segunda-feira, 6 de dezembro de 2010



Shalom!
Que tal um pouco de esporte?
No Papo de hoje o jornalista esportivo José Ilan!     





PIT- Olá Ilan, bem vindo ao Papo em Comunidade!
JI - Oi, Patrícia! É um prazer pra mim.

PIT - Nos conte um pouco sobre você...
JI - Comecei na Rádio Tupi em 1989, já como repórter esportivo. Depois de quatro anos, fui parar na TV Globo, onde fiquei por dois anos. Passei quatro anos na extinta TV Manchete, onde cobri uma Olimpíada (1996) e uma Copa do Mundo (1998); depois regressei à TV Globo, ainda como repórter. Em 2008 passei a desenvolver conteúdos de vídeo para o site Globoesporte.com, onde também me tornei colunista/blogueiro e fiz a cobertura da Copa da África do Sul.

PIT- E o seu interesse pelo jornalismo esportivo, quando começou?
JI - Começou ao perceber que meu fascínio desde criança pelas páginas esportivas nos jornais não era por acaso. É uma carreira que tem um lado bastante divertido e por vezes até um certo glamour, mas que na verdade envolve uma cota enorme de sacrifício; quase sem direito a feriados e fins de semana.

PIT - Há dois anos você deixou as reportagens televisivas para começar a desenvolver conteúdo de vídeo para o globoesporte.com. Como foi este processo de migração?
JI - Tem sido interessante e um desafio novo, já que tenho liberdade para criar e até objetivo de inventar novos formatos. A internet já é uma realidade, uma febre mundial, mas ainda está engatinhando perto do que está por vir.

PIT - Como foi participar da cobertura da Copa do Mundo? O que você achou desta Copa e o que você destacaria de marcante?
JI - A Copa de 2010 foi uma grande Copa do Mundo; a África do Sul deu exemplo de um país que supera limitações com organização e vontade dos seus cidadãos. Apesar de alguns poucos problemas na infra-estrutura e sistema de transportes, os estádios eram quase todos espetaculares, além do povo receptivo e alegre.

PIT - Qual sua expectativa para a Copa de 2014? Você acha que o Brasil pode ser hexa?
JI - O Brasil está atrasado, e sinceramente me preocupa. Acho os projetos dos estádios fracos, bem abaixo do que vi em outras Copas, inclusive na África. Sem falar nos problemas que conhecemos de segurança, hotelaria e ruas/estradas. O que há de bom é a população receptiva e a paixão do brasileiro pelo futebol. Tomara que tudo dê certo.

PIT - Em seu vídeoblog, iLan House, você faz entrevistas, comenta os principais lances de jogos de futebol e até faz críticas severas como no episódio do Neymar com o Atlético-GO. Você se sente à vontade para criticar ou acha essa a parte mais difícil da sua profissão?
JI - Me sinto à vontade. Acho que é um pouco espinhoso às vezes dar opiniões duras sobre temas polêmicos, mas faz parte do ofício do profissional independente. Às vezes sou muito criticado por isso, levo muita paulada de quem discorda, mas a maioria esmagadora gosta do estilo. O importante é ser honesto nas opiniões e não fazer média.

PIT - Você quase escreveu um livro sobre a trajetória do Fluminense entre a Copa do Brasil de 2007 e a Libertadores de 2008. É verdade que a obra foi arquivada devido à derrota do Tricolor para a LDU no Maracanã?
JI - Na verdade, o Fluminense venceu no Maracanã (3 x 1), mas ficou sem o título porque perdeu na disputa de pênaltis. Aí realmente arquivei a ideia. Tinha escrito só as primeiras páginas, na viagem ao Equador, para o primeiro jogo da decisão. Desisti porque achei que não faria sentido escrever uma odisséia sobre um vice-campeonato. Infelizmente, na cultura do torcedor, o segundo lugar é o primeiro dos últimos.

PIT - O que você gostaria de fazer, algum projeto que possa nos adiantar?
JI - No momento tenho pensado em incrementar o Blog um pouco mais, fazer mais entrevistas criativas com figuras do esporte e fora dele. E tenho alguns projetos ainda em desenvolvimento para a TV a cabo. Mas por enquanto, guardo eles pra mim...!

PIT - Ilan, muito obrigada pela sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
JI - Eu é que agradeço o espaço; precisando estamos sempre por aqui, numa iLan House perto de você!






terça-feira, 9 de novembro de 2010

Shalom!
Um cantor gospel que encontrou sua raiz judaica.
No Papo de hoje, Leonardo Gonçalves e a celebração desta descoberta!

PIT - Olá Leonardo, bem vindo ao Papo em Comunidade!
LG - Muito obrigado pelo convite… é um prazer conversar com você!


PIT - Como começou sua vida musical?
LG - Minha vida musical começou bem cedo… No ano em que eu nasci meu pai (Francisco Gonçalves) era barítono do quarteto Arautos do Rei, que é o grupo musical oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), e minha família por parte de mãe também é uma família de músicos; meu tio (maestro Williams Costa jr.) sempre me ajuda nas produções dos meus trabalhos especialmente na parte de gravação, arregimentação, regência de também arranjos de cordas e orquestra. Minha musicalização se deu na Alemanha, em 1985, no monastério Lüne e aos 7 anos de idade comecei a estudar Viola da Gamba com Rainhardt Tüting em Lüneburg, ainda na Alemanha. Mas foi somente aos 15 anos, já de volta ao Brasil, que considero ter descoberto o que mais me dá prazer musicalmente, que é cantar. E comecei cantando no Coral Jovem do IASP em Hortolândia (onde cursei meu ensino médio) e no grupo Tom de Vida.


PIT - Depois de dois CDs autorais, como foi fazer Avinu Malkenu, um projeto em que você interpreta canções que fazem parte do universo judaico?
LG - Foi e tem sido simplesmente incrível! O universo judaico é muito rico tanto na forma quanto de conteúdo… Não demorei muito para perceber que para eu conseguir fazer algo relevante eu tinha que imergir, mesmo, neste universo. Talvez por isto, também, que demorei tanto para realizar este projeto. Foram 2 anos só pesquisando repertório e mais 6 anos em estúdio gravando, tudo com muita calma, um passo de cada vez… É simplesmente incrível cantar canções tão significativas, tão profundas e que acompanham tantas pessoas em momentos tão solenes há tanto tempo. A maioria das músicas deste cd são litúrgicas e são orações maravilhosas, textos bíblicos… É algo que está completamente fora do nosso cotidiano… É maravilhoso poder cantar coisas que são tão superiores ao "eu" e que falam do "nós", do coletivo, da "nossa" experiência com D-s. Hoje em dia muitas pessoas se perdem em uma experiência religiosa em demasiada pessoal e até egocêntrica… Neste projeto eu tive a oportunidade de me inserir num contexto em que o coletivo de milênios de tradição é a raiz. E só isto está sendo um privilégio e tanto.


PIT - Como foi o processo de composição, gravação e escolha de repertório deste disco, já que ele tem 4 músicas inéditas, como foi compor em Hebraico?
LG - Como eu disse a gente –e quando digo "a gente" quero dizer Edson Nunes jr. (que foi quem produziu este cd comigo) e eu– demorou bastante para escolher o repertório. E algumas músicas entraram depois que a gente já tinha gravado muita coisa deste cd. São 8 músicas tradicionais e 4 inéditas. E a tentativa de colocar músicas inéditas foi uma das maneiras que a gente encontrou de criarmos um diálogo com o judaísmo. Este diálogo, na verdade, é o objetivo de tudo isto. Hoje em dia o que mais se tem são pessoas de diferentes opiniões discursando umas com as outras. Para fazer um discurso você não precisa conhecer com quem você está falando. Basta conhecer sua própria opinião. Pra discursar você não precisa nem escutar o que o outro diz. E infelizmente é o que mais tem acontecido. Nossa tentativa foi primeiro compreender um pouco mais do que é o judaísmo e o significado de cada canção dentro de seu contexto histórico, religioso, litúrgico e espiritual… e é impossível fazer isto sem se apaixonar pela riqueza contida em toda esta tradição! Foi somente a partir disso que a gente escolheu canções cuja relevância a gente de fato tinha condições de compreender e que falavam também da nossa realidade. E na medida em que fomos compreendendo o contexto de certas coisas, nasceu o desejo de contribuir, de fazer canções de alguns textos que são muito importantes para nós. Foi então que surgiram as canções "nachamu, nachamu", "mimmayne hayeshua", "Avinu shebashamayim" e "savlanutam shel hakedoshim".


PIT - Os arranjos do disco são primorosos. Qual foi o critério para a sonoridade das canções?
LG - Olha… Na verdade o que a gente mais queria, dentro ainda deste desejo de dialogar e de contribuir, era criar uma sonoridade em relação a tudo que tínhamos escutado, mas ainda assim diferente, nossa. A gente queria algo solene e sóbrio, mas que, ao mesmo tempo, fosse contemporâneo também; e que ainda tivesse pelo menos uma pitadinha de brasilidade. Uma das coisas fantásticas do judaísmo, conseqüência da Diáspora, é o fato da cultura judaica se "colorir" da cultura local em todos os lugares. E isto vai muito além de você ter judeus ashkenazy, mizrahy ou sefardi! É claro que, apenas para citar um exemplo, a música argentina vai influenciar a música judaica de lá e vice-versa! Na verdade, neste sentido, os Judeus do mundo todo sabem melhor do que qualquer outro povo como travar este diálogo cultural porque o fazem naturalmente com a cultura local de onde moram. Então, na hora de fazer um arranjo e/ou escolher uma instrumentação, passado aquele período intenso de pesquisa pelo que passamos, a gente simplesmente buscou fazer o que, aos nossos ouvidos, soava mais bonito. E o que mais tinha que ver com a letra da música. Simples assim! Beleza e retórica.


PIT - Em que momento você sentiu que deveria fazer este projeto?
LG - O meu amigo Edson Nunes jr. já estava tentando me convencer há algum tempo pra eu aceitar este desafio de gravar um cd em hebraico. Mas particularmente um momento decisivo para mim foi quando levei o meu avô pela primeira vez para a Beth B'nei Tsion, o Templo Judaico-Adventista (que é uma IASD que tem como objetivo incentivar os membros que possuem ascendência judaica a manterem suas raízes judaicas). Durante a liturgia ele foi ficando cada vez mais emocionado e a gente simplesmente não entendia o porquê. Depois ele explicou que o seu avô (meu tataravô) faleceu quando meu avô tinha apenas 8 anos de idade e ele havia quase nenhuma recordação de seu avô. Mas durante a liturgia e ouvindo as canções ele foi lembrando de sua primeira infância e das coisas que seu avô lhe havia ensinado, o que nos levou à conclusão que, obviamente, o seu avô havia sido Judeu. Quando eu descobri esta nossa herança judaica eu não resisti mais. Este cd representa a minha busca pelas minhas raízes judaicas e, sendo o músico que sou, é claro que esta busca tinha de ser musical.


PIT - Existe alguma diferença em cantar e interpretar em Hebraico? Você teve uma preparação especial? Teve que aprender a língua ou já sabia?
LG - Infelizmente cresci sem sequer saber que possuía uma ascendência judaica. E é claro que cantar em cada língua é muito diferente. Ainda estou muito longe de ser fluente em hebraico, estou ainda engatinhando, mas tivemos uma preocupação muito grande em tornar a minha interpretação não apenas inteligível (pronúncia), mas verdadeira. Eu gravei praticamente todas as músicas de cor! Esta foi uma das outras razões pelas quais eu demorei tanto para finalizar este projeto. Fui muito ajudado pelo Edson Nunes jr., que está terminando o mestrado dele em estudos judaicos na USP, e o "mentor" dele, o Dr. Reinaldo Siqueira, também deu uma boa supervisionada… O fato de eu já falar outros idiomas também ajudou bastante… Especialmente na pronúncia dos sons guturais meu alemão foi de grande valia.


PIT - Como você descobriu sua descendência judaica? Existe um outro Leonardo Gonçalves depois que descobriu sua descendência judaica? Como é seu contato com o judaísmo?
LG - A mentalidade e a cultura judaica mudaram minha maneira de enxergar o mundo. Pode soar como um exagero, mas melhor do que tentar explicar isto é dar um ou dois exemplos: na nossa cultura ocidental a definição de um "milagre" é a transposição das leis naturais da física. Dentro do judaísmo, milagre maior do que, por exemplo, D-s ter feito o sol parar para que Josué pudesse vencer uma batalha, é o fato dEle fazer o sol nascer a cada manhã. O judaísmo busca ampliar os conceitos. Um exemplo melhor ainda é o primeiro capítulo do livro "O Shabbat" de Abraham Joshua Heschel. D-s não está interessado no que você tem. Ele está preocupado em quem você é. E o que você é, é determinado por aquilo com que você passa o seu tempo. Por isso Ele escolheu não ser adorado num lugar específico, ao qual talvez poucos tenham acesso, mas Ele quis ser adorado no tempo e, por isso, escolheu 1 dia, o sétimo, para o santificar. Em se tratar de D-s, não tem como você pensar "grande demais"… Ampliar a compreensão das coisas é um dos aspectos dos quais eu mais gosto no judaísmo.


PIT - Você esteve em Israel. Como foi estar na Terra Santa e que sentimento despertou em você?
LG - É difícil falar de Israel… Já tive o privilégio de viajar muito e conhecer muitos lugares. Nenhum lugar é como Israel. Muito se fala no Brasil que a palavra "saudade" é uma palavra que só existe em Português… Acho que só entendi o que, de fato, é "saudade" em Israel. E não pense que estou me referindo apenas à saudade que eu tenho de Israel quando estou aqui, no Brasil. É aquela saudade "não-sei-do-quê" que você sente de Israel quando está lá. É muito difícil de descrever e de explicar isso, mas tenho certeza que muitos vão entender exatamente a que estou me referindo. Acho que só entendi o sentimento da canção "Yerushalayim shel zahav" lá… e todos que compreendem esta canção com o coração sabem do que estou falando.


PIT - O que você espera de Avinu Malkeinu?
LG - Primeiramente uma pequena explicação: a gente optou por escrever o "Malkenu" sem o "i" por compreender que a transliteração deveria ser, na medida do possível, baseada mais na escrita do que na pronúncia. É verdade que a maioria das pessoas pronuncia "Malkeino" com "i", mas na escrita desta palavra não há nada que justifique este "i". Por isto optamos por escrever "Avinu Malkenu". Bom, espero coisas pequenas e simples, mas ao mesmo tempo profundas: Que desperte a curiosidade nos cristãos que ouvirem estas canções a buscar conhecer mais a respeito do judaísmo. E que os judeus que escutarem estas canções possam receber de bom grado esta singela homenagem que lhes faço, com este cd.


PIT - Leonardo, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
LG - Eu não acredito que nossas diferenças devam afastar-nos uns dos outros. Mas eu também não acredito que a gente deva esquecer ou deixar de lado o que nos distingue. Pode soar algo em demasiado utópico e idealista, mas é só através da valorização de nossas diferenças que a gente pode encontrar o caminho para a verdadeira comunicação e diálogo. Você saber quem você é, e saber quem é o outro, e que este outro é diferente de você é algo que a gente precisa aprender a celebrar! E enquanto isto ainda for muito difícil em palavras ou nas ideias, talvez as artes, a música possa ser um veículo para a gente começar a aprender e internalizar este conceito. Há muito mais que nos une do que nos separa. E o que nos separa é tão belo quanto o que nos une.




 
Ouça aqui a canção título "Avinu Malkenu"






quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Shalom!
Apaixonada por cinema, fundadora da Migdal Filmes e produtora do longa “Nosso Lar”. No Papo de hoje, Iafa Britz!

PIT- Olá Iafa, bem vinda ao Papo em Comunidade!
IB - Obrigada!

PIT - Como começou seu interesse pelo mundo do cinema?
IB - Sempre fui cinéfila, mas só descobri que isso era uma profissão quando tinha uns 21 anos e, acidentalmente, entrei num curso de produção na Fundição Progresso. De lá, entendi que não podia fazer outra coisa na vida.

PIT - Atualmente você está na produção de Nosso Lar. Como foi produzir este filme?
IB - Foi talvez o maior desafio da minha vida. Mas foi também talvez a maior satisfação. Poder produzir um filme com muita qualidade, cheio de desafios técnicos, e com uma temática importante como esta, é juntar o maior dos sonhos.

PIT - Qual foi o grande desafio em Nosso Lar?
IB - Tudo foi um grande desafio. Foi a primeira vez que tivemos no cinema nacional um filme tão grande, com cerca de 400 planos com efeitos especiais. Com uma trilha sonora fantástica de Philip Glass, regido pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Desde a administração financeira até o conteúdo do filme, tudo foi um desafio. Como transpor para tela um livro tão incrível, uma história tão bela? Cada detalhe do filme foi muito discutido.

PIT - Você já produziu muitos filmes de sucesso. Qual a maior dificuldade de se produzir cinema no Brasil e o segredo para uma produção bem sucedida?
IB - Continua sendo o financiamento. Temos tudo no Brasil: técnicos, atores fantásticos, diretores talentosos, historias boas de serem contadas. Mas acho que este desafio não se limita ao Brasil. É uma indústria cara, e o mesmo acontece em muitos paises do mundo.
O segredo de uma produção bem sucedida? Não sei! Esta é a ideia, acho. Não saber...o que faz com que você se questione sobre tudo o tempo todo, sobre o filme que você vai fazer, sobre o filme que está desenvolvendo. Encontrar boas historias e desenvolvê-las  até o limite pra ter certeza se esta historia deve ou não virar filme.
Mas definitivamente há algo que o publico quer e sabe distinguir: qualidade.

PIT - Você já passou por alguma situação embaraçosa ou engraçada que possa nos contar?
IB - Muitas. Acho que diariamente!!!!!

PIT - O que tira uma produtora do sério?
IB - Ego. É insuportável lidar com egos alterados (ou inflados). Seja de atores, diretores, e até mesmo o nosso próprio ego surtado......

PIT - Para uma produtora executiva o impossível não existe?
IB - Sim, existe. Trabalhamos com limitações o tempo inteiro. Mas tentamos usar a criatividade para burlar as limitações.

PIT - O que você espera depois de Nosso Lar? Você acha que esta produção será um divisor de águas no cinema nacional?
IB - Espero que o público prestigie um filme importante para o Brasil. Um filme que independe de credo.
Acho que o resultado dirá se o filme foi um divisor de águas ou não. Mas do ponto de vista técnico, no Brasil, acho que sim.

PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
IB - Nossa, tantas coisas! Filmes, muitos filmes. Sejam eles de mensagens importantes, sejam boas comédias, contar histórias é muito bom. 
E televisão, quero muito fazer boas séries.

PIT -
Para você, qual a grande mensagem de Nosso Lar?
IB - O Nosso Lar é uma historia universal. Uma história de superação de um homem. Um homem que tem como inimigo o seu próprio ego, sua vaidade, e que tem que se superar e crescer. Um filme sobre amor incondicional e perdão.
Um filme que traz um sentimento de muita esperança. O que talvez explique a catarse que muitos sentem ao assistí-lo. E enfim, um filme sobre vida após a vida. 
Um filme que lava a alma. E alma não tem religião. É de todas as religiões.

PIT - Iafa, muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
IB - Obrigada! Amigos, assistam ao Nosso Lar. É um filme que nos faz pensar na vida, nas escolhas do dia a dia, no amor. É uma experiência imperdível, eu garanto. Confiram mais sobre o filme em http://www.nossolarofilme.com.br/






http://www.4xpress.com.br/

domingo, 29 de agosto de 2010

Shalom!
Ele é um artista nato e fez do desenho a sua arte de viver!
Com vocês Daniel Azulay e..
Algodão doce pra você!

PIT- Olá Daniel, bem vindo ao Papo em Comunidade!
DA - UAHHHNNNNN...!!O prazer é todo meu, apesar de ser duas e meia da madrugada....!   

PIT - Como você descobriu o seu talento para o desenho?
DA - Minha paixão pelo desenho vem desde que nasci,  antes mesmo de aprender a escrever...  Meu primeiro lápis foi uma chupeta lambuzada que eu tirava da boca para passar no chão, na parede, minha mãe ficava doida comigo...
Aos cinco anos entrei na biblioteca do meu pai com uma tesourinha e passei a ponta rasgando as lombadas de grandes clássicos da literatura, Eça, Machado, Camilo Castelo Branco, Rocha Pombo, Bilac, Ruy Barbosa e meu pai teve um ataque! Outra vez fiz isso com o dedo indicador, rodando em volta de um imenso bolo de aniversário que minha avó tinha preparado: lambia o dedo e continuava rodando... No dia em que descobri o lápis ganhei o mundo!

PIT - Você teve durante muito tempo um programa de TV, criou a turma do Lambe Lambe, gravou disco... Era uma referencia para as crianças nos anos 70 (eu que o diga!). Por que este projeto não continuou?
DA - Bem continuou sim, veja os programas da TV-E e da Bandeirantes estiveram no ar de 1976 a 1986. Depois me dediquei por dez anos a consolidar minha Rede de Oficinas de Desenho Daniel Azulay no RJ, SP MG, Brasília e Paraná. Em 1996 voltei à Band-Rio de 1996 a 2000 com “o programa de TV que brinca com você” com o mesmo nome de minhas Oficinas. Em 2003 e 2004 apresentei no Canal Futura o “Azuela do Azulay” que ganhou o Prix Jeunesse de melhor programa infantil latino-americano. Em 2006 e 2007 lancei a Turma do Lambe-Lambe na TV Rá-Tim-Bum em vinhetas de animação.

PIT - Falando em turma do Lambe Lambe... Como surgiu a ideia dos personagens e o bordão “algodão doce pra você”?
DA - A Turma do Lambe-Lambe tem inspiração circense, uma das minhas paixões desde criança. Fiz amigos e programas de TV com mágicos, domadores  e circenses renomados como Antolim Garcia, Tihanny, Orfei, Stepanovitch e muitos outros. O Algodão-Doce surgiu de uma lembrança do Jardim de Infância no British School da Real Grandeza , em que minha mãe se distraiu e se perdeu de mim! Foi me encontrar com o nariz colado atrás de uma carrocinha, fascinado com o açúcar se desfazendo em  nuvens mágicas de cor-de-rosa!

PIT - Você tem um projeto social o “crescer com arte” o que você pode nos contar a respeito?
DA - Aconteceu depois  de inúmeras campanhas que participei como o trabalho social nas Campanhas do Unicef, Ação Contra Fome do Betinho/Ibase,  Casa Ronald e McDia Feliz, Movimento Sorrio, Fundação S.Martinho, Pediatria do Hospital MiguelCouto, Hemocentro do Hospital Pedro Ernesto, Inca, e Prevenção de Acidentes  na Infância para a Sociedade Brasileira de Pediatria, entre outros. O projeto de educação artística gratuita nasceu em 2000 quando recebi o Prêmio Ambev do Instituto Kannitz como Voluntário do Ano, indicado pelo meu trabalho social junto às Aldeias Infantis SOS. Coordenado pela Beth Azulay e Tânia SantÁnna, o “Crescer com Arte - Grow With Art”  foi apresentado  em Washington D.C. pela ICAF – International Child Art Foundation em 2007 e pode ser conhecido com mais detalhes acessando: Ação 1: http://www.youtube.com/watch?v=IJrnMpPP1pk (assista abaixo)
Ação 2: http://www.youtube.com/watch?v=f-wXu7yzrTc
PIT - Você desenvolveu o método Daniel Azulay, em que consiste este método?
DA - “ Criança que não desenha passa a infância em branco...”
O método oferece uma grande oportunidade para crianças, jovens e menores em situação de risco social.  Ao valorizarmos o processo criativo de uma criança, estamos demonstrando que a aceitamos como pessoa com suas limitações e possibilidades, independente  do produto de sua criação. Fazer arte, pintar e desenhar estimulam a auto-confiança, a imaginação e o equilíbrio emocional.

PIT - Saindo do lado infanto juvenil... Você tem obras de arte contemporânea. Quando poderemos ver uma exposição?
DA - Desde 2006 venho realizando uma exposição de pinturas itinerante “ A Porta”, lançada  no Rio e depois na Finlândia, Suécia, Portugal e final do ano passado com duas coletivas em Paris e NY. Pode ser vista parcialmente em

PIT - Você também ministra palestras. Para que tipo de público são as palestras?
DA - São palestras sobre criatividade e inovação. Podem ser classificadas como motivacionais para empresas engajadas no meu conceito de “fazer mais com menos” otimizando resultados de forma produtiva, combatendo o desperdício de recursos,  do excesso de reuniões no tempo de trabalho e da falta de motivação de seus funcionários.  Faço palestras para Embratel,  Petrobrás, Johnson & Johnson, Grupo Suzano S.A. ,Universidades, e Congressos no Brasil e no exterior.

PIT - Depois de tantos projetos o que ainda falta o Daniel Azulay fazer?
DA - Dormir, estou morrendo de sono. Para jogar tênis amanhã que eu adoro. Não fosse esta madrugada a entrevista não ficava pronta. Que tal na próxima, um gravadorzinho básico, eu  falo mais rápido do que consigo catar milho neste teclado...

PIT - Daniel, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
DA - Uaaaahhhnnnn,...fiu! Algodão doce pra vocês! ZZZZZZ--ZZZZZZ-ZZ-zzzzzzzzzz








http://www.4xpress.com.br/

sexta-feira, 25 de junho de 2010


Shalom!!
O Papo de hoje mistura engenharia com música!
Impossível? O engenheiro oboísta Leonardo Fuks revela o mistério!!



PIT - Olá Leonardo, bem vindo ao Papo em Comunidade!
LF - Obrigado, Patrícia e leitores, adorei conhecer este blog, inclusive já encontrei diversos amigos aqui "dentro", e pude revê-los e conhecê-los melhor através das entrevistas. Já peço desculpas antecipadas se minhas respostas forem um pouco longas...


PIT - Quando começou seu interesse pela música?
LF - Desde criança tive contato com a música em casa (pois meus pais sempre gostaram muito de escutar, de todos os gêneros) e na escola Eliezer Steinberg. Tinha amigos de infância de famílias de músicos, sobretudo os Jaffé, os Katz e os Morelembaum. Isto certamente influenciou bastante. Aos seis anos, comecei a frequentar a escola de música da professora Sula Jaffé (tia de meus amigos Marcelo e Cláudio, que são hoje grandes instrumentistas da viola e violoncelo). Tocava desde então flauta doce, principalmente de ouvido. Aos 15 anos, entrei para a Escola de Música Villa-Lobos e tinha aulas mais sistemáticas de flauta doce, lá tendo o contato com este outro instrumento maravilhoso, o oboé. Meu primeiro professor de oboé, Wilson Dantas, era apaixonado pelo instrumento e permitia a todos que se interessassem a provar o instrumento, além de demonstrar diversos temas do repertório. Eu achei o som lindo e misterioso...


PIT - Falando nisto, por que o oboé?
LF - O oboé, geralmente confundido com o fagote (embora o fagote tenha quatro vezes o comprimento do oboé), é um instrumento fascinante, encontrado etnicamente na China, Vietnam, Turquia, Egito, Mesopotâmia, Índia e outras culturas, com achados arqueológicos de mais de 4000 anos. Era um dos instrumentos prediletos de Bach e Haendel e é empregado até em gravações populares de Beatles, Madonna, Rolling Stones, Carpenters, REM, Roberto Carlos e muitos outros. O oboé tem a fama de ser um dos instrumentos mais difíceis de tocar. Me parecia um grande desafio, e logo da primeira vez que tentei tocar algo o professor elogiou muito, dizendo que poucos conseguiam emitir som com tanta facilidade. Certamente era um exagero, mas eu acreditei e fiquei muito motivado. Consegui um instrumento emprestado na escola, que foi um fator muito importante no prosseguimento dos estudos. Em menos de dois anos, conseguimos comprar um oboé excelente e novinho que foi trazido de Paris. Meu pai fez um sacrifício, mas valeu a pena. Eu estava me preparando para o vestibular de engenharia e quase desisti de tal maneira que estava envolvido com a música. Choviam convites para saraus e para tocar em grupos e mesmo fazer pequenos trabalhos de gravação para teatro.


PIT - Engenharia e música... Como você conseguiu unir os dois?
LF - Por um incrível acaso, vi um dia o poeta Carlos Drummond de Andrade andando no Centro do Rio, estando a caminho da aula de música. Fui atrás dele num impulso e puxei conversa, até porque tinha um livro dele em minha mochila. Ele foi muito simpático e me perguntou o que eu fazia, e eu disse que estudava oboé (ele conhecia o instrumento!) e que me preparava para o vestibular de engenharia. Ele me contou que havia estudado farmácia, já sendo um leitor assíduo e poeta iniciante, e disse que não se arrependia. Este encontro marcante e inesperado me influenciou muito, tanto para fazer o vestibular de engenharia quanto para prosseguir na música. Curiosamente, os meus interesses em engenharia mecânica se mesclaram aos musicais. Eu buscava entender melhor sobre o funcionamento dos instrumentos e já considerava a possibilidade de desenvolver novos sistemas. Os instrumentos são fisicamente complexos e envolvem fenômenos até hoje pouco explicados. Antes de me formar em engenharia na UFRJ, passei no concurso para oboísta da orquestra Sinfônica do Paraná, que então estava sendo fundada. Decidi trancar matrícula e fiquei dois anos em Curitiba, foi uma grande experiência. Após retornar ao Rio, concluí meus estudos e fui trabalhar no exterior - Escócia, Colômbia e Equador- como engenheiro de petróleo. Vi que não gostava do trabalho, mas que tinha interesse genuíno na engenharia musical. Entrei para o mestrado em engenharia de produção e fui estudar a palheta da clarineta! Na mesma época fui contratado para tocar no Teatro Municipal e fiquei mais de um ano tocando óperas, balés e concertos.

PIT - Como surgiu a ideia dos experimentos musicais?
LF - Durante o mestrado na COPPE-UFRJ, tive de fazer muitos experimentos para estudar o funcionamento da clarineta e entender como os músicos avaliavam a palheta, uma pequena lâmina de bambu, que é relativamente cara, tem curta vida útil e faz toda a diferença na qualidade do som do instrumento. Aprendi a fazer palhetas de clarineta à mão (oboístas sempre fazem suas próprias palhetas) e construí clarinetas simplificadas em PVC. Aprendi que o engenheiro e o pesquisador precisam aprender trabalhos manuais e utilizar agudamente seus sentidos, para poderem avançar. Tornei-me professor de acústica na Escola da Música da UFRJ em 1991 e sou considerado uma espécie de "professor Pardal" pelos alunos e colegas, pois estou sempre testando e desenhando instrumentos novos, outros raros que consigo ou me presenteiam, buscando sempre lidar com o assunto de maneira lúdica, bem humorada e artisticamente significativa. Toquei diversas vezes na Bienal Brasileira de Música Contemporânea como instrumentista, e duas vezes como compositor. Participei do grupo da compositora Jocy de Oliveira, tendo também produzido instrumentos para ela e outros artistas, desde trompetes tibetanos em resina a oboés de gelo, passando por flautas indígenas em tubos plásticos.Fui fazer o doutorado na Suécia e lá pesquisei mais a fundo os instrumentos de sopro e voz humana. A investigação sobre a voz dos monges tibetanos, feita com meu orientador Johan Sundberg, ofereceu a primeira explicação científica de como são obtidas vozes tão graves. Eu mesmo aprendi a técnica e sempre pratico estes e outros efeitos vocais mais estranhos (para os outros), geralmente a partir de músicas do mundo.


PIT - Qual a finalidade dos experimentos, descobrir novos sons?
LF - Meus interesses são bem amplos, busco desenvolver instrumentos novos, outros tradicionais de baixo custo com novos materiais, criar sons e maneiras de explorar os instrumentos, propondo outras formas de agrupar os músicos e de apresentar os trabalhos. Criei um grupo de telefones celulares em 2003 e uma "orquestra" de vuvuzelas, estas cornetas da Copa da África, concebi um oboé plástico de "R$ 1,99" e tenho apresentado um recital-teatral em que utilizamos instrumentos feitos a partir de objetos descartados - canudos, lâmpadas fluorescentes, garrafas e até barbeadores. Tenho uma oficina em que faço artesanalmente boquilhas para clarineta e saxofone (o “bico" plástico que fica entre o instrumento e a boca do músico), e já produzi mais de 3000 destas boquilhas. Outro grande interesse é o de combinar música com esporte. A palavra PLAY , como sabemos, significa TOCAR e JOGAR, e não é à toa. A obra GYMNARTS - para músico, atleta e público preparado - foi recebida com grande entusiasmo na Bienal de 2005, embora alguns ouvintes mais conservadores tenham se retirado, revoltados... Em música, a experimentação é algo fundamental, não podemos apenas reproduzir de maneira automática aquilo que aprendemos. A improvisação, a composição, a expressão artística, a escolha de repertório e a forma de tocar o instrumento exigem o ato ousado de experimentar, avaliar e reformular propostas e os conceitos pré-existentes.

PIT - E a Cyclophonica, como surgiu?
LF - Andar de bicicleta sempre foi para mim algo extremamente prazeroso e libertário, assim como tocar música. Costumo até hoje andar de bicicleta para me movimentar pela cidade, já me roubaram umas cinco (no Rio de Janeiro, Stanford, Curitiba e Estocolmo...). Quando vivia na Suécia, andava diariamente e ainda viajava uns 20 km toda semana para um ensaio numa cidade vizinha, Nacka, onde tocava na orquestra. Num destes trajetos, pensei como seria tocar instrumentos e pedalar a bicicleta ao mesmo tempo. Fiz alguns experimentos e vi que funcionava. Depois de voltar ao Brasil, juntei uma variedade de instrumentos e amigos músicos que costumavam andar de bicicleta e inauguramos a Cyclophonica em 1999 durante um congresso de engenharia de produção, na Praça Paris, com cachê inclusive!A cyclophonica é uma oportunidade para que eu coloque em uso diversos instrumentos inventados e outros adaptados para serem tocados com apenas uma mão, às vezes apenas um dedo.


PIT - Onde costumam ser as apresentações da Cyclophonica?
LF - A Cyclophonica é uma proposta para ser realizada em todos os espaços disponíveis, pois ela integra as áreas do esporte, transporte, música, urbanismo e lazer. Tocamos em quadras de esporte, teatros, velódromos, estádios, praças, ruas, estradas, fazendas. O mais importante é que os ouvintes possam ter a experiência de presenciar e escutar a música em movimento, e podendo também pedalar harmoniosamente com a gente. Se isto acontece eficazmente, é sinal de que as áreas que integramos estão em boas condições

PIT - O que você acha da música instrumental no Brasil?
LF - No mundo inteiro, o público mais amplo, que não seja “iniciado em música”, tende a preferir a música vocal. Existe também um lobby das gravadoras e das rádios e TVs para transmitir a música cantada, fazendo um feedback que realimenta o que já é preferencial no mercado. Entretanto, observamos um certo crescimento na música instrumental, seja ela orquestral-erudita, jazzística, do choro e outros gêneros, possivelmente impulsionado por inúmeros projetos bem-sucedidos de educação e disponibilização de instrumentos musicais. Também tem sido relevante a atividade musical em igrejas (sobretudo evangélicas) e grupos religiosos em geral. A abertura de muitos editais de apoio à cultura tem possibilitado que uma grande quantidade de projetos de execução e ensino de música instrumental estejam sendo realizados. E isto não pode parar, pois o retorno de público tem sido excelente e o lobby mencionado acima deve ser contrabalançado e mesmo combatido.


PIT - Entre seus projetos você tem o Cabaré Canja Only Yuch, uma sátira à famosa canja judaica. Como surgiu essa ideia? Conte nos um pouco a respeito...
LF - Há alguns meses, em uma festa, conversei com o Rabino Nilton Bonder, que buscava atividades culturais judaicas para o Centro Cultural Midrash, que estava para ser inaugurado. Naquele momento bolei um trocadilho e disse: -"Que tal fazermos uma 'canja musical', chamada de Only Yuch ? " . Como sabemos, o Yuch é a canja de galinha tradicional judaica, tanto de sefaraditas quanto de asquenazitas. O rabino riu um bocado e prometeu que o encenaríamos em breve, embora eu e ele não tivéssemos a mínima ideia do que poderia vir a ser. Em poucos dias lhe apresentei a proposta e pré-roteiro, que escrevi com o comediante e dublador Sérgio Stern e com o músico Eduardo Camenietzki. Juntemos fatos históricos do Rio de Janeiro dos anos 30 e 40, incluindo o polêmico assunto das Polacas (escravas brancas judias que eram levadas para a América e prostituidas), dados de nossas famílias, influências de nossas leituras de Isaac Singer e Sholem Aleichem, e montamos este espetáculo, que abre espaço para a participação do público e inclui idealmente a feitura do caldo de galinha judaica no próprio palco.


PIT- O que você gostaria ainda de realizar? Algum projeto em andamento?
LF - A Cyclophonica ganhou recentemente um patrocínio de uma grande empresa, através das leis de incentivo à cultura. Faremos 32 passeios pelo Rio de Janeiro, atravessando mais de 50 bairros das zonas Centro, Sul, Norte e Oeste e tocando para a população. Pretendemos desenvolver mais instrumentos, que possam ser aplicados em ensino musical e estimular a formação de outros grupos dentro da mesma proposta e com propostas diferenciadas. No próximo ano, deveremos fazer uma turnê internacional e atravessar outras cidades brasileiras.


PIT - Leonardo, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
LF - O som é um fenômeno físico e está em todo lugar, mas a música deve estar desenvolvida dentro de nós, para podermos apreciar profundamente os sons do mundo. Todos devemos investir pesadamente na educação de nossas crianças e jovens e incluir a música como atividade indispensável. O mundo está repleto de músicos frustrados, pessoas que geralmente possuem grande sensibilidade musical, mas que não tiveram a oportunidade de aprendê-la.
E quando tiverem algum problema de saúde ou do espírito, tomem um Yuch e consultem um especialista...











segunda-feira, 10 de maio de 2010

Shalom!
Combinar negócios, escolher uma boa história e apostar no sucesso.
Eis o trabalho do editor Eduardo Salomão!



PIT - Olá Eduardo, bem vindo ao Papo em Comunidade!
ES - Olá Patricia!

PIT - Para começar conte um pouco sobre você...
ES - Eu tenho alguns anos na janela do mercado editorial. Independente de minha formação universitária, minha qualificação profissional como editor aconteceu “em prática”. Desde muito cedo comecei minha trajetória na IMAGO EDITORA. Essa experiência me permitiu observar muitas transformações nesse mercado, e me coloca em uma posição para testemunhar o que poderá ser a mais importante de todas as mudanças: a do conceito de livro.

PIT - Como você vê o mercado editorial no Brasil?
ES - É um mercado pequeno, com enorme potencial para crescimento. No entanto é também extremamente concentrado, onde as cadeias e/ou redes de livrarias conseguiram um enorme poder de barganha junto aos editores. O número de editoras no Brasil é MUITO maior do que o de livrarias, transformando as prateleiras para livros em um espaço muito valorizado.

PIT - O que falta para as pessoas terem maior acesso aos livros?
ES - Muito se fala sobre uma questão cultural do brasileiro em relação ao livro. De que o brasileiro não tem o hábito da leitura. Não acredito nisso. O brasileiro não lê mais livros — que com freqüência é interpretado como “falta de hábito de leitura” — é por falta de oportunidade. Para muitos leitores (eu prefiro “leitor” a “consumidor”) o livro tem um preço de capa incompatível com a sua renda, e por isso não compra (todos) os livros que gostaria de ler. Veja bem que isso não significa que o livro brasileiro é caro. Também é verdade que não é fácil para um brasileiro comum encontrar uma livraria,  uma com uma boa quantidade e seleção de obras em exposição. Veja por exemplo, o que acontece tanto na Bienal do Livro do Rio quanto na de São Paulo: um afluxo monumental de pessoas aos pavilhões de exposição, onde elas têm oportunidade de comprar livros. E compram! Neste sentido, o que falta para o brasileiro ter mais acesso aos livros são mais livrarias, livrarias melhores, e uma condição de renda mais favorável.

PIT - Com o lançamento de E-books, Kindle e afins, o que você acha do futuro dos livros?
ES - Acho que estamos diante de um novo paradigma. Algo paralelo ao que os "tocadores de música" conhecidos como MP3 e IPOD's fizeram dentro da música. Mas com uma diferença fundamental: o livro de papel não vai acabar. Eu não acredito que algum tipo de dispositivo eletrônico possa substituir o livro convencional. Mas esta possibilidade amplia (e muito) a fronteira de circulação das ideias de um autor. Este é o desafio: ampliar a fronteira de circulação de livros. Quer de papel ou nesta nova forma de mídia. Aquele que acreditar que a questão se esgota na eleição de uma marca, modelo ou padrão tem uma visão distorcida da questão. O problema real do livro é onde ele pode ser encontrado.


PIT - Nestes anos a frente da Imago Editora, qual a publicação te deu maior orgulho?
ES - Todo livro publicado pela IMAGO é motivo de orgulho. Curiosamente meus maiores “orgulhos” não são os livros mais vendidos, que frequentaram as relações dos mais vendidos, mas sim aqueles publicados por conta de um compromisso social. Pode parecer meio romântico, mas existem livros que a IMAGO publicou sabendo que o volume de vendas não seria expressivo, mas que sua circulação dentro de determinado segmento da sociedade é importante. Foi dessa forma que decidi publicar o livro do Mestre Kobi, “Krav Magá A Filosofia Da Defesa Israelense” http://bit.ly/b7CZ1l. Era preciso registrar o Krav Magá para a sociedade brasileira de forma clara e esclarecedora. O curioso é que eu estava errado em relação ao potencial comercial do livro, que já vai para a quarta edição!


PIT - O que você gostaria de lançar ou ter lançado?
ES - Tanta coisa. Eu costumo dizer que “existem tantos livros, e tão pouco orçamento para publicá-los...”

PIT - O que podemos esperar de novidade da Imago ainda para este ano?
ES - A IMAGO tem um programa editorial mais modesto para este ano. Entendemos que em ano de copa do mundo e de eleições para presidente não é época de assumir grandes riscos. Por isso focamos nossa produção na área de psicanálise, onde temos uma situação de liderança de nicho de mercado.


PIT - Eduardo, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
ES - Obrigada a você. Para saberem mais sobre a IMAGO acessem o site www.imagoeditora.com.br e boa leitura!












sexta-feira, 30 de abril de 2010

Shalom!
Ele é um jovem empreendedor que realiza seus trabalhos com muita diversão!
No Papo de hoje, o multimídia Bruno Levinson!

PIT - Olá Bruno, bem vindo ao Papo em Comunidade!
BL - Obrigada a voce Patricia, pelo convite.

PIT - Como você começou na área cultural?
BL - Acho que comecei bem cedo. Na escola eu sempre fui aquele que era sempre representante de turma, agitava as festas, passeios, jornalzinho, que brigava com a diretoria da escola. Com uns 11, 12 anos já escrevia poesias. Me lembro de ficar na sala no horário do recreio escrevendo poemas... E a poesia nunca me largou e nem eu a ela. A Poesia me levou para a produção cultural de forma mais profissional. Com 18 anos lancei meu primeiro livro e daí comecei a compor músicas com amigos. Na faculdade (jornalismo na PUC) a mesma coisa: Estava sempre no pilotis, no CA, agitando shows, festas, palestras... Nesta mesma época fiz parte do grupo “Pô,Ética” que era um coletivo de poetas, músicos, artistas plásticos. A gente se apresentava em tudo quanto era canto: Teatro, escolas, hospícios, presídios, vagões do metrô, rua... O grupo chegou a fazer certo sucesso aqui no Rio. Com o grupo comecei a produzir os shows, divulgar, etc... A última apresentação do grupo foi no primeiro CEP 20.000. Então me envolvi com a produção do CEP. Nesta mesma época eu era o letrista e produtor de uma banda de rock chamada COMA. Por conta da banda fui me aperfeiçoando na produção e na assessoria de imprensa. Fiz diversos trabalhos como assessor de imprensa... Enfim, foi por aí que comecei o caminho que me trouxe até aqui.


PIT - Voce é o responsável pela criação de um dos festivais mais importantes do Brasil: o Humaitá Pra Peixe. Como surgiu esta ideia, o nome...
BL - Eu fazia o CEP 20.000 que era um evento para poesia. Aí começaram a pintar várias bandas querendo participar. No início dos anos 90 tinha uma cena bem forte de bandas!! Se fossemos deixar as bandas entrarem ia acabar com o evento para poesia. Então, eu, que já era muito ligado em música, novos artistas, resolvi sair do CEP para criar um novo projeto para essas bandas. Então fui e fiz o Humaitá Pra Peixe. O nome nasceu numa mesa de bar do Baixo Gávea e foi criado pelo grande Chacal!!


PIT - Nestes 15 anos de Humaitá Pra Peixe a que você atribui o sucesso? O que você destacaria como sendo uma marca registrada do festival? Algo que seja diferente dos outros festivais...
BL - Acho que o sucesso veio com a persistência de nunca termos perdido o conceito do Festival. É um festival para novos talentos, artistas independentes, nos mais variados estilos da nossa música. Nunca abri mão deste conceito!! Valorizo muito o fato de não sermos só shows mas também palestras, workshops, zine, site, etc... Também tenho muito orgulho de não termos só lançado artistas, mas também técnicos de som e luz, novos produtores, novos jornalistas, etc... Legal ver que o HPP faz parte do currículo de tantos profissionais que hoje são respeitados no mercado. Também acho que o festival teve o mérito de apostar em vários artistas na hora certa. Tenho muito orgulho da curadoria que fizemos nesses 16 anos.


PIT – Falando dos artistas que passaram pelo HPP, qual você destacaria como exemplo de carreira?
BL - Meio delicado eu ficar apontando artistas. Sei lá, acho meio deselegante... Mas tenho orgulho de saber que o HPP foi o primeiro palco para shows solos do seu Jorge e Martnália. A Martinália me chama de padrinho!!! Isso pra mim é um prêmio!!!! Tem vários outros artistas identificados com o HPP como: Marcelo D2, Pedro Luis, Moska, Diogo Nogueira, Céu, Roberta Sá e tantos outros. Sempre valorizo os artistas que sabem aproveitar a oportunidade de estar no HPP. O Festival aglutina público, mídia, gravadoras, etc.... O artista tem que preparar um show bacana, saber caprichar na sua divulgação, sua produção....


PIT - Hoje você comanda a MPB FM. Como você chegou até a rádio e como é o seu trabalho?
BL - Realmente foi algo que não imaginava. Faz um tempo fui me tornando amigo da Ariane, dona da Rádio. Ela volta e meia, me chamava para conversar, trocar ideias, dar uma ajuda informal para ela. Fomos gostando dos nossos papos. Ela estava descontente de como a Rádio estava e aí meio que juntou: eu me ofereci e ela me convidou, foi engraçado este processo. Mas assim, cheio de graça, vim parar aqui e estou adorando!!!
Sou Diretor de Conteúdo e Novos Negócios na Rádio. Meu trabalho é cuidar da parte artística e do marketing. Junto vou buscando novas oportunidades e novas formas de fazer negócio. Tenho a minha pegada de produtor, de já ter captado diversos patrocínios para os meus projetos e faço isto agora também pela Rádio. Mudamos toda a plástica da Rádio, criamos um novo conceito e campanha (MPB É Tudo), mudamos a programação e fomos com mais força para botar a Rádio na rua com eventos, promoções, parcerias... Também estamos focando muito na web. Hoje já somos a Rádio com maior número de seguidores no Twitter, por exemplo. No momento estamos reformulando todo o nosso portal.
Estou imprimindo aqui uma nova postura. Não nos vemos somente como uma rádio. Somos um grupo, uma produtora de conteúdo musical brasileiro. Assim podemos fazer diversas ações que não são só na Rádio. O MPB Solo, por exemplo, nosso primeiro programa áudio visual é só para a web. Já já vamos lançar 5 novos CDs, coleção de camisetas alusivas a MPB, etc....Uma das minhas funções que mais gosto é trabalhar em equipe. Tudo que faço é por que tenho uma equipe muito comprometida e que vibra muito com nosso trabalho. Adoro manter minha equipe motivada, envolvida, feliz, parceira! Tive uma sorte muito grande de encontrar aqui uma equipe maravilhosa que era muito tolida aqui. Não consigo conceber trabalharmos com criação, música, ideias, sendo tolida!!

PIT – Já que você falou em web, você acredita que a internet aproximou mais o ouvinte da rádio? E as redes sociais, no que você acha que elas podem contribuir?
BL - Com certeza!!! O hábito de se ouvir música e de se relacionar com as pessoas, umas com as outras, mudou muito. Quem não perceber estas mudanças de hábitos vai cair do trem. E este trem é de altíssima velocidade!!! Através das redes sociais temos um contato direto com quem escolheu fazer parte da “nossa vida”. Cada vez mais a relação é direta sem intermediários. Outro fator que acho muito importante é que se estamos entrando nessas redes sociais, se estamos querendo falar diretamente com nossos ouvintes e internautas temos também que estar preparados para ouví-los. O caminho é de ida e volta. Temos que ter disponibilidade para responder as perguntas e para estarmos no “diálogo” com todos que nos procuram nesses nossos novos canais. Não dá mais para ninguém achar que o conteúdo será “despachado” de uma forma passiva. Hoje todos somos ativos. Isto é uma diferença grande!! Também acho legal que através das redes sociais e novas ferramentas digitais podem incrementar o lado lúdico. Temos que brincar!!! É muito bom fazermos conteúdos colaborativos, darmos a possibilidade dos ouvintes e internautas se sentirem mais presentes na nossa produção. Em tudo que fazemos buscamos surpreender e sermos lúdicos!! Queremos chamar todo mundo para brincar no nosso playground!!! Cada vez mais não nos vemos somente como uma rádio mas sim como uma produtora de conteúdo musical brasileiro.

PIT - Como você vê a rádio hoje? Quem são os ouvintes da atualidade?
BL - Acho que a Rádio está no seu melhor momento. Digo isto amparado em números de audiência e receita comercial. Em ambos estamos batendo recordes na história da Rádio!! Fora os números, sinto que a percepção para com a Rádio está muito positiva. Temos tido diversas manifestações de carinho e apreço vindas de diversas pessoas do mercado e de ouvintes. Hoje nosso público majoritário é formado em 70% de Classe AB 25+. Filet Mignon!!! Agora estamos querendo alavancar mais público da classe C para aumentarmos nossa base. O público é muito dividido entre mulheres e homens. É um público formador de opinião e que toma decisões. Um grande desafio manter essas pessoas com a gente.

PIT - Nesse período, o que você já implementou como marca pessoal?
BL - Mais do que tudo acho que é algo interno. Consegui criar aqui, junto com a equipe, um ambiente maravilhoso e estimulante de trabalho. Aqui trabalhamos rindo e fazendo bagunça. Ninguém tem mais medo de falar besteiras, jogar ideias fora, criar, um dar pitaco na área do outro. Me considero uma pessoa assim: brincalhona ao mesmo tempo que sou bem sério e responsável.No mais, junto com minha equipe, conseguimos colocar a Rádio onde está hoje. A programação, a plástica, a campanha, nossos ambientes digitais, marca na rua, muitos shows e produtos sendo produzidos. Acho que eu, pessoalmente, consegui motivar a todos para este caminho. Hoje 20% da nossa receita já vem de bilheteria de shows!! Isto é maravilhoso!!! Hoje acho que a Rádio está no lugar que ela deveria ter estado nesses 10 anos. Pra mim o desafio, a brincadeira, começa agora.

PIT - Você já trabalhou em gravadoras, escreve livros, faz um dos mais bem sucedidos festivais alternativos do país e é jornalista. Estas funções são interligadas na sua vida? Como você arruma tempo pra tudo isso?
BL - Fora isto que você cita estou terminando a direção musical de um longa metragem chamado “Desenrola”, sigo produzindo eventos e projetos pela minha produtora Pilastra Produções e Eventos, sou um pai super presente na vida do meu filho, do meu enteado e também tento dar toda atenção que minha mulher merece. Mas, enfim, acho que com organização e motivação a gente consegue fazer tudo que quisermos. A vida é uma só!!!! Não tem rascunho!!! Tenho muita urgência de viver e um enorme prazer em realizar tudo que realizo. Acho também que uma atividade me descansa e me alimenta para outra. Faço realmente muitas coisas ao mesmo tempo e não sei como ser diferente. Tenho interesse em diversas áreas, tenho fome de meter a mão e fazer!!! Mas para tudo acho importante termos planejamento. Saber que tem a hora de criar e a hora de executar as ideias. Ideia boa é sempre aquela realizável e realizada. E acho que o grande segredo de tudo é a diversão. Me divirto muito fazendo o que faço e nem sinto como sendo “trabalho”. Felizmente consegui criar para mim uma relação em que trabalho e vida pessoal, social são praticamente a mesma coisa. Minha mulher muitas vezes reclama, mas eu vou administrando. Ela sabe que preciso disto tudo para viver. Mas... Não é fácil para ela não!! Rsrsrsrs....

PIT - O que ainda falta fazer e o que você se orgulha de ter feito?
BL - Tenho muito orgulho de ter feito a direção artística musical do último Reveillon da Praia de Copacabana. A emoção que senti naquele palcão vendo mais de um milhão de pessoas na praia é indescritível e inesquecível. Caramba, fiz uma das festas mais importantes da minha cidade!!!! Caramba estava com meu filho naquele palcão!!! Levei música de altíssima qualidade para o povo da minha cidade!!!! Tenho muito, muito, muito orgulho de ter feito o Reveillon de Copa!!! Uáu!!!! E tenho muito orgulho de saber que cheguei lá pelas ideias que apresentei. Adoro perceber o passo a passo da minha carreira.
Ainda falta fazer muita coisa. Imagina??!! Espero viver muitos anos e não consigo me imaginar aposentado nem nada disto. Sendo assim pretendo ainda fazer muitos projetos que hoje não faço nem ideia. Cada vez me sinto mais seguro para fazer projetos realmente grandes como o Reveillon. Quero, humildemente, de alguma forma interferir na nossa cidade. Conseguir levar cultura de qualidade para as pessoas. É por aí. Ainda quero escrever mais livros, mais peças de teatro, plantar mais árvores, abraçar mais meu filho, jogar mais bola com ele....

PIT – Entre todas as coisas, algum novo projeto que possa nos contar?
BL - Estou querendo muito conseguir implementar uma ideia que já tenho de um Projeto Social onde o bem será valorizado. Não quero doações de comida, água, roupas nem dinheiro. Quero que as pessoas consigam doar mais sorrisos, abraços, gentilezas, bons sentimentos... Estou trabalhando nisto. Se tudo correr bem até janeiro isto sai. Também estou agora fazendo um Projeto chamado “Vice-Versa” onde teremos no palco dois artistas e um só vai tocar músicas do outro. Enfim, tenho vários Projetos e estou trabalhando neles....

PIT - Bruno, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
BL - Eu também agradeço. Entrevistas assim também são boas, pois nos ajudam a organizar as ideias na cabeça. Meu recado é: Divirtam-se!!!! Diversão e prazer são o melhor caminho. A vida é uma só. Não vamos perder tempo... E ó, vamos tratar bem uns aos outros. Gentileza gera gentileza, bons sentimentos geram bons sentimentos, boas ideias geram boas idéias. Façamos o bem sempre!!!!


 * colaboração: Alexandre Aquino