntar para alguém que nunca comeu chocolate, se ele gosta de chocolate. Eu diria que ele não sabe o que esta perdendo, venha provar um pouco que eu garanto que você vai gostar. É só procurar qualquer academia de Krav Magá no Brasil e fazer uma aula experimental “grátis”. É só entrar no nosso site http://www.kravmaga.com.br/

PIT - Léo, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
LM -
Eu que agradeço. Que fiquem todos preparados para o maior evento já existente dentro das Artes Marciais em todo o mundo. Comemoraremos os 100 anos do Imi (criador do Krav Magá) e 20 anos de Krav Magá no Brasil. De 25 a 29 de maio de 2010 no Rio de Janeiro. http://www.kravmaga2010.com.br
Feliz Ano Novo!




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