quinta-feira, 26 de março de 2009





Shalom!
Ela é designer de moda e assessora de eventos
Nosso Papo de hoje é glamouroso!
Com vocês... Melina Molchansky!

PIT - Olá Melina! Bem vinda ao Papo em Comunidade!
MM –
Olá Patrícia, obrigada pela oportunidade de mostrar um pouquinho do meu trabalho para seu público!

PIT - Como surgiu seu interesse pela moda?
MM -
Meu interesse pela moda na verdade surgiu desde pequena, pois sempre fui muito vaidosa e já brincava de lojinha com as minhas próprias roupas e acessórios dentro de casa. Sou formada em administração de empresas e comecei a estagiar em empresas na área financeira, pois sempre tive meu pai como um ídolo e ele é um ícone do mercado financeiro, e minha vontade era seguir a mesma carreira dele, mas vi que não era a minha praia... Rs! Então comecei a fazer cursos de moda no Brasil (Senac) e em Nova York (na FIT – Fashion Institute of technology) e realmente vi que tinha talento para a moda e foquei no ramo de acessórios, pois, como toda mulher, eu já era viciada em bolsas, sapatos e bijuterias. Comecei comprando e revendendo mercadorias para amigos, depois para lojas, até o dia que resolvi criar minha própria marca, a famosa MELINAH.

PIT - Falando em Melinah....Por que um atelier?
MM -
As minhas criações estão no Atelier MELINAH, que fica no bairro mais charmoso do Rio, o Leblon. Um cenário inspirador, onde o colorido das minhas peças interage com o estilo de vida das minhas clientes, proporcionando uma relação mais íntima e valorizando assim a atenção especial na hora da escolha e compra de uma peça exclusiva. A intenção de ser um Atelier é buscar uma relação mais íntima com minhas clientes, valorizando assim o caráter glamouroso que só um Atelier pode oferecer além de poder estar cada vez mais presente na produção e no atendimento das clientes.

PIT – Qual o conceito da loja?
MM -
O conceito da loja é mostrar para as clientes peças exclusivas com: criatividade, originalidade, exuberância, charme e ousadia; Acompanhando a tendência do seu público: A mulher brasileira, principalmente as cariocas. Trabalho minhas criações com materiais como cristais, pedras brasileiras, pedras da Bohêmia, canutilhos, miçangas, plásticos, lantejoulas e paetês. Estas matérias mixadas dão um tom inusitado entre bolsas, brincos, anéis, pulseiras e colares. As sementes, as penas, o couro vestuário e o couro de píton, o osso e o acetato fazem todo o diferencial artístico e o cuidado para que cada peça seja totalmente única.

PIT - Qual o perfil dos seus clientes? Que tipo de consumidor freqüenta Melinah?
MM -
O perfil da minha cliente é uma mulher que tenha seu próprio estilo, que seja ousada, exuberante e que tenha bom gosto. São elas as socialites, advogadas, juízas, formadoras de Opinião, atrizes, apresentadoras, jornalistas, entre outras. Hoje em dia todo tipo de consumidor freqüenta o Atelier, mas nem todos se adaptam ao conceito da loja. Todos têm o mesmo tratamento exclusivo e especial que a equipe Melinah oferece.

PIT - O seu pai é um grande economista. Você teve incentivo dele para ser empreendedora e abrir seu próprio negócio?
MM -
O meu pai foi quem mais me incentivou a abrir meu próprio negócio e apostou toda sua confiança no meu trabalho. Ele sempre me falou que eu tinha que ter motivação no trabalho para que desse certo e sem a menor sombra de dúvida segui seu conselho como pai e amigo.

PIT - Como designer, você cria seus produtos pensando em você ou em quem vai consumí-los?
MM -
Na verdade é uma mix dos dois, pois as minhas criações têm uma expressão de estilo totalmente única e diferenciada, assim como meu público alvo. Mas a maioria delas eu penso se eu usaria, mas temos que ter produtos comerciais também, pois com a crise que estamos passando, não podemos mais focar em um público só e sim em todos, então passei a pensar um pouco mais com a cabeça dos consumidores.

PIT - O que te inspira para criar? Você busca tendências fora do Brasil?
MM -
Muitas criações são inspiradas em filmes, pois gosto muito de seguir a linha retrô, acho que tem mais glamour, e o antigo sempre virá atualidade, é só dar uma customizada. Me inspiro também em revistas de moda, nas minhas viagens tanto para o interior do Brasil como para fora do Brasil Também, mas ainda prefiro o trabalho artesanal brasileiro.

PIT - Como você se sente vendo as pessoas usando suas criações?
MM -
Eu fico muito feliz e orgulhosa quando vejo alguém, ainda mais uma pessoa desconhecida usando minhas peças , pois é muito satisfatório para o designer ver que a cliente comprou para usar e não para deixar guardado dentro do armário, como muitas fazem.

PIT - Você também é organizadora de eventos. Conte um pouco deste seu lado promoter...
MM -
Sempre fui uma pessoa super extrovertida e muito carismática, e sempre gostei de lidar com pessoas de todas as classes sociais e de todas as idades. Faço amizades até na esquina se puder, mas é a pura verdade. Então como sou muito bem relacionada tanto com minhas clientes, amigos, parentes, artistas (pois quando era mais nova fiz teatro e cheguei a fazer 3 peças) , conheço um público global muito grande. Desde o meio do ano passado (2008), as minhas amigas, clientes e pessoas do meio artístico começaram a pedir para eu convidar pessoas para coquetéis de inauguração de lojas, jantares em casa, festas de crianças e festas de aniversários. Quando o evento é muito grande, sempre chamo alguém do ramo, faço parcerias com outros promoters pois, ainda tenho que administrar a Melinah. Gosto muito de fazer eventos, tanto na parte operacional, que é uma assessoria que dou ao cliente e organizo o evento todo, dando um leque de opções desde o buffet, decoradores, floristas, doceiras e etc, como também a parte de convidar o mailing que consegui durante esses 5 anos de comércio e isso é muito valioso nessa área de eventos. Como estou sendo muito requisitada nos eventos e estou adorando, mesmo sendo muito cansativo, estou pensando em aos poucos transformar meu atelier num escritório de eventos e continuar vendendo peças, mas em poucas quantidades e até fazer eventos de moda lá mesmo, como já faço hoje em dia.

PIT - Melina, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
MM –
Obrigada Patricia! Se alguém quiser entrar em contato para mais informações e conhecer os produtos, é só acessar o site: http://www.melinah.com.br/ ou me visitar no meu Atelier, na Av. Ataulfo de Paiva 566, loja 307- 3º andar, Leblon. E caso tenham interesse na parte de eventos, ligar no número (21) 240-7291 ou ( 21) 8187-0683 e falar comigo ou com David.








* colaborou Carol Herling


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quinta-feira, 19 de março de 2009





Shalom!
Transmitir conhecimento não é uma tarefa simples, ainda mais, temas judaicos.
Mas quando se tem amor pelo que faz e, sobretudo, bom humor, tudo funciona melhor!
Vamos aprender um pouquinho?
Morá Tania Holperin.... É com você!


PIT - Olá Tania bem vinda ao Papo em Comunidade!
TH -
Olá! É um prazer estar aqui com você para esse bate papo informal.

PIT - Quando você decidiu ser professora?
TH -
Na verdade, quando terminei o ginásio (atual Fundamental II) e resolvi estudar na Escola Normal Brasil Israel, eu acho que já estava fazendo essa escolha.

PIT - Por que a sua opção em ensinar matérias judaicas?
TH -
Então, quando terminei a Escola Normal eu viajei para Israel, para estudar em Jerusalém no Machon Grimberg – curso de especialização, de morót (professoras). Um ano depois, quando voltei do Machon estava tão animada, que quando dei por mim, já estava trabalhando em educação judaica, quer dizer, já era mora (professora)!

PIT - Há mais de 30 anos lecionando no Eliezer o que mais te marcou durante este tempo?
TH -
Tudo! Porque 34 anos é muito tempo. E em escola, não há dois dias iguais, quer dizer, cada dia é diferente do outro. No Eliezer Max, eu trabalhei com alfabetização (em hebraico é claro), dei aulas para alunos do Fundamental I e II de todas as matérias judaicas que se estudam nas nossas escolas – enfim, como se diz, fiz de tudo um pouco. E o trabalho em cada setor marca. De maneira diferente, mas marca.


PIT - Como motivar a nova geração a estudar as matérias relacionadas ao judaísmo?
TH -
Por princípio, da mesma maneira que ele é motivado para estudar qualquer coisa. As morót têm que fazer tudo parecer interessante, instigante, positivo, misterioso, enfim, tem que fazer parecer que tudo que nós ensinamos é espetacular! Porque o aluno se interessa por aquilo que lhe diz alguma coisa, pelo que lhe intriga, pelo que lhe desafia. Se a casa valoriza o ensino judaico e se a morá souber “envolver”, o aluno vai estudar, gostar e se lembrar com carinho dos estudos judaicos.

PIT - Em sua opinião, qual a importância da educação judaica na vida dos jovens?
TH -
Fundamental, porque é a base da formação judaica para a sua vida futura. Os alunos que tem uma boa experiência e que vivenciam bons momentos no ambiente escolar, vão se tornar, além de adultos conscientes de seus direitos e deveres, judeus também conscientes das tradições, cultura e valores de seu povo. Este é o “plus” o “a mais” que a escola judaica proporciona.


PIT - Você sempre foi considerada por várias gerações de alunos como uma professora “moderna”, aliando informação e humor como um diferencial. Qual o segredo para manter o pique sem perder a autoridade na sala de aula?
TH -
Pode falar “moderna” sem as aspas, porque eu sou assim mesmo! Eu gosto muito do que faço, e eu acho que os alunos percebem. Eles sentem que eu fico empolgada, que eu falo com a maior convicção, que o que eu estou ensinando, é super importante, e que, ao mesmo tempo, sou uma mulher antenada com o mundo atual da modernidade e da tecnologia. É claro que esse IBOPE não é total, mas tem dado certo por esse tempo todo; e os alunos sabem direitinho quando é sério e quando é brincadeira, porque não dá para enganar tanta gente por tanto tempo.

PIT - Recentemente você foi homenageada pela Wizo como uma mulher que faz a diferença. Qual seu sentimento, diante de tal reconhecimento?
TH -
Adorei. No início achei que era um pouco demais, mas depois, eu pensei: por que não? Aí eu curti de montão! Quando os “parabéns”, “você merece” começaram a serem ouvidos, eu senti que eram sinceros e realmente acreditei. Fiquei muito orgulhosa e agradecida pela bonita homenagem da Wizo, pelo apoio das minhas colegas de escola, das minhas amigas e de muitas mães de alunos. Na verdade, eu acho que junto comigo, a educação judaica foi reconhecida e homenageada.

PIT - Qual o seu maior orgulho?
TH -
São muitos. Como mulher, esposa, mãe, morá, amiga, colega e companheira. Em cada papel desses que nós desempenhamos ao longo da nossa vida, temos muitos acertos, mas também muitos erros. Dos erros, podemos aprender e não repeti-los. Dos acertos temos que continuar a buscá-los mais e mais. Mas falando como morá ... Meu orgulho é encontrar ex alunos, já crescidos, até com filhos, e ouvi-los dizer que foi “um barato” ter sido meu aluno, que lembra do que eu falei, toda vez que tem que tomar uma decisão, que quando ouve alguma história chassídica, pensa: essa a morá Tania contou quando eu era da escola... Aí eu sei que valeu a pena!

PIT - Tania, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado.
TH -
Gente! Foi um prazer falar/ escrever pra vocês. É muito bom olhar pra trás e ver que tudo deu certo. Como disse Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Como está escrito no Talmud: “Quem é a pessoa feliz? Aquela que aprende com todas as outras!”








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quinta-feira, 12 de março de 2009





Shalom!
A comida é muito marcante no judaísmo. Com cheiros e sabores típicos!
O Papo de hoje é na cozinha!!
Dora Gazale, o que temos para comer?


PIT - Olá Dora, bem vinda ao Papo em Comunidade!
DG -
Olá Patricia, parabéns pela criação do Papo em Comunidade, brilhante idéia. Fico feliz em poder participar de algo tão nosso, muito obrigada pelo convite.

PIT - Para começar conte um pouco sobre você...
DG -
Faço parte de uma família tradicional judaica, eu asquenazi e meu marido sefaradi. Temos 3 filhos e um neto, todos praticamos esporte, o que nos torna unidos, tranquilos e tolerantes. Morei em Israel algum tempo e tive aprendizado muito importante dentro do que chamamos comunidade.

PIT - Como surgiu o seu gosto em cozinhar e em especial pela culinária judaica?
DG -
O gosto pela cozinha teve início quando os filhos nasceram e eu me dedicava em tempo integral à alimentação, criação e educação, e por incrível que pareça nós passávamos mais tempo na cozinha do que na sala. O que era reservado para os jantares de Shabat e chagim, tudo era feito com carinho e prazer.

PIT - Na sua opinião qual a importância da comida no judaísmo?
DG -
A comida tradicional judaica é tudo: história, tradição, união e perfume. O aroma invade e contagia até os vizinhos. Todos na família participam na elaboração. Os condimentos e especiarias tornam a comida ainda mais saborosa e especial, principalmente nas noites de Shabat.

PIT - A cozinha judaica é bem variada, com receitas de origem asquenazi e sefaradi. Como agradar a todos os paladares?
DG -
Realmente é difícil agradar a todos, mas cada um tem seu ponto fraco. Quem resiste a um beigale, burecas e kibe? Dentro da arte de preparar determinados pratos, além dos temperos, existe aquela pitada de amor, de energia positiva, pois tudo é feito com gosto. É difícil não apreciar nossos pratos.

PIT - Numa culinária tão tradicional ainda há espaço para inovação?
DG -
Sempre há espaço para uma nova criação, partindo do principio básico que cozinha é um laboratório onde você cria e combina paladares, vamos chamar de a “Arte da Criação”. A beleza aos olhos, aroma perfumado com condimentos e o prazer maior, saborear. As vezes você viaja quando come alguns tipos de comida. Por exemplo, falafel, quem já esteve em Israel conhece o sabor e em pensamentos você, com certeza, estará viajando até lá.

PIT - Com sua clientela variada, já deu para eleger os pratos preferidos da comunidade judaica?
DG -
Temos vários pratos, mas tem os preferidos dentro dos tradicionais.
Para os asquenazim guefilt fish com raiz forte e para os sefaradim os recheados.

PIT - Pessach está chegando, qual a sua dica de cardápio para um bom seder?
DG -
Em primeiro lugar a família deve estar reunida. Depois quem oferece o Seder deve ter o coração receptivo e transmitir toda a essência da festividade.
Quanto ao cardápio, além do guefilt fish com raiz forte e os recheados que falei antes, sugiro também, bolo de Matzá, compotas, tortas entre outras mil delícias!

PIT - Quem quiser provar suas delicias ou encomendar pratos para Pessach pode te procurar?
DG -
Sejam bem vindos!! Mas, por favor, com antecedência, pois em cima da hora fica difícil atendê-los.

PIT - Dora, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
DG -
Tudo que fizer com pitadas de amor com certeza dará certo, principalmente na arte de cozinhar. Você já ouviu a história de que, quando o pão da padaria está feio é porque o padeiro estava de mau humor?
Pois é, na cozinha é a mesma coisa!
Acessem meu blog com receitas deliciosas e preços do que faço
http://www.beigaleseburecas.blogspot.com/, temos também uma comunidade de comidas judaicas no ORKUT
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=77368401
com 37 receitas deliciosas e sempre com receitas novas.
Para encomendas: 21- 2256.7797 ou 21- 8159.5329
Obrigada! Be happy e Shalom!




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quinta-feira, 5 de março de 2009



Shalom!
O Papo de hoje é com um radialista.
No ar: Victor Grinbaum!

PIT - Olá Victor, bem vindo ao Papo em comunidade!
VG -
Obrigado! Fico muito feliz em receber este convite...

PIT - Você é jornalista, mas se enveredou pelas ondas do rádio. Conte para nós um pouco desta história....
VG -
Foi quase um “acidente” na minha vida. Eu estava desempregado, havia acabado de sair de um trabalho, um projeto jornalístico, com uma pessoa que procedeu de forma desonesta comigo e bastante desgostoso com a vidinha jornalística... aquelas crises que sempre vêm depois de uma grande decepção, sabe? Estava na reta final do curso de comunicação e todas as minhas experiências anteriores foram em veículos pequenos ou trabalhos muito distantes do jornalismo verdadeiro. Foi quando um grande amigo meu, Michel Menaei, que era estagiário numa emissora de rádio, conversando comigo, me contou que um produtor do principal programa da casa ia entrar de férias e ele necessitava de um auxílio naquele período. Me ofereci para cobrir esse tempo sem nenhuma experiência com radialismo. Em um mês aprendi muito e me viciei no que chamam de “cachaça do rádio”. E acabei ficando lá por bem mais tempo.

PIT - O que mais te fascina no rádio?
VG -
Naquele primeiro momento, foi ter caído no meio da produção do programa mais tradicional do rádio brasileiro e de ter começado a trabalhar ao lado não apenas de um monte de “feras” do veículo, com 40, 50 anos de experiência no ramo, mas também do homem que inventou a forma contemporânea de se fazer rádio AM e que era um ser humano maravilhoso. Depois, veio a tal cachaça, que é a dependência de se trabalhar num ambiente dinâmico e numa mídia onde a resposta de seu público é imediata. Senti que estava ali não apenas informando, mas até mesmo educando milhares de pessoas das camadas mais básicas da população. E que nos era muito grata por esse esforço. Rádio AM é povão mesmo, mas se engana quem pensa que por ser um veículo dirigido às massas, o rádio pode ser feito “nas coxas” ou ser parcial nas suas abordagens. Ao contrário, trazer o mundo em informações pra essa gente é muito mais desafiador do que seria para um público mais instruído e elitizado.

PIT - Como foi trabalhar com Haroldo de Andrade?
VG -
Num primeiro momento foi absolutamente intimidador. Pergunte a qualquer comunicólogo e ele colocará o nome de Haroldo ao lado do de César Ladeira, Chacrinha ou Sílvio Santos como um dos maiores e mais revolucionários comunicadores da história do Brasil. Sendo que há um ano atrás, apenas um desses ainda era vivo. Pra quem havia acabado de levar uma pernada e estava descrente do jornalismo, foi como entrar no Olimpo e se sentar ao lado de Júpiter. Só que o Haroldo era tudo, menos mercurial ou inacessível. A grandeza dele estava justamente na sua humildade como pessoa e profissional. Ele sabia que era uma instituição viva, mas nunca se deixou deslumbrar pela fama ou se ultrapassar pela soberba. Fiquei ao lado dele na sua própria emissora até a sua morte e acho que essa vivência será um capital do qual eu nunca mais poderei viver profissionalmente sem depender dele.

PIT - Esta semana estreou o seu programa “Manhã Total com Victor Grinbaum”. Como é o programa e onde podemos ouví-lo?
VG -
São duas horas de informação debatida, em linguagem simples, mas nada superficial. Minha idéia é poder tirar o ouvinte da cama e em duas horas deixá-lo absolutamente ciente de em que mundo ele estará nas próximas horas. O programa vai das seis às oito da manhã pela Rádio Livre (1440AM) do Rio de Janeiro.


PIT - Que notícia você gostaria de dar?
VG -
Sem dúvida nenhuma, a notícia de que a paz no Oriente Médio chegou para valer. Mas me contentaria com a notícia de uma cura universal para o câncer...

PIT - Qual o seu maior sonho?
VG -
Poder continuar crescendo profissionalmente e intelectualmente para ser um bom profissional de minha área. É um sonho que eu realizo todos os dias.

PIT - Além de jornalista e radialista você é diretor da Articulação Sionista. Conte para nós, do que se trata?
VG -
Trata-se de um projeto que este ano completará cinco anos de existência e que reúne pessoas de dentro e de fora da comunidade judaica brasileira que desejam trabalhar pela defesa do sionismo nesses tempos bicudos de antissemitismo redivivo e de conflitos aparentemente indissolúveis

PIT - O que você acha deste momento de antissemitismo mundial que estamos vivendo no momento?
VG -
Muita gente vai me chamar de alarmista, mas eu só encontro paralelo para esse momento nos anos que precederam a ascensão do Nacional-Socialismo na Alemanha. Há forças muito poderosas trabalhando para colocar o mundo de pernas pro ar, e nos últimos dois mil anos, todo mundo que pretendeu isso avançou por cima dos judeus antes de qualquer outro movimento. Não creio no ressurgimento do nazismo tal como ele já foi, mas já se pode ver em várias partes do mundo os elementos que formavam a base dos nazistas sendo reciclados por regimes e ideologias espúrias. E sem uma articulação efetiva e bem feita, nós vamos mais uma vez perder irmãos sem podermos reagir.

PIT - Victor, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
VG -
Eu é que agradeço pelo espaço. Meu recado é para a comunidade que nos lê nesse momento e vai a reboque do que estávamos falando: esse momento em que estamos é complicado e tende a piorar. Mas nós temos dois caminhos abertos à nossa frente. Um é o do comodismo, que começa confortável, mas que nos leva sempre ao desastre. E outro é o da reação, que começa pedregoso, mas nos conduz à dignidade. O lado bom disso tudo é que nunca antes contamos com tantos elementos que podem nos ajudar a trilhar o caminho da reação com segurança como temos hoje. O que não podemos é optar pelos caminhos errados. E manter-se bem informado é o que nos dará mais elementos para o sucesso. Sem isso, só nos restará a humilhação.




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