quinta-feira, 28 de maio de 2009






Shalom!
Vários lugares são projetados por arquitetos e nem nos damos conta.
Quer saber?
Gabriel Kalili nos conte, por favor!

PIT - Olá Gabriel, bem vindo ao Papo em Comunidade!
GK -
Muito obrigado pelo convite! É um prazer estar aqui.

PIT - O que te levou à arquitetura?
GK -
Na verdade, a Arquitetura não foi a minha primeira opção. Cursei meio semestre de Engenharia na Mauá e vi que aquela não era a minha praia. Logo depois entrei na FAU USP. Como muitos nessa época de decisão estava em dúvida sobre a carreira a seguir. Acredito que a relativa ligação entre arquitetura e arte/estética tenha me levado e essa escolha.

PIT - Como podemos definir o estilo Gabriel Kalili?
GK -
Não conseguiria definir um estilo. Acredito em estilo de trabalho. Procuro entender profundamente a necessidade do cliente, e alcançar soluções eficientes e inovadoras. De qualquer forma, penso ser mais identificado com a linguagem contemporânea.

PIT - Dentre os seus projetos qual te deu mais prazer em realizar?
GK -
É difícil escolher, pois todos têm suas particularidades. Posso citar alguns.
A remodelação do Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo, foi um projeto marcante; desde a sua inauguração nunca mais houvera uma intervenção de porte, e a demanda nos tempos atuais tornou-se muito maior do que a inicial. Foram realizadas melhorias voltadas ao conforto do usuário, implantação de área comercial e reorganização total do espaço. É especialmente interessante por lidar com um grande e diversificado publico usuário. As varias unidades da Livraria Martins Fontes também foi - e continua sendo - muito prazeroso pois você lida com a relação direta do usuário com um produto especial, que é o livro; e a característica do espaço projetado leva isso em conta. A concepção do MF Café também foi especial. Há também uma residência de campo toda em madeira bastante peculiar, pois situa-se no meio de uma reserva florestal sem energia elétrica, e onde toda a madeira utilizada é oriunda de arvores tombadas naturalmente e em ótimo estado de conservação. A cozinha é a base de forno a lenha, lareiras e lampiões fazem as vezes de calefação e iluminação, pois a temperatura no inverno é bem rigorosa. O prazer maior foi ter entendido e atendido a demanda do cliente que anualmente reúne a família, filhos, genros, noras, netos para temporada de ferias, num local realmente especial.

PIT - No seu release tem três perguntas que eu gostaria que você as respondesse: O que faz um arquiteto? Quanto tempo dura um estilo arquitetônico? Qual é a vida útil da obra de um arquiteto?
GK -
Penso que o papel do arquiteto é o estudo do espaço e sua relação com as pessoas, falando de forma essencial. Claro que a isso acrescentam-se diversos outros elementos de estética, funcionalidade, sustentabilidade, econômicos, entre outros. Os estilos arquitetônicos que surgiram a partir de movimentos históricos com alguma relevância firmaram-se em sua época, e por vezes procuram ser revisitados, nem sempre com sucesso. Nos tempos recentes, com a incrível velocidade da disseminação das informações e avanços tecnológicos, vemos um grande caleidoscópio de opções para a interpretação de cada profissional; Absolutamente não há regra ou resposta para esta pergunta. A história vai definindo o caminho, relevância e duração de cada obra arquitetônica.


PIT - Qual o maior desafio para um arquiteto?
GK -
Além e a partir dos comentários da questão anterior, provocar emoção no usuário.


PIT - Tem pessoas que acham o trabalho de um arquiteto dispensável. O que você falaria para elas?
GK -
Recentemente recebi um "spam" pela internet que tratava desse assunto, com fotos de situações inusitadas de edificações, como por exemplo, uma escada que era interrompida por uma parede, ou uma porta aberta para o vazio na fachada de um predio... Claro que são casos extremos, mas poderia ser uma resposta bem humorada.

PIT - Em breve será lançado um livro com os projetos da GKalili Arquitetura. Como surgiu esta idéia?
GK -
Temos tido ao longo do tempo uma atenção com a organização de nossos projetos, e é frequente o atendimento a algumas pautas da mídia especializada. Quando surgiu o convite da J.J. Carol Editora de publicarmos o nosso trabalho na Coleção Portifolio Brasil, que reúne arquitetos, designers e artistas plásticos, aceitamos de imediato e foi um incentivo para documentar a trajetória do escritório fazendo parte de uma coleção coerente com nossa atividade.
Faremos o lançamento na Livraria Martins Fontes Paulista - Ai vai o convite:
Dia 02 de Junho, terça feira - das 18h30 as 21h30
Av. Paulista 509, esquina com a R. Manoel da Nobrega.
Ao lado da Estação Brigadeiro do Metrô


PIT - Uma mosquinha me contou que você participa das Macabíadas com a equipe de basquete.... Conte um pouco deste seu lado esportista....
GK -
Comecei a jogar basquete criança na Hebraica e fui atleta ate o Juvenil, quando participei da Macabiadas Panamericanas no Mexico. Depois de um período de inatividade voltei a jogar há cerca de 6 anos atrás, motivado por alguns amigos da mesma faixa etária. Jogo no Macabi, categoria Master. Temos participado de varios campeonatos da modalidade, em São Paulo e também na Argentina, onde o grande numero de clubes da comunidade tem propiciado torneios anuais. Em Buenos Aires, participamos da ultima Panamericana e pela 2a vez estaremos em Israel. Desta vez uma de minhas filhas também irá competir (ginástica olímpica ) e será uma emoção a mais.


PIT - Gabriel, obrigada por sua entrevista, parabéns pelo seu aniversário e deixe aqui o seu recado!
GK -
Obrigado! O lançamento do livro e o aniversário resultaram numa dupla comemoração! Agradeço pela entrevista, visitem nosso site http://www.gkaliliarquitetura.com.br/ e reforço o convite do lançamento a todos !






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quinta-feira, 21 de maio de 2009



Shalom!
O Papo de hoje é sobre coração.
Com vocês o cardiologista Gerson Goldwasser!


PIT - Olá Dr. Gerson, bem vindo ao Papo em Comunidade!
GG -
Olá Patricia!

PIT - Como surgiu seu interesse pela medicina?
GG -
Já faz algum tempo que me formei; não lembro as razões que me fizeram escolher medicina como carreira naquela ocasião. Entretanto, com toda a certeza, hoje já mais maduro, escolheria a medicina novamente como profissão. A razão principal é o seu aspecto humanístico. Estamos muito próximos do ser humano e se pudermos em algum momento oferecer ajuda, seja melhorando a sua saúde ou mesmo dando-lhe apenas um conforto, já valeu a pena. É a razão atual e provavelmente deve ter sido a primeira, há tempos atrás.

PIT - Quando você decidiu pela cardiologia?
GG -
Optei pela cardiologia durante o curso de graduação. Ao freqüentar os serviços de pronto atendimento, ainda como acadêmico bolsista, me encantei com a abordagem ágil e dinâmica que o paciente cardiológico exigia.
A especialidade passava naquele momento por um imenso salto de qualidade e avanço tecnológico. Novos métodos diagnósticos surgiam como o estudo das coronárias (cateterismo cardíaco). Os resultados das cirurgias cardíacas eram animadores. Novas medicações proporcionavam ao paciente uma maior sobrevida e principalmente grande melhora em sua qualidade de vida. Todo esse universo me seduziu e levou a optar pela cardiologia

PIT - O que leva uma pessoa a ter um problema cardíaco?
GG -
Diversos fatores aumentam o risco de uma pessoa desenvolver doenças do coração. Alguns como a hereditariedade e a genética, ainda não podem ser controlados. Temos, no entanto, a possibilidade de interferir no meio ambiente danoso ao coração, modificando hábitos como alimentação desregrada, o estresse contínuo, o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, as insatisfações e depressões. Algumas doenças crônicas como o diabetes, a dislipidemia e a hipertensão arterial, se mal controladas, aumentam a chance de doença cardíaca.


PIT - Quais os tipos mais comuns de doenças do coração?
GG -
O acometimento coronariano é a forma adquirida mais comum da doença do coração. Pode manifestar-se de forma aguda, como no infarto agudo do miocárdio, ou de forma crônica e insidiosa, como na angina de peito aos esforços. A insuficiência cardíaca (enfraquecimento do músculo cardíaco) também é problema bastante prevalente e leva a sintomas como a falta de ar e cansaço, às atividades habituais. Pode surgir devido a hipertensão arterial mal controlada, como seqüela da doença coronariana, ou ainda devido a infecções e inflamações dos músculos e válvulas cardíacas, como na miocardite viral ou na febre reumática.

PIT - Segundo pesquisas, o infarto é a doença que mais mata no Brasil. Explique por favor, brevemente, o que é o infarto e por que tantas pessoas morrem desta doença?
GG -
Infarto do miocárdio é a morte de uma região do coração. Dependendo de sua extensão, o coração perde sua capacidade de funcionar adequadamente e impulsionar o sangue de forma eficaz. Na grande maioria das vezes o infarto do miocárdio resulta de um entupimento agudo (oclusão) de uma ou mais artérias coronárias por placas compostas de vários elementos, principalmente de gorduras, entre elas o “mau colesterol” (LDL-colesterol). A doença acomete indivíduos adultos principalmente, a partir dos 40 anos e de ambos os sexos. Felizmente, observamos um decréscimo dos índices de mortalidade em razão da melhoria e presteza do atendimento, que consiste em desobstruir as artérias acometidas, seja por uso de cateteres ou de medicamentos.
A melhoria na estrutura hospitalar pública e privada, a disponibilização de novos medicamentos, as campanhas educativas realizadas pelas sociedades médicas que orientam a rápida procura por atendimento em caso suspeito de doença do coração e as atitudes de prevenção, também são fatores decisivos na redução da mortalidade pelo Infarto agudo do miocárdio

PIT - Quais os principais sintomas do infarto? O que as pessoas podem fazer para preveni-lo?
GG -
O principal sintoma do infarto é a dor no peito, atrás do esterno ou na face anterior do tórax, muito forte, que habitualmente se transmite para o braço esquerdo, acompanha-se de suores frios, mal estar, sensação de algo ruim acontecendo, palpitações, queda da pressão arterial. Deve-se lembrar que existem variantes dos sintomas e sinais, mas estes são os sintomas principais.
A prevenção do infarto e das doenças isquêmicas faz-se pelo controle dos fatores de risco já referidos anteriormente. A avaliação médica periódica pelo cardiologista, ajuda muito nesta prevenção.

PIT - O que é colesterol e o que ele tem a ver com doença cardíaca?
GG -
Colesterol é uma gordura (lípide) que circula no sangue e é necessária para o nosso metabolismo celular. É composto de uma fração boa ou protetora, o HDL- colesterol e outra fração ruim que lesa os vasos e forma a placa de gordura, o LDL colesterol. Esta placa pode ocluir parcial ou totalmente um vaso, impedindo a circulação sanguínea. Outra gordura circulante é o triglicerídeo. Assim se formam as doenças vasculares e as suas conseqüências: o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral, as oclusões dos vasos dos rins e dos membros, como exemplos principais. Portanto, devemos nos esforçar para um controle rigoroso e manter o colesterol e triglicerídeos em níveis normais.

PIT - Que dicas você daria para se evitar algum problema cardíaco ou vascular?
GG -
As dicas inicialmente podem parecer banais e às vezes difíceis de serem seguidas por vários motivos. Porém, devemos encará-las como algo que nos trará saúde agora e no futuro.
Evitar os excessos na alimentação, diminuindo o consumo de gordura, de sal e de açúcar, fazer exercícios físicos regularmente, atividades de relaxamento físico e mental, evitar e controlar o estresse do dia a dia e fazer consultas médicas periódicas.

PIT - Dr Gerson, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
GG -
Agradeço a oportunidade de falar à nossa comunidade e lembrar que as opiniões de seu medico são muito importantes e visam o seu bem estar. É bom saber que está tudo bem. Shalom.





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quinta-feira, 14 de maio de 2009




Shalom,
Você sabe o que é RSVP?
Antes de pensar bobagem, leia a entrevista.
André Rotstein confirma presença?


PIT - Olá André! Bem vindo ao Papo em Comunidade!
AR -
Eu que agradeço por poder participar desse papo descontraído e aproveito para parabenizá-la por esta iniciativa!

PIT - Você é analista de sistemas. Conte um pouco da sua historia...
AR -
Me formei em “tecnólogo em processamento de dados” pela FIAA (Faculdades Integradas Anglo Americano – antiga SESAT) e trabalhei nessa área durante aproximadamente 15 anos. Cinco anos em uma “softwarehouse” (Multisoft), desenvolvendo sistemas em Cobol para microcomputadores (na época o “grande CP500 fazia sucesso!), cinco anos na Solid, empresa de turismo responsável pelo Sistema “Reserve” de venda online de passagens aéreas e depois na Avipam Turismo na parte de SAP. Entre o trabalho na “softwarehouse” e nas empresas de turismo, tive em conjunto com meus pais, a “DISK DISCO”, uma locadora de CDs (CDs mesmo, pois nem existia DVDs nesta época!) que fazia a troca de CDs na casa do próprio associado. Mas... devido a expressiva diminuição do preço do CD e começando a surgir a possibilidade de “downloads” de músicas pela internet, a um custo muito baixo, o negócio acabou não conseguindo se sustentar.

PIT - Quando você decidiu montar sua própria empresa? Como surgiu a idéia da RSVPweb?
AR -
Montar uma empresa própria foi uma idéia que surgiu junto com a RSVPweb. Eu e minha esposa somos muito detalhistas e preparamos nosso casamento nos mínimos detalhes para que tudo estivesse perfeito no dia. E assim tudo aconteceu, com exceção do serviço de RSVP. Pessoas que não estavam na lista foram incluídas, amigos reclamaram de terem recebido tratamento ríspido, etc. Foi assim que percebemos que ali existia uma oportunidade de mercado. O RSVP é, após o recebimento do convite, o segundo contato do convidado com o evento. Um contato mais pessoal, mais próximo, e que pode dar mais charme ainda ao evento. Assim, decidimos criar nossa empresa. Montamos um escritório, contratamos operadoras, treinamos nosso pessoal, montamos nosso banco de dados e colocamos nossa proposta de trabalho na rua. Transformamos o que era um serviço tradicionalmente “caseiro”, em um serviço profissional.

PIT - Em que consiste a RSVPweb? Que tipo de serviços são oferecidos?
AR -
A RSVPweb (http://www.rsvpweb.com.br/) hoje é uma empresa de telemarketing. Ampliamos nossa área de atuação e passamos a oferecer outros serviços além da Confirmação de Presença (RSVP) tais como ações de relacionamento, atualização de mailing, envio de e-mail mkt, e também desenvolvemos excelentes parcerias para oferecer o serviço de manuseio e entrega de convites via courier ou Correios.

PIT - Existem diferentes tipos de RSVP?
AR -
Existem 3 (três) tipos de Serviço de RSVP.
1º Tipo: RSVP "Somente Passivo" ou "RSVP Somente Receptivo"
Nessa modalidade, a RSVPweb não tem a obrigação de entrar em contato com os convidados, mas sim disponibilizar central telefônica e equipe para realizar as confirmações dos convidados que entrarem em contato.Isto quer dizer que os números de nossas centrais são divulgados aos convidados (através do convite ou de e-mail marketing, por exemplo) e os mesmos deverão ligar para realizar as suas confirmações.
2º Tipo: RSVP "Passivo e Ativo" ou RSVP "Receptivo e Ativo"
Este tipo de RSVP prevê um período em que os convidados devem ligar para realizar as suas confirmações espontaneamente (RSVP Passivo), sendo que após este período a RSVPweb passa a ligar para todos que não realizaram as suas confirmações, quantas vezes forem necessárias para tal (RSVP Ativo).
3º Tipo: RSVP "Somente Ativo"
Neste tipo de RSVP, a RSVPweb tem a obrigação de ligar para TODOS os convidados, quantas vezes forem necessárias, para realizar a confirmação dos mesmos sem que haja necessidade de esperar um período para a "confirmação espontânea" dos mesmos.

PIT - Quem costuma procurar por RSVP: pessoas ou empresas?
AR -
Tanto pessoa física quanto pessoa jurídica.
O RSVP é uma importante ferramenta na realização de qualquer evento. A maior e mais conhecida vantagem, é a contabilização de convidados para que seja possível dimensionar corretamente todos os itens e serviços necessários. Mas é possível ainda usá-lo para informar da "existência" do evento em si aos convidados, no caso de não haver distribuição prévia de convites, relembrar aos convidados que por ventura tenham esquecido do evento; retirar eventuais dúvidas dos convidados; passar informações detalhadas do evento (atividades e seus horários); passar outras informações relevantes e importantes do evento; e, acima de tudo, mostrar o quanto o convidado é importante e que por isso o anfitrião faz questão de que exista um contato com o mesmo para ratificar a importância de sua presença. Nossa equipe está preparada para atuar nos mais diversos tipos de eventos, atendendo a todos os tipos de necessidades, com alto padrão de atendimento.


PIT - Você tem a internet como aliada ao seu trabalho. Como funciona este sistema?
AR -
Na era da internet, não poderíamos deixar de considerar essa ferramenta para nosso trabalho e assim começamos a oferecer no mercado, o RSVP feito através de telefone e internet, agregando mais agilidade e dinamismo, através de hotsite dos eventos. Nosso banco de dados é o único do mercado até hoje que permite somente a confirmação de convidados cadastrados. E tudo com acompanhamento online, 24hs por dia, a qualquer hora do dia ou da noite, no site através de login e senha.
Foi aí que minha experiência como analista de sistemas fez diferença não só na compreensão do que seria necessário para a construção do sistema como para a evolução do mercado e as necessidades que surgem a cada serviço. Assim, podemos estar “up-to-date” com as necessidades de nossos clientes.


PIT - Você já passou por alguma situação embaraçosa ou engraçada que possa nos contar?
AR -
Um serviço “embaraçoso” foi quando pegamos a confirmação de presença de um evento que pretendia homenagear funcionários que fizeram parte de uma empresa “das antigas” e que nem existe mais (que por razões de ética não estou divulgando o nome). Embaraçoso porque mais de 50% das confirmações foram negativas por razões de falecimento e da outra metade grande parte dos convidados estava enfermo (impossibilitados até de se locomover) e dos poucos que sobraram, que poderiam confirmar presença, boa parte se mostrou indignada com o reconhecimento tardio pelos serviços prestados, chegando até mesmo a fazer xingamentos a nossos funcionários achando que nós fazíamos parte desta empresa. De qualquer forma fizemos da melhor maneira o nosso serviço, ouvindo a todos e registrando as confirmações, mas por razões óbvias o evento acabou sendo “adiado” (por tempo indeterminado) por falta de “quorum”...


PIT - André, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
AR -
Mais uma vez agradeço pela oportunidade e meu recado é para todos que desejam abrir negócio próprio, mas ainda não tiveram coragem... Apesar dos altos e baixos de nossa economia e a quantidade de impostos a pagar, ainda acho que vale a pena investir em um sonho... em uma realização. Comece pequeno, sonhe grande, e cresça “passo-a-passo”, até onde suas pernas alcançam! Com aprimoramento constante e muita criatividade, tenho certeza que todos conseguem esticá-las, para ir cada vez mais longe!





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quinta-feira, 7 de maio de 2009






Shalom!
O Papo de hoje é com alguém que está sempre “De olho na Mídia”!
Daniel Barenbein a palavra é sua!


PIT - Olá Daniel, bem vindo ao Papo em Comunidade!
DB -
Olá Patricia!

PIT - Como surgiu a ideia do De olho na mídia?
DB -
Duas fotos contam esta história. A primeira, reproduzida no New York Times, que mostrava um soldado israelense supostamente espancando um palestino no Monte do Templo, quando na verdade ele estava salvando um judeu americano em um posto de gasolina, deu origem ao Honest Reporting, a organização internacional que monitora a mídia, investiga a parcialidade dos veículos que cobrem o conflito no Oriente Médio e apura quando houve má vontade com Israel e/ou judeus. Um trabalho descomunal, mas que foi coroado de êxito, e hoje conta com 150 mil assinantes em sua newsletter. A outra foto, na verdade uma charge, publicada no Globo do RJ, em meados de 2003, que mostrava Arafat crucificado em uma Estrela de David repercutiu mundo afora, fazendo com que o Honest Reporting decidisse que era hora de conceder permissão para uma filial da organização no Brasil. Assim surgia o “De Olho Na Mídia”. A principio bancado financeiramente e estruturado por uma instituição judaica paulista, com o tempo ele se tornou independente e hoje é uma ONG autônoma e em plena ascensão. Ainda tem muito a crescer e a alcançar.

PIT - Como funciona o site? Há uma interatividade?
DB -
O site (http://www.deolhonamidia.org.br/) tem diversos tópicos, que abrangem desde os comentários sobre denúncias de anti-semitismo e parcialidade na mídia, até a seção de artigos onde os mais diversos tópicos relacionados ao conflito do Oriente Médio, Holocausto, anti-semitismo e etc..., tem seu espaço; passando por seção de charges, abaixos-assinados, notícias e muito mais. O site é 100% interativo. Começa nas denúncias, na participação do leitor, na possibilidade de este vir a ter publicado um texto a respeito do que saiu em veículo a, b ou c.. ou então algum artigo de temática pertinente ao site, desde que este passe por prévia verificação do editor-chefe, no caso eu. Além disso, existem as petições, conforme falado acima e ainda pesquisas, espaço para comentários ao final dos textos. O que não falta é interatividade. Além obviamente do meu e-mail sempre aberto para críticas e sugestões e o sucesso do site depende da interatividade: o ponto final são os leitores escrevendo aos veículos e reclamando. Do inicio ao fim, todo este projeto só existe e é mantido na base dos meus leitores.

PIT - Você acha que a mídia em geral é tendenciosa?
DB -
É, sem dúvida alguma. Uma mistura perigosa de desinformação, tendências políticas (no caso do conflito, o esquerdismo, que sobrepõe dogmas: “sou anti-EUA, portanto anti-Israel” a qualquer realidade), anti-semitismo, má vontade, falta de checagem das informações criando um coquetel explosivo e nocivo.

PIT - Neste tempo de De Olho na Midia que situação mais te impressionou?
DB -
Muitas coisas me impressionaram. No último conflito, o de Gaza, o que me chamou a atenção foi o número de veículos que abertamente fizeram revisionismo do Holocausto, ao minimizar a tragédia dos judeus na segunda guerra mundial e ao comparar o conflito atual com aquele, chamando os soldados judeus de nazistas, Gaza de Gueto e etc... Outra situação que me chamou a atenção foi uma vez quando a BBC Brasil publicou um texto (e que pela força do trabalho do nosso site e dos seus leitores conseguimos tirar do ar) onde jogava a culpa do próprio Holocausto nos judeus (a velha idéia: “blame the victim”), ao dar voz a uma teoria obscura de um psiquiatra árabe que afirmava que Hitler teria decidido levar avante o projeto de extermínio porque teria contraído sífilis de uma prostituta judia. De qualquer maneira, se eu tiver que elencar tudo que levantou meus cabelos nestes cincos anos de “De Olho”, não haveria espaço suficiente. Em compensação, me impressionou positivamente a participação dos meus leitores no abaixo-assinado que foi enviado ao Itamaraty protestando contra a visita de Ahmadinejad: mais de 8.000 assinaturas. Não é qualquer coisa e não é de se jogar fora!

PIT - Que noticia você teria o maior prazer em dar?
DB -
Mashiach chegou. As guerras acabaram. A humanidade se dá as mãos. Estou desempregado. Não existe mais anti-semitismo. O povo de Israel vive em paz em sua Terra. Ninguém mais sofre, nem os animais. A felicidade enche e transborda este mundo. D’us veio habitar conosco e atingimos nosso auge. Que seja breve, o mais rápido possível.

PIT - Por que você acha que as coisas boas feitas por Israel não saem na mídia?
DB -
Porque isso estraga o prazer de quem quer pintar Israel como um monstro e como uma potência beligerante. Se os jornalistas por aí mostrarem que Israel exporta tecnologia e medicina para meio mundo e que cada ser humano neste planeta deve um pouco ou muito aos judeus/Israel, acaba-se o mito do monstro de sete cabeças. Se mostrarem que Israel fez mais de 4 mil ações de ajuda humanitária em 61 anos de existência como estado moderno e soberano, as pessoas se questionariam como um estado humanitário assim pode ser “desumano” com os palestinos e chegariam a verdade. Não sé dá estas notícias porque hoje no mundo, por conta da impregnação do anti-semitismo, que varre desde a ONU até as redações, passando por movimentos, sindicatos, ONGs e muitos países da Europa, vive-se bem, quando se vive contra Israel. Além disso, para que enfrentar o extremismo islâmico e se por em situação desconfortável diante de 1,5 bilhão de muçulmanos, se posso ser seu maior aliado? A mídia tomou um partido, claramente. E ao tomar um partido, decidiu que Israel não merece nenhuma concessão. Nem sequer para falar de coisas que seriam estrondosamente notícias. Quantas pessoas sabem que Israel mandou para a Indonesia, país majoritariamente muçulmano e para o Sri Lanka, outro país islâmico, quando do Tsunami, 70 toneladas de alimentos e remédios, mesmo tendo que apagar as estrelas de David das caixas dos mesmos? Que esta ajuda foi infinitamente superior a qualquer país árabe, que está mais preocupado em doar para causas como o terrorismo e etc... do que para isso? Quem sabe, que Israel infiltrou médicos secretamente, sob risco de vida no Sudão para auxiliar pessoas vítimas do genocídio? Que o país tem sempre portas abertas para refugiados de conflitos do mundo todo? Porque pega mal para a mídia levantar tudo isso. Um fator extra é porque talvez (somente talvez...) as pessoas fossem cobrar de seus governos: se Israel faz tudo isso, pequenino e sem recursos como é, porque estamos parados?

PIT- Para você qual a importância da Hasbará (conhecimento/informação sobre Israel/judeus) na comunidade judaica brasileira? O que você acha que pode ser feito para melhorar isto?
DB -
Importância total. Hasbará não é para Israel. Isto que as pessoas não entendem. Hasbará é para nós. Quem vai ser afetado pela má propaganda sobre Israel e sobre o judaísmo somos nós. Para Israel, não fará nenhuma diferença prática. Quem sofre com o anti-semitismo na pele somos nós. O problema é que a assimilação e a indiferença tomaram conta, ao ponto das pessoas minimizarem a importância da Hasbará, a importância de se engajar. É preciso que tenhamos gente ativamente monitorando os veículos. Gente escrevendo. Passeatas quando necessário não com mil pessoas, mas com dez mil como em 2003. Ou com cem mil pessoas se nos unirmos a outros setores da sociedade. Uma, duas, cinco pessoas..quantas tem fazendo Hasbará de verdade no Brasil? É MUITO POUCO para uma comunidade de mais de 100 mil pessoas. É um fardo muito grande. As pessoas precisam se dar conta disso. O conflito em Gaza e sua repercussão na mídia mostrou isso. A quase vinda de Ahmadinejad também. O que vai ser preciso para as pessoas acordarem? Um novo Holocausto, D’us me livre, ou ficaremos na apatia como na década de 30 na Alemanha, sentados, só esperando acontecer, sem acreditar quando o inimigo diz que quer se ver livre da gente?

PIT - Qual o seu maior desafio?
DB -
Conscientizar a sociedade judaica como disse acima para a importância da Hasbará. Fazer as pessoas escreverem para jornais e passarem da fase do “ai que raiva”. Afinal, nos somos a comunidade do “ai que raiva”: ai que raiva que saiu isso no Estado, ai que raiva que saiu isto na Globo e etc...uma vez dita a frase mágica, aliviado o coração, PRONTO...fizemos nossa parte! Podemos seguir nossa vida, ir ao shopping, cinema, danceteria... já senti raiva, já fiz o necessário. É preciso engajamento. Timidamente isso começa a mudar após os dois episódios marcantes deste ano, mas anda é MUITO POUCO diante do colossal trabalho a se fazer. O jornalista já sente o impacto quando vê o texto dele ser criticado no “De Olho”. Mais ainda, quando alguém envia e-mail o alertando de que ele esta sendo criticado. Mas seria fantástico e era a proposição inicial do site que o jornalista e os veículos recebessem 500 e-mails na sua caixa postal quando escrevessem alguma besteira. Com algumas raras exceções (como o caso do anti-semitismo explicito no site Terra) isso não aconteceu. Se hoje já conseguimos mudar muita coisa com um engajamento mínimo, imagine o que faríamos diante de massas de e-mail enviados aos maus profissionais.

PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
DB -
Muita coisa. O que não falta é trabalho. Primeiro passar dos 40 mil assinantes da newsletter que tenho hoje para 100 mil, e depois 500 mil, um milhão. Acho possível. Basta querer. Quero abrir uma assessoria de imprensa para fornecer conteúdo de qualidade e sem libelos e mentiras para os veículos de mídia. Quero ampliar o trabalho que começamos com a revista do De Olho Na Mídia, uma forma de divulgação para quem não conhece o site e também um “pocket book” rápido para quando se precisa de algum argumento ou citação em alguma discussão acalorada, com o resumo dos principais textos e denúncias do mês. Quero criar um programa de rádio e de TV online com notícias de Israel e comentários a ser transmitido via site. Quero parceria com os veículos alternativos, de interior, regionais, evangélicos, etc... Quanto mais gente tiver informação de conteúdo melhor. Mas tudo isso depende de ajuda. O site é um projeto sem fins lucrativos. Precisamos de doadores e contribuintes para antes de tudo manter o que já é feito. E ai pensarmos nestes projetos de ampliação. Esta também é uma forma de colaborar. Temos diversas, mas sem, infelizmente, recursos monetários nada se pode fazer. E hoje sou eu sozinho trabalhando com um corpo de abnegados voluntários para fazer esta máquina funcionar. Por mais quanto tempo? E quer todos estes sonhos acima? Não são impossíveis. Plagiando Theodor Herz,Z’L”: “se você quiser isto não será um sonho”. E não foi.

PIT - Daniel, muito obrigada, foi um prazer entrevistá-lo! Deixe aqui o seu recado!
DB -
Eu que agradeço pelo apoio, divulgação e pelo espaço. Torço para que vocês também se desenvolvam e se tornem mais uma ferramenta a contribuir com o crescimento da nossa comunidade. Termino com uma citação da Torá, a mishna de Pirkei Avot em que Hillel já dizia, “Se não for eu, quem? Se sou eu por mim, então quem sou? Se não for agora, quando?” Acho que isto resume em grande parte tudo que quis por aqui. Internalizem esta mensagem, reflitam e aí estarei de portas abertas aguardando para ter a honra de trabalhar com vocês. Um povo só, uma Terra só, uma Torá só, um coração só. Unidos venceremos. Sempre! Muito obrigado!






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