quinta-feira, 30 de julho de 2009



Shalom,
O Papo de hoje é com alguém que quer proporcionar momentos bons às pessoas através da sua voz e de sua música...
Com vocês Monique Kessous!


PIT - Olá Monique, bem vinda ao Papo em Comunidade!
MK -
Obrigada, Patrícia... eu que agradeço o convite. Parabéns pelo site!

PIT - Quando começou seu interesse pela musica?
MK -
Cresci numa família muito musical. Meu pai sempre tocou guitarra, violão e cantava em casa, minha mãe tocava piano e também cantarolava melodias o tempo todo. Lembro que eram momentos muito gostosos quando ficávamos cantando e essa era uma das minhas brincadeiras preferidas. Quando eu tinha 9 anos subi ao palco pela primeira vez em um festival de música iídiche na hebraica cantando a música Exodus em iídiche mesmo para um público de mais de mil pessoas. Foi muito emocionante pra mim. Desde aquele dia eu tive certeza que queria ser cantora. E o interesse pela música foi só aumentando. Eu e Denny (meu irmão) começamos a fazer aulas de violão e passávamos muito tempo tocando juntos na adolescência e essa história dura até hoje(atualmente ele é músico também e toca comigo nos shows, além de termos algumas músicas juntos). Depois eu estudei canto, piano comecei a compor e continuo aprendendo...

PIT - Além de multiinstrumentista você é compositora. Uma coisa ajuda a outra?
MK -
Não me considero multiinstrumentista... Na verdade, eu gosto muito de tocar. Para mim os instrumentos são como brinquedos para uma criança... Gosto de descobrir sons, experimentar e vou inserindo elementos diferentes de cada instrumento que aprendo dentro da minha música. No show eu toco acordeon, pandeiro, cajon e violão ... e me divirto muito.
Quando vou compor, muitas vezes parto de alguma ideia que surge através de um instrumento e cada instrumento sugere um tipo de coisa...às vezes uma levada no cajon, outras vezes um tipo de levada de violão ou um efeito de guitarra, ou uma levada de baixo, ou alguma coisa no piano...e vai indo... e outras vezes tenho uma idéia na cabeça e recorro ao instrumento para ajudar... Acho bem complementar sim. Na hora de fazer o arranjo é que é mais legal ainda.


PIT - Você lançou seu primeiro CD autoral “Com essa cor”. Conte um pouco deste trabalho.
MK -
Tudo começou quando conheci a produtora fonográfica do disco, Mariama Lemos de Moraes, que desde que me viu cantar pela primeira vez há uns quatro anos atrás, ficou insistindo para produzir um disco meu. Ela foi uma pessoa muito importante neste trabalho porque sempre enxergou os caminhos lá na frente e sempre acreditou muito. A gente acabou fazendo uma música juntas que se chama “Vento Me Traz”, que entrou para o disco. Começamos então a pré produção em 2006. O CD teve produção musical do Flávio Mendes e a participação de músicos como Rômulo Gomes, Adriano Giffoni, Chico Chagas, Adriano Souza, Denny Kessous, João Arruda, Breno Hirata, Thiago Souza, Márcio Menescal e a participação especial do Roberto Menescal, que é meu parceiro na música “Comunique-se”.
O CD foi super artesanal... Demoramos mais ou menos dois anos para fazê-lo e eu e Flávio trocamos muito... Ele entrou nas minhas loucuras, nas minhas ideias, pude gravar vários instrumentos e experimentar arranjos e eu aprendi muito com ele, que tem muito mais experiência e é um super músico.
São ao todo 12 músicas: 10 são minhas (sendo 3 em parceria com Denny, Menescal e Mariama Lemos de Moraes) e 2 são releituras: “Valsinha”, do Chico Buarque e Vinicius de Moraes e “Gosto de batom” do Pedro Fortuna e Bernardo Vilhena. Com o CD pronto, entregamos para algumas pessoas e a música título do CD ("Com essa cor") foi escolhida para entrar para a trilha sonora da novela "Ciranda de Pedra", da Rede Globo. Em seguida, a Som Livre entrou em contato comigo e lançou o disco, em agosto de 2008. Fizemos o show de lançamento no teatro Solar de Botafogo, aqui no RJ e depois uma série de shows no Letras e Expressões, seguido pelo Posto 8 (ex.Mistura Fina) e Estrela da Lapa. Um dos últimos shows do ano passado contou com a participação especial da Elba Ramalho que cantou comigo “Bicho de sete cabeças” e uma música minha chamada "Frevo meio envergonhado". Foi muito gratificante. Ela é uma grande cantora. No início deste ano (2009), outra música entrou para uma trilha sonora de novela. Desta vez foi a música "Pitangueira" na novela Paraíso, também da Globo. E com isso mais gente passou a conhecer o meu trabalho e é muito legal esse processo. Tenho tido uma recepção muito calorosa tanto por parte do público quanto da crítica e dos músicos e isso me deixa muito satisfeita.


PIT - O que você costuma ouvir? Quais são as suas influências?
MK -
Gosto de ouvir muitas coisas diferentes e na maioria das vezes ao mesmo tempo (a internet facilita muito isso)... Enfim, estou sempre querendo conhecer coisas novas e antigas. Recentemente tenho escutado Camille, Beirut, Jorge Drexler, Nathalie Dessay, Elvis, Lou Reed(e Velvet Underground), Arto Lindsay, Beach Boys, Devandra Banhart e como estou lendo o livro sobre a dona Ivone Lara("Nasci para sonhar e cantar", da Mila Burns) comecei a ouvir mais o trabalho dela e também de outras mulheres que fizeram muito pela nossa música: Chiquinha Gonzaga, Bidu Sayão, Carmem Miranda, Dolores Duran... Mas, não deixo de escutar as minhas maiores influências: Caetano, Gil, Gal, Novos baianos, Beatles, Mutantes, João Gilberto, Lúcio Alves, Arnaldo Antunes, Nando Reis, Roberto Carlos, Sixpence none the ritcher, Earth wind and fire e por aí vai.

PIT - Dentre as suas composições, qual é a sua favorita? Por quê?
MK -
Hum...eu passo por fases. Atualmente estou curtindo mais a música "Com essa cor", porque me identifico muito com a letra, com o arranjo, acho a música ao mesmo tempo singela, delicada e forte, que é como me sinto. Um pouco yin e yang ao mesmo tempo.

PIT - Com quem você gostaria de compor ou cantar junto?
MK -
Ih...muita gente. Adoraria compor e cantar com o Gil que é um cara iluminado que eu admiro muito. Também seria maravilhoso compor e/ou cantar com Caetano, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Lenine, Moska, Liminha, Carlinhos Brown, Zach Condon, Adriana Calcanhoto, entre outros.


PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
MK -
Quero fazer muitos shows ainda deste CD e levar aos quatro cantos do mundo a minha música. Como este CD fala muito de mim e de uma fase da minha vida em que eu estava buscando uma leveza, uma alegria maior no viver, acho que consigo passar isso para as pessoas e meu objetivo é esse... trazer momentos bons, divertidos, alegres, reflexivos que sejam, mas, sobretudo, positivos para todas as pessoas. Gosto de arte que faz bem pro coração.

PIT - Monique, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
MK -
Obrigada você pelo convite. Gostaria de convidar a todos a conhecerem mais a minha música no site www.myspace.com/moniquekessous
Um beijo a você e a todos que passaram e passarão por aqui.






* agradecimentos a Shirley Shcolnik



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quinta-feira, 23 de julho de 2009


Shalom!!
Que tal manter seu estilo, sua essência.... Ser você mesmo?
Barbara Menaei, qual a sugestão?

PIT - Olá Barbara! Bem Vinda ao Papo em Comunidade!
BM -
Olá Patricia!

PIT - Como surgiu a ideia da Be Yourself?
BM -
O aparecimento da Be Yourself remonta ao começo de 2005. Foi quando minha sócia, a arquiteta Daniela Esrubilsky, uma argentina que sempre gostou de moda e atuava com arquitetura de interiores e iluminação, teve a idéia de se aventurar na produção de modelos próprios de bolsas. Para essa empreitada, ela me convidou para ser sua sócia, num longo papo com água de coco à beira-mar, pois já éramos amigas de muitos anos. Eu, que após passar pelas faculdades de engenharia e administração, me formei em marketing, atuei como produtora de vídeo e trabalhava na fábrica de roupa em jeans de meu pai. Lá, eu me desdobrava por várias atividades, desde o desenvolvimento das peças até as vendas, minha experiência familiar somado ao trabalho com meu pai tornou bem mais fácil fazer desse sonho realidade.

PIT - Por que o nome Be Yourself?
BM -
Quando escolhemos o nome estávamos à procura de algo forte, com atitude!! Mas não demoramos tanto a decidir... O mais engraçado é que a ideia também surgiu na praia de Ipanema, mas quando escolhemos o nome ainda não imaginávamos essa repercussão toda, não imaginávamos que a Be Yourself iria mudar nossas vidas, era somente para participar da Babilônia Feira Hype, como um trabalho paralelo em nossas vidas. Foi tudo muito rápido. Semanas depois que conversamos, decidimos o nome, já tínhamos nossas e logo estávamos vendendo na Babilônia Feira Hype.

PIT - Em que são inspiradas as coleções?
BM -
A nossa intenção era criar uma marca de bolsas descolada, versátil, com o visual arrojado e original que tivesse estilo e personalidade e para isso nos inspirávamos nas mulheres contemporâneas. Mulheres famosas e do nosso convívio, desde o inicio nossos modelos são batizadas com nome de mulheres.
Hoje em dia a cada coleção, acrescentamos a nossa inspiração temas variados, já nos inspiramos na história da figa, nas nossas memórias, principalmente sensoriais (5 sentidos) e a próxima vem inspirada no mundo circense.

PIT - Como você disse, as bolsas levam nomes de mulheres. Como BM - são escolhidos os nomes?
BM -
Criamos os nomes de acordo com a mulher que nos inspirou a bolsa, ou hoje em dia, as vezes invertemos o processo, criamos uma bolsa e depois vemos com quem ela se parece depois de pronta, até porque temos pedidos, nossas amigas nos pedem sempre para terem seu nome e sua personalidade como inspiração, virou até caso de ciúmes...

PIT - Que tipo de material é utilizado nas bolsas?
BM -
Quando começamos trabalhávamos somente com bolsas exclusivas feitas sempre em tecidos de decoração e com uma mistura de vários materiais e texturas. Com o tempo fomos ampliando nossas inspirações e hoje buscamos fazer produtos inovadores, trabalhando com materiais de primeira linha – como palha, crepe, tecno couro e, muitas vezes ainda, tecidos de decoração – além de contar com acabamento interno feito em cetim – que pode ser estampado ou liso, dependendo da parte externa – o que resulta numa combinação diferente e ousada! Versatilidade também é uma característica de nosso produto, muitas das bolsas, inclusive, têm mais de uma maneira de uso, seja por varias opções de uso de alça ou pelos modelos dupla-face, mostrando total versatilidade e atraindo mais clientes!


PIT - Qual a “marca registrada” da Be Yourself?
BM -
Be Yourself – A Bolsa que leva seu estilo. Temos como marca registrada principalmente nosso acabamento interno, com forro em cetim estampado, o uso de materiais variados, pois trabalhamos com tudo que não é couro e nossas modelagens que ao mesmo tempo que são simplistas, são também inovadoras e versáteis.


PIT - O que podemos esperar para próxima coleção?
BM -
Nossa próxima coleção, inspirada no mundo do circo, vem muito alegre e versátil!! Bem colorida, como o verão carioca. Iremos trabalhar com materiais bem similares ao couro, com estampas exclusivas, matelassês preto e branco, juta, sobreposição de rede arrastão sobre tecidos planos... As bolsas dessa coleção, mais do que nunca, buscam o conforto e praticidade da mulher, tendo mochilinhas, bolsas com opção de tira colo e transpassada, carteiras, além de lançarmos o chapéu e o organizador que promete muita praticidade a bolsa feminina, assim como o porta celular que iremos manter na coleção.

PIT - Como as pessoas podem adquirir as bolsas?
BM -
Pelo site http://www.beyourself.com.br/, onde a pessoa pode pagar via cartão de crédito ou boleto bancário e enviamos as bolsas por sedex, para qualquer lugar do Brasil. Outra opção seria nas multimarcas que revendem nossas bolsas (endereços também no site) e além disso nos vários eventos que participamos. Um modo simples de não perder nenhum, é se cadastrando no “Fique por Dentro” em nosso site para receber o aviso de todos os eventos.

PIT - Barbara, obrigada por sua entrevista e deixe aqui seu recado!
BM -
Hoje, cada vez mais rápido, as informações chegam a nós nos influenciando, pondere, mas não perca sua essência. Seja sempre você mesma – Be Yourself, mantenha seu estilo, suas convicções, sua personalidade. Sua identidade!






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quinta-feira, 16 de julho de 2009






Shalom!
O Papo de hoje é literalmente um batuque na cozinha!
Com vocês o sabor e o som de Michele Rumchinsky!


PIT - Olá Michele bem vinda ao Papo em Comunidade!
MR -
Olá Paty!

PIT - Antes de começarmos conte um pouquinho sobre você...
MR -
Eu tenho 41 anos, sou formada em jornalismo, mas atualmente tenho um bufê. Também faço tradução de releases e de vez em quando trabalho como intérprete de artistas internacionais que vêm ao Brasil para shows.

PIT - Você trabalhou muitos anos no mercado fonográfico. O que mais te marcou durante este tempo?
MR -
Eu sempre fui muito ligada em música e quando consegui um estágio no departamento de imprensa da CBS (atual Sony Music) foi como um grande sonho se realizando. Ao longo de 10 anos atuei nos departamentos de divulgação de imprensa e rádio, com artistas internacionais e por último com divulgação dos artistas brasileiros no exterior. Trabalhei no mercado fonográfico, na época áurea das gravadoras quando o mercado brasileiro era forte e havia vontade e dinheiro dos executivos para investir não só nos medalhões, mas em muita coisa nova e criativa que surgiu a partir dos anos 90. Acho difícil dizer o que foi mais marcante, pois 10 anos é muito tempo e você acaba vivendo muitas histórias e conhecendo muitas pessoas. O que sei é que música mexe demais com a emoção das pessoas e quando você trabalha com isso e de alguma forma faz com que ela chegue até às pessoas é extremamente gratificante. Não conheço uma pessoa no mundo que não goste de música. É a manifestação artística mais abrangente. Alguns podem não gostar de ler, ou de ir ao teatro ou não entendem de artes plásticas. Mas música, não importa qual ritmo, todo mundo gosta. Acho que o mais importante foi eu adquirir uma visão menos pessoal da música. É que nem aquela história de dizer que não se discute futebol e política. Música também. Cada um tem seu gosto e o fato de eu não gostar de um determinado artista não significa que ele não faça um trabalho de qualidade que afeta outras pessoas da mesma forma que aqueles que eu gosto
me emocionam.

PIT - Alguma história engraçada que possa nos contar?
MR -
Ih... tantas. Mas tem uma que me lembrei agora que foi tragicômica. O Tony Bennett veio fazer uns shows no Brasil. O baterista dele - que na época era considerado o melhor do mundo no estilo escovinha (é aquela escova que substitui a baqueta, muito usada no jazz) - era bem mais jovem que o resto da banda e queria sair com o pessoal da gravadora. Eu, o coordenador do internacional e o gerente de jazz o levamos para jogar boliche na Barra. A noite foi ótima, mas ao sairmos do shopping, caía um temporal daqueles no Rio de Janeiro e a rua estava totalmente alagada. Estávamos num "chevelho" que não fechava as janelas e a chuva entrava pela janela, pela porta, o nível de água subia cada vez mais e a gente não sabia se ria ou se chorava. A gente só imaginava a situação: vamos morrer afogados e levar junto o maior baterista do mundo. Mas felizmente tudo deu certo e os shows do Tony Bennett foram o maior sucesso. Ah, teve uma vez também o Shabba Ranks, um cantor de reggae jamaicano, que estava no Brasil com sua trupe. O gerente da gravadora teve que levar seu empresário para uma casa de câmbio e me deixou sozinha com ele e mais uns 10 caras no restaurante. Sinceramente eu não entendia uma palavra do que eles falavam, apesar de ter um ótimo inglês. Eu tentava explicar o cardápio pra eles, mas nossa comunicação estava meio truncada, sabe? Eles claramente estavam falando, rindo e zombando de mim e eu fazendo cara de paisagem, desesperada para meu chefe chegar logo e me salvar daquela situação constrangedora. Acho que foi mais engraçado pra eles do que pra mim...

PIT - Você participa do grupo mulheres de Chico, o que te levou ao grupo?
MR -
Bom, sempre quis aprender a tocar um instrumento, especialmente contrabaixo que é o meu predileto. Em 2000 entrei para a oficina de percussão do Monobloco e depois de rodar por alguns instrumentos descobri o surdo, que apesar de ser um instrumento pesado e com pouquíssimas mulheres tocando é paralelo em uma bateria de escola de samba ao baixo numa banda de rock, pois ele é que faz a marcação. Então foi uma escolha natural e eu quis me aperfeiçoar. Depois de muitos anos acho que posso dizer modestamente que não deixo nada a dever a nenhum homem. As meninas que criaram o bloco Mulheres de Chico já eram minhas amigas de batucadas e me convidaram para participar do grupo para tocarmos no Carnaval. Daí o grupo começou a ser chamado para fazer alguns shows e usamos o dinheiro para pagar nosso desfile. Mas o Carnaval passou e a gente continuou a ser convidada para fazer shows, então resolvemos nos organizar e "profissionalizar" o negócio, apesar da grande maioria das integrantes não viver de música. Estamos fazendo um trabalho muito legal. É uma bateria totalmente feminina que toca as músicas de Chico Buarque, com arranjos e ritmos variados como samba, funk, coco, afoxé, ijexá, ciranda e maracatu. Estou adorando essa experiência. Virei artista depois de velha (risos).


PIT - Atualmente você trabalha com buffet. Quando você decidiu partir para a gastronomia?
MR -
Assim que saí da gravadora em 1999 comecei a fazer vários trabalhos de produção, tradução e assessoria de imprensa como autônoma. Mas o trabalho de free lancer é muito incerto e eu queria uma coisa que me desse mais segurança profissional e financeira. Trabalhei por um ano na produção de um grande evento e como fazíamos muitos coffee breaks chamei uma amiga que trabalhava com isso para organizá-los. Quando o trabalho terminou eu fui conversar com ela e decidimos unir nossas experiências para incrementar o negócio dela que era ainda bem pequeno. Ficamos juntas por seis anos, mas agora estou há um ano sozinha.


PIT - Que tipo de quitutes são servidos? Qual o seu preferido?
MR -
Eu faço vários tipos de eventos. Cafés da manhã, almoços e jantares, coquetéis, festas em geral, coffee breaks, já fiz até casamento gay. Quantos aos quitutes eu gosto muito de um patê de cream cheese com alcaparras e ervas e a batata rochele, que é aquela batata bolinha recheada com um creme de provolone levada ao forno e servida com sal grosso. Ambos fazem o maior sucesso nos eventos.


PIT - Você mesmo prepara as comidinhas? Você gosta de cozinhar?
MR -
Muitas coisas sou eu quem preparo. Adoro cozinhar, mas odeio lavar louça. Quando tenho uma festa grande prefiro contratar cozinheiros de minha confiança porque a comida é apenas uma parte do evento. Há muita coisa além para ser feita antes e durante e depois do evento. Você tem que planejar o pessoal, a louça, toalhas, copos, bebidas, gelo e milhões de detalhes desde guardanapos até fósforo para acender o fogão. Além disso, minha presença no salão é fundamental para ver o andamento da festa. Então como não dá para eu comandar tudo ao mesmo tempo é preciso delegar funções para que tudo corra bem e o cliente fique satisfeito.


PIT - Michele, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
MR -
Eu é que agradeço e deixo aqui meu convite para você e todos a irem assistir ao show das Mulheres de Chico. Para quem gosta de Chico Buarque e boa música é um ótimo programa!! Acessem http://www.mulheresdechico.com.br/ e quem quiser ver as delicias do bufê www.flickr.com/photos/culinariaartesanal ou me mandar mail pelo culinariaartesanal@ig.com.br .











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quinta-feira, 9 de julho de 2009


Shalom!
A vida dá voltas: Do Brasil aos Estados Unidos, de assistente social a designer de joias, sempre com coragem para alcançar seus objetivos.
Miriam Chor Freitas, conte-nos a sua história!

PIT - Olá Miriam, bem vinda ao Papo em Comunidade!
MCF -
Muito obrigada pelo convite. Aprecio o trabalho que você está fazendo e me sinto honrada por fazer parte dele.

PIT - Você vive há muitos anos nos Estados Unidos. Como foi a decisão de viver em outro país?
MCF -
Tinha um irmão morando há muito tempo nos EUA, mas eu nunca pensei em sair do Brasil até o primeiro ano da faculdade. Havia várias razões: eu queria sair de casa, mas levando em conta a economia e a cultura no Brasil na época eu não pensei que seria possível alugar um apartamento. Eu estava numa batalha contra uma compulsão por comida, eu estava ganhando peso e ficava envergonhada de estar com meus amigos. Nesta época crescia uma tensão familiar e foi então que eu quis partir. Eu queria ir para Israel fazer aliá ou para os Estados Unidos onde estava meu irmão. Então aos 19 anos decidi vir para San Diego. Eu pensei: “Na pior das hipóteses vou aprender inglês e guardar algum dinheiro. E se as coisas derem certo construo uma nova vida por lá”. Aqui estou eu 18 anos depois.

PIT - Antes de se lançar como designer de joias você trabalhou como assistente social. Conte um pouco desta experiência.
MCF -
No Brasil eu comecei a fazer Direito e nos Estados Unidos optei por uma carreira diferente, a psicologia. Eu queria ser terapeuta, mas aqui é preciso mestrado para clinicar. Então depois de terminar o curso decidi obter o mestrado em trabalho social porque era mais acessível e me permitiria ter a licença para praticar. Eu consegui uma bolsa integral e em troca trabalhei no serviço de proteção à criança por dois anos. Assim começou minha carreira na assistência social, trabalhei nove anos para a agencia que é administrada pelo governo. Vi todos os tipos de abusos e vi boas famílias que foram ajudadas. Eu aprendi muito e me tornei uma pessoa com mais compaixão. Foi uma grande experiência, mas o stress me derrubou e eu tinha que achar uma válvula de escape.


PIT - Em que momento a assistente social virou designer de jóias?
MCF -
Eu sempre amei design e joalheria, apesar da minha inclinação artística, eu nunca me dediquei a isto. Então, seis anos atrás comecei a trabalhar meio expediente como assistente social e importava joias para complementar meus rendimentos. Meu sogro é atacadista de joias e me ajudou a iniciar. Depois disto comecei a desenhar as joias por conta própria e descobri o trabalho com crochet em fio metálico, daí a criatividade aflorou e não parei mais até hoje. Tenho elaborado joias em crochet de aramado há três anos e meio e estou no processo de deixar o trabalho social definitivamente e focar neste trabalho. Ser artista é uma paixão que, uma vez que te pega, não tem volta.

PIT - De onde vem sua inspiração para criar as joias?
MCF -
É difícil dizer, pode ser uma cor, uma pedra, outra joia que eu tenha visto ou somente a necessidade de fazer novas peças. Quando eu começo a abrir as caixas de pedras, as idéias surgem na minha cabeça. Definitivamente minhas cores, realces, estilo eclético incorpora vários aspectos de minha herança. A vivacidade brasileira e o estilo descontraído da Califórnia, a influência de culturas artesãs e o estilo clássico de joalheria são os diversos aspectos que unidos formam “Miriam Jewels”.

PIT - Qual o diferencial das suas coleções?
MCF -
Para ser honesta esta é uma ideia que ainda estou amadurecendo. Normalmente tem a ver com um determinado estilo (boêmio, clássico, hippie, etc ) e o tipo de crochê que uso para criar as peças.

PIT - Como as pessoas interessadas podem ver e adquirir suas joias?
MCF -
Eu tenho uma loja virtual http://www.miriamjewels.com/ onde exponho as joias e distribuo para todo o mundo e tem 4 lojas em San Diego que vendem também. As informações podem ser encontradas no site.

PIT - Você contribui para uma organização americana chamada Children In Need. Qual o trabalho realizado por esta instituição?
MCF -
Eu costumava contribuir financeiramente para o Children In Need, uma organização sem fins lucrativos que proporciona atividades enriquecedoras para estimular as crianças de San Diego. A contribuição era para fazer um baile, comprar uniformes para futebol, patrocinar uma viagem ao campo, etc. Agora eu contribuo com “Promises 2 Kids” uma organização também sem fins lucrativos que arrecada dinheiro para realizar vários programas para crianças carentes. Um dos objetivos da Miriam Jewels é continuar protegendo as crianças através da filantropia.

PIT - Miriam muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
MCF -
Lembre-se que o prazer está na viagem e não no destino. A vida me levou muitas vezes a direções totalmente inesperadas, então eu tento viver um dia de cada vez e aproveitar e apreciar o que tenho hoje.
Obrigada pela oportunidade de dividir minhas experiências com você e seus leitores e espero que todos confiram Miriam Jewels e curtam as joias!

Click here to English version http://comunipapo.com.br/miriam.html



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quinta-feira, 2 de julho de 2009



Shalom!
O Papo de hoje é com uma autoridade mundial em prevenção às drogas, uma das ativistas comunitárias mais importantes do Brasil e que ainda encontra tempo para ser escritora, pintar quadros, ser mãe e avó. Além de ter uma biografia digna de filme.
Mina Caracushansky nos mostre que a “Felicidade é uma decisão”!


PIT - Olá Mina, bem vinda ao Papo em Comunidade!
MC -
É com prazer que atendo ao seu convite e aproveito para parabenizá-la pelo seu site

PIT - Você tem uma história de vida surpreendente, que começa mesmo antes do seu nascimento. Conte um pouquinho sobre como você nasceu e da sua infância.
MC -
Durante a II Guerra Mundial, os meus pais ficaram três anos separados em campos de concentração diferentes, mas conseguiram sobreviver. Eu nasci como conseqüência do reencontro deles após o término do horror pelo que passaram. A minha infância foi de muita pobreza e sobressaltos, mas com o amor infinito e as orientações judaicas e de valores que os meus sofridos pais me deram.

PIT - Antes da adolescência você já havia passado por três países (Romênia, Israel e Venezuela). Como essas mudanças influenciaram a sua vida?
MC -
Mentiria se lhe dissesse que foi fácil. Cada vez eu devia aprender uma nova língua e me adaptar a uma nova realidade, mas o que os meus pais fizeram questão de me inculcar é que já que nós não tínhamos dinheiro nem apoio deveríamos contar com o nosso esforço e dedicação acima da média para desbravar as novas situações pelas quais a vida nos levava.

PIT - E com menos de 18 anos, você já estava vivendo no Brasil. Quais foram as suas primeiras impressões daqui?
MC -
Desde o início me adaptei muito bem ao Brasil e à sua gente alegre e acolhedora. Talvez porque os romenos sejam também latinos, exista essa característica comum dos brasileiros e dos romenos que é uma alegria pelo viver, uma certa expansividade ou exuberância no trato com as demais pessoas.

PIT - Como se deu a mudança da Mina professora de matemática para a Mina ativista nas áreas de vitimologia e segurança pública?
MC -
Como professora concursada da UFRJ eu curti dar aulas, escrever livros didáticos e bolar novas formas de ensinar assuntos que muitos consideram áridos. Mas além de tudo gostava muito do contato estreito com os alunos, tanto assim que o apelido que eles me deram foi de Professora VitaMina. Mas sentia que eu queria algo mais, uma atuação social mais profunda, lidar com assuntos de forma a sentir que poderia estar fazendo uma diferença na vida de outras pessoas. As oportunidades foram surgindo e eu fui aceitando. Em qualquer trabalho, são necessárias as pessoas experientes que têm visibilidade, que fazem contatos e que abrem caminhos, mas também são essenciais as pessoas que “carregam o piano” com inteligência, para que as empreitadas possam ter êxito. Eu sempre me considerei uma carregadora de piano. Só que de tanto carregar piano, fui conquistando o respeito de meus chefes. Quando há dedicação e seriedade no que se faz, os resultados acabam aparecendo de uma forma ou de outra.


PIT - Você se deixou levar pela vida e acabou se tornando uma autoridade mundial na área de prevenção às drogas. Fale um pouquinho desse problema, que é global e que cada vez mais parece crescer e se tornar incontrolável.
MC -
Realmente é um problema global, embora seja muito menor do que certos setores gostariam de fazê-lo parecer. Devemos ter presente que pelo Relatório Mundial sobre Drogas das Nações Unidas (UNDOC) recém publicado, menos de 5% da população mundial entre 15 e 64 anos, consumiu algum tipo de droga ilegal durante o último ano. Esse número inclui os consumidores esporádicos ou recreativos. No entanto, são os adictos às drogas os que são os maiores consumidores e esses pelo Relatório, representam entre 0,3 a 0,6% da população entre 15 e 64 anos. Essas cifras mostram que a absoluta maioria das pessoas, mais de 95% não consome drogas e isso é o que anima as pessoas de bem a atuar na prevenção para fazer com que os nossos filhos e netos possam usufruir de uma vida saudável e produtiva.


PIT - Como se não bastasse fazer tudo isso, você é uma das maiores ativistas comunitárias do Rio. O que você já fez na Comunidade Judaica?
MC -
Já colaborei ou colaboro com diversas entidades judaicas. E sou palestrante sobre temas judaicos ou sociais. Sou Presidente da Divisão Feminina do Fundo Comunitário. Fui vice-presidente da FIERJ na segunda gestão do Osias Wurman e atualmente sou Diretora de Inclusão Social na gestão da Lea Lozinski.

PIT - Já que você é uma pessoa que não pára, quais são os seus planos para o futuro?
MC -
À frente de BRAHA – Brasileiros Humanitários em Ação, pretendo continuar contribuindo para difundir conhecimentos científicos de qualidade e experiências que já provaram ter bons resultados tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo. O site http://www.braha.org/ , publicado em três idiomas é uma das ferramentas que uso para esse objetivo. Nos últimos seis anos, já coordenei mais de 60 seminários densos de curta duração para líderes em muitos países da America Latina onde as nossas realidades são analisadas e onde profissionais de destaque em suas áreas de atuação (prevenção ou tratamento) expõem suas experiências e divulgam conhecimentos de real valor. Como Vice-presidente da Drug Watch Internacional e como Diretora da World Federation Against Drugs continuarei mantendo e intensificando esse intercambio profissional.

PIT - Muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
MC -
Aos jovens digo que descubram uma atividade que os motive e que lhes dê prazer e que se dediquem a ela de corpo e alma. Os resultados positivos sempre virão como conseqüência desse empenho e dessa dedicação. Mas também curtam a vida, pois “Felicidade é uma Decisão”!



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*Colaboração Victor Grinbaum