quinta-feira, 27 de agosto de 2009



Shalom!
O Papo de hoje é com alguém que faz a diferença na comunicação da nossa comunidade.
Com a palavra, Denise Wasserman!

PIT - Olá Denise, bem vinda a o Papo em Comunidade!!
DW -
Oi Patricia! Acho a ideia de seu blog muito original e fico feliz por também participar dele.

PIT - Para começar conte um pouquinho sobre você...
DW -
Sou uma taurina que não foge à regra, ou seja, sou teimosa e enquanto não me provarem, por a+b, que algo não é possível de ser feito, eu não desisto. Penso muito no hoje e pouco no amanhã. Gosto de pessoas autênticas e bem-humoradas. Pessoas com energia positiva. Acho que isso faz um bem enorme.

PIT - Você está no comando do Nosso jornal Rio. Como surgiu da ideia do jornal?
DW -
Na verdade, eu e Jakob Zajdhaft estamos à frente do jornal. Há muitos anos que idealizava um jornal cultural para a nossa comunidade e conversando com o Jakob, no CIB, surgiu a oportunidade de fazer o jornal. Na época, o Renato Guertzenstein comprou essa idéia e patrocinou as primeiras edições. Depois, eu e Jakob batalhamos sozinhos e conseguimos chegar até aqui.

PIT - O Nosso Jornal também virou virtual. Você acredita que o jornal impresso está com os dias contados?
DW -
Essa é uma pergunta difícil de responder. Porque se por um lado, o mundo virtual é uma tendência global e atende mais rapidamente às nossas necessidades, no dia-a-dia, por outro, o papel tem o seu valor do ponto-de-vista cultural. A publicação impressa é algo palpável e você pode manusear.

PIT - O slogan do Nosso Jornal é “A diferença em comunicação”. Qual o grande diferencial do jornal?
DW -
Buscamos noticias diferenciadas e que não saem na mídia. Todas as matérias e artigos são trabalhados, pesquisados e dificilmente você vai ler algo que já tenha saído em outro veículo de comunicação. Temos uma equipe de colaboradores muito especial e isso é que faz toda a diferença...

PIT - Nestes anos a frente do Nosso Jornal, alguma situação engraçada ou embaraçosa que possa contar?
DW -
Fiz uma entrevista por telefone com o israelense Ely Karmon. Como era em inglês, comprei um gravador digital que ligava direto no telefone para não perder nenhuma palavra. Foram quase 30 minutos de gravação. Desliguei o telefone e na hora que tentei passar a gravação direto para o computador, apaguei , sem querer, toda a nossa conversa. Quase entrei em pânico. Tentei fazer a materia com que lembrava, mas não deu certo. Acabei escrevendo para ele dizendo o que tinha acontecido, sem esperanças que ele me desse uma segunda chance. E não é que ele pediu para eu ligar de novo? Nem acreditei. Liguei, só que dessa vez, pedi a uma amiga que fala bem o hebraico, que fosse a minha tradutora. Assim, a entrevista foi feita a quatro mãos e eu evidentemente dei o crédito a minha amiga. Isso foi na edição nº 9 do Nosso Jornal.


PIT - Das matérias ou entrevistas que você fez qual você pontuaria como a mais marcante até hoje?
DW -
Com o prêmio Nobel de Economia, o israelense Robert Aumann, em 2005. Fiquei emocionada em poder falar com ele. Foi demais!!!

PIT - Para você, qual a maior dificuldade de se fazer um jornal comunitário?
DW -
A maior dificuldade é você superar os estigmas, pois existe uma certa resistência quando surge algo novo e fora dos padrões que estamos acostumados. É difícil no início, mas se você acredita no valor do seu trabalho, as pessoas acabam acreditando também e depois a compensação vem em dobro.

PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
DW -
Muuuuuuuuitas coisas. Tenho vários projetos. Todas na linha de comunicação. Um dia eles sairão do papel (ou melhor, do computador) e se tornarão realidade. Assim espero!

PIT - Denise, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
DW -
Obrigada você, pela oportunidade. Meu recado é uma frase de Herman Hesse, que considero meu guru: "Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido."






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quinta-feira, 20 de agosto de 2009



Shalom!
Ele sempre trabalhou com televisão e vídeo, abriu sua própria produtora e agora trilha o caminho do cinema.
Luz, câmera, ação: André Sztajn!

PIT - Olá André, bem vindo ao Papo em Comunidade!
AS -
Olá Patrícia. Obrigado pelo convite e parabéns pelo sucesso do Papo!

PIT - Como surgiu a ideia do filme Novos Lares?
AS -
A ideia do filme começou com o diretor Radamés Vieira. Ele cresceu em Nilópolis e conviveu muito com a comunidade judaica de lá. Depois de ler o livro VIVÊNCIA JUDAICA EM NILÓPOLIS, da Ester London, ele ficou impregnado com a ideia de recontar a história da presença dos Judeus naquele município. Eu e Radamés fizemos um MBA juntos em 2003. Quando nos reencontramos no carnaval de 2006 ele me falou de toda esta história e eu resolvi encampar o projeto na ProSol. Logicamente com a aprovação da minha sócia.

PIT - Por que o título Novos Lares?
AS -
Começamos todo o trabalho usando o título JUDEUS EM NILÓPOLIS. Acontece que no meio do caminho, o Professor Nachman Falbel, de São Paulo, apresentou ao Radamés o primeiro livro escrito e publicado em Idiche no Brasil. Chamava-se NEIE HEIMAN (ou Novos Lares) e foi publicado em Nilópolis em 1932. Entre 2007 e 2008, conseguimos traduzir o livro com a ajuda da Professora Sara Morelembaum e fizemos uma linda leitura dramatizada com música em São Paulo, que acabou ajudando a conduzir o documentário. Além do mais, o título NOVOS LARES é muito mais universal e pode ajudar nas nossas apresentações em festivais internacionais.

PIT - Algum momento das filmagens te surpreendeu? Por quê?
AS -
Em geral, eu me surpreendi em vários momentos e de várias formas. Eu nasci e cresci em Niterói. Mas a cada depoimento eu me identificava com histórias semelhantes. E acredito que todos os judeus da diáspora podem se identificar com a sua própria história ao ver o filme. Outro momento incrível foi o dia 28 de janeiro de 2007. Naquele domingo, a produção do documentário levou cerca de 200 judeus de trem para Nilópolis. Pessoas que não voltaram lá depois de 60 anos, curiosos, amigos. Foi um dia inesquecível. Além da viagem de trem rumo ao reencontro, visitamos a Sinagoga, onde o José London unificou todos com o toque de shofar, alguns cânticos e algumas rezas. Foi emocionante. E o dia terminou com um show de música klezmer com samba, reunindo na quadra da Beija Flor o Grupo Zemer com alguns ritmistas da escola de samba. Sensacional.

PIT - Você percebeu algum resquício de influência judaica em Nilópolis nos dias de hoje?
AS -
Ficaram lá algumas casas com a estrela de David na fachada. Infelizmente, a sinagoga está completamente abandonada. O Xie Goldman conseguiu recuperar o telhado em 2005, mas ele faleceu logo depois e aparentemente ninguém se interessa mais por aquele local sagrado. Eu gostaria muito que um grande movimento tratasse de recuperar aquela sinagoga.

PIT - Como é produzir filme no Brasil?
AS -
Difícil. Principalmente quando é o primeiro filme, sobre um tema muito específico. Mas acho que eu e o Radamés fomos muito felizes na combinação de um judeu de Niterói com um não judeu de Nilópolis. Através do judaísmo e de Nilópolis como referência geográfica, conseguimos tratar de temas universais que atingem o coração de qualquer pessoa. Ainda tenho muito a aprender sobre produção de filme no Brasil, seus mecanismos de incentivo, elaboração de projetos e a oferta destes projetos ao mercado e aos potenciais patrocinadores. Mas já aprendi muito sobre isso e sobre a arte de fazer cinema.

PIT - Recentemente Novos Lares recebeu prêmio no Festival de Cinema Judaico de São Paulo. Como você recebeu a notícia?
AS -
A notícia começou na madrugada de sábado (08 de agosto) para domingo no twitter do José Luiz Goldfarb, o Presidente do Festival. Eu fui dormir cedo e só soube no domingo de manhã quando o Radamés me ligou festejando ao telefone. Nem pensamos duas vezes, pegamos duas passagens para Sampa e fomos lá na Hebraica receber o prêmio pessoalmente das mãos do José Luiz. Foi sensacional. Imaginem o que é ganhar este prêmio com o primeiro trabalho no primeiro festival. Incrível!

PIT - Novos Lares vai participar de outros festivais. Qual a expectativa?
AS -
O filme participa do 9º festival de cinema brasileiro em Israel que termina esta semana. Já fomos selecionados para o Jewish Eye Film Festival que acontece em Outubro em Ashkelon, Israel. Já inscrevemos em vários festivais e estamos aguardando a confirmação da seleção oficial. São eles: Festival do Rio, Festival de Cinema Judaico de Hong Kong, da Inglaterra, de Vancouver (Canadá), de Atlanta (EUA) e Washington. Ainda faltam os festivais de Nova Iorque, San Diego (EUA), Berlin e Paris, que são no ano que vem.

PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
AS -
Ainda estou novo e espero continuar com muita saúde para realizar muita coisa. AD MEÁ ESRIM, como dizemos em Hebraico: ATÉ OS 120 ANOS.

PIT - Você já pensa em outro projeto depois deste?
AS -
Todos os dias penso em novos projetos. No momento, precisamos cuidar da exibição e apresentação deste trabalho da melhor maneira possível. Mas outros filmes virão.

PIT - André, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
AS -
Eu é que agradeço a oportunidade. Espero que todos os leitores tenham a oportunidade de ver o filme e encontrar nele um pedacinho da sua história. Para terminar, nada melhor do que a frase simples e impactante alcunhada pelo Radamés: NO PASSADO ENCONTRAMOS MUITAS COISAS NOVAS. Shalom!!!!

André Sztajn, José Luiz Goldfarb, Radamés Vieira




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quinta-feira, 13 de agosto de 2009


Shalom!
O Papo de hoje é um convite a uma nova reflexão sobre os textos sagrados.
Edgar Leite conte suas descobertas!!!


PIT - Olá Edgard bem vindo ao Papo em Comunidade!
EL -
Olá Patrícia, prazer em revê-la!

PIT - “As origens da Bíblia e os manuscritos do Mar Morto” é seu recente livro. O que te levou a escrevê-lo?
EL -
O livro é fruto de minhas pesquisas e de cursos que proferi no Centro de História e Cultura Judaica, na UERJ e na UNIRIO. Está relacionado às minhas preocupações acadêmicas relativas à natureza da experiência religiosa e, especialmente, à experiência religiosa bíblica. Isto é, atuo profissionalmente no campo dos estudos religiosos e me interessa o significado da religião na história. No caso, de como os textos bíblicos refletem as preocupações dos seres humanos sobre a transcendência.

PIT - O que de mais curioso você encontrou em pesquisas que possa nos contar?
EL -
Há muita coisa curiosa, mas vamos apenas a uma. As diversas guerras nas quais os judeus se envolveram na antiguidade, contra os babilônios, os sírios e os romanos, destruíram muitas bibliotecas e levaram à perda de muitos textos antigos importantes. São conhecidos, às vezes, porque são mencionados em outros livros. Por exemplo, sabemos da existência de um livro, atribuído a Nehemias, que estava na biblioteca do templo de Jerusalém e que hoje está perdido. Esse texto menciona um "fogo sagrado" que teria sido oculto quando da destruição do primeiro templo (586 a.e.c.). Quando o segundo templo foi reconstruído (516 a.e.c) Neemias reencontrou essa chama miraculosa, só que sob a forma de um líquido escuro e espesso, que uma vez jogado sobre as pedras do altar acendeu-se miraculosamente. Para os irmãos macabeus, que mais tarde tornaram a dedicar o templo de Jerusalém (164 a.e.c.), essa seria a origem da festa de Hanuká.

PIT - É possível dizer quem escreveu a Bíblia?
EL -
Foram muitas as mãos que trabalharam nas versões finais dos textos bíblicos. Na verdade os textos foram emendados, alterados e corrigidos por muitas pessoas durante a história, especialmente no período do segundo templo (516 a.e.c. - 70 e.c.). No entanto, é necessário anotar que esse processo todo foi sempre imbuído de inspiração religiosa e respeito à tradição. Embora nem sempre os entendimentos teológicos fossem convergentes.

PIT - Qual era o propósito da Bíblia quando foi escrita? Este propósito foi desvirtuado?
EL -
Ao meu ver, há sempre dois propósitos ao se elaborar um texto sagrado: o primeiro é alcançar, através da escrita, aquela realidade que está além da realidade visível, por inspiração ou revelação. O segundo é propiciar que a partir dessa realidade revelada se construam relações políticas entre seres humanos. Há sempre um conflito entre aquele que trabalha o tema da transcendência e o vivencia e aquele que o usa no estabelecimento das relações de autoridade e poder. O segundo está sempre tentando controlar - ou desvirtuar - o primeiro. Às vezes consegue, às vezes não. Os textos bíblicos foram escritos em épocas diferentes e em contextos históricos também diferentes. Em alguns deles houve mais liberdade e sinceridade, em outros, maior controle.

PIT - A Bíblia pode ser considerada um grande código a ser desvendado?
EL -
Todo texto bíblico contém em si um mistério, que é aquela inspiração mais íntima do redator. A expressão da realidade última que julgou alcançar, não apenas para si, mas também enquanto experiência universal, isto é, para os outros. Há muitos métodos para o leitor alcançar essa inspiração mais profunda, dependendo dos seus objetivos ao fazê-lo.
Acredito que há sim uma tentativa do autor bíblico em alcançar essa essência universal e eterna através da experiência literária. Ele o faz utilizando a linguagem de seu próprio tempo. A interpretação histórica é uma chave para entender o mundo do autor a partir de nossa temporalidade. Traduzir o seu mundo para o nosso. Assim podemos alcançar a intimidade de suas idéias e entende-las, em sua atemporalidade, em nossos dias. Alcançar o mistério de suas revelações.

PIT - Alguma passagem da Bíblia te chama mais atenção? Qual e Por quê?
EL -
Não precisamente uma palavra, mas um livro, o Shir Hashirim, o Cântico dos Cânticos. Por conta basicamente de uma intervenção do rabi Akhiva. Akhiva, no século I, defendeu que o "Cântico dos Cânticos", era o "sagrado dos sagrados", dos escritos da Bíblia. Com isso ele quis dizer, provavelmente, que a experiência da vida, especialmente do amor, era um dos momentos especiais para alcançar a essência do mundo e das coisas que nele estão.

PIT - Edgard, obrigada por sua entrevista e deixe aqui seu recado!
EL -
O meu texto é uma tentativa de sintetizar muitas das mais recentes contribuições acadêmicas ao estudo das origens da Bíblia. Elas convidam a uma nova reflexão sobre o significado dos textos sagrados. Agradeço a oportunidade e convido a todos os interessados a tomar conhecimento desses novos olhares. O lançamento do livro será no dia 18 de agosto, a partir das 19h, na livraria da travessa, em Ipanema. Mais detalhes estão no nosso blog:
http://origensdabiblia.blogspot.com/
Um grande abraço a você e a todos os que passarem por aqui!





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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Shalom!
Você já ouviu falar em Wizo? Vou aguçar um pouco a curiosidade...
Com a palavra, a Presidente da Wizo Brasil, Sarita Schaffel!


PIT - Olá Sarita, bem vinda ao Papo em Comunidade! SS - Muito obrigada pelo espaço e pela honra de participar do seu blog.

PIT - Como começou seu trabalho na Wizo?
SS -
Começou quando os meus filhos ainda eram pequenos. Fui convidada pela Suzana Grinspan para participar de uma reunião, onde encontrei mulheres muito parecidas comigo e desde aquela época, já se vão mais de 30 anos, são elas as minhas maiores amigas e juntas trabalhamos por um ideal, que nos foi transmitido por Dona Rachel Geiger (Z’L), então presidente da WIZO RIO.

PIT - Você é atualmente a Presidente da Wizo Brasil, qual o grande aprendizado deste período? O que mais te marcou neste período?
SS -
O grande aprendizado foi o respeito à diversidade e que ninguém é dono da verdade. Num país de dimensão continental, num movimento de mulheres voluntárias, há que se aceitar que cada uma encontre o melhor caminho para cumprir as metas da instituição. O que mais me impressiona é a garra e a dedicação de um grande número de chaverot, assim como a corrente que formamos ao redor do mundo, compartilhando sentimentos e emoções.

PIT - Como você concilia sua carreira profissional, seu lado pessoal com o trabalho da Wizo?
SS -
Eu fui conquistando espaço na WIZO empregando os meus conhecimentos profissionais. Atuando na área de educação fui sempre ligada aos eventos culturais. Até hoje, o que me empolga é poder dialogar com cada grupo de mulheres, em diversas cidades, como se tivesse numa sala da universidade. Acho que quando você faz as coisas que gosta e quando você convive com pessoas que te amam tudo se torna mais fácil.

PIT - O que a Wizo representa para você?
SS -
Representa a forma de eu viver o meu judaísmo. Representa a herança que vou deixar para os meus filhos.

PIT - Qual a importância da Wizo para Israel e para a diáspora?
SS -
A WIZO administra 800 instituições em Israel, que acolhe todos os segmentos de desassistidos, independente de idade, etnia, sexo ou religião. Mais do que um trabalho assistencial, a WIZO resgata a cidadania das pessoas que acolhe, inserindo-as na sociedade israelense. Além disso, a WIZO participa politicamente de todas as causas femininas. Na Diáspora a WIZO cumpre o papel de difusora da cultura judaica e do Sionismo. O nosso objetivo é atrelar o destino do Estado de Israel às nossas famílias. A educação judaica é a nossa missão.

PIT - O que você diria para as mulheres que não conhecem a Wizo?
SS -
Diria que seria muito bom para elas conhecerem um movimento que dá voz e vez para as mulheres. Diria, também, que a WIZO é um espaço para se construir uma sociedade mais justa e mais humana. É uma oportunidade de crescimento.

PIT - Sarita, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
SS -
Junte-se a nós!








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