quinta-feira, 2 de outubro de 2008




Shalom!
Todo mundo gosta de ler as colunas sociais, ficar por dentro do que acontece.
Que tal um Papo com uma colunista da comunidade?
Com vocês: Glorinha Cohen!


PIT - Olá Glorinha! Como começou seu trabalho como jornalista?
GC -
Comecei minha carreira jornalística em Jundiaí, no interior de São Paulo, quando tinha apenas 16 anos e para enfrentar um desafio. É que, sendo eu uma adolescente tímida e de família humilde, quando fui preencher a ficha para o cargo de colunista social do mais importante jornal da cidade, a secretária do diretor me olhou de cima a baixo, como se dissesse: você? Colunista Social? Mas, a atitude era justificada. Afinal, quem era eu para pretender substituir um dos colunistas mais influentes da época, e ainda por cima, filho de família ilustre da cidade? Hoje agradeço àquela secretária, pois foi exatamente aquele seu olhar incrédulo e sarcástico que me fez insistir no desafio e acabei conseguindo o cargo. Desde então, quanto maior o obstáculo, mais insisto em transpô-lo, seja ele qual for. Quatro anos depois vim morar em São Paulo para fazer faculdade de jornalismo e também acabei me formando em Direito. Trabalhei como Diretora no Fórum Central de São Paulo e lá me aposentei neste cargo, tendo também exercido a advocacia por uns tempos. Mas, minha paixão mesmo sempre foi o jornalismo e, paralelamente ao Fórum, nunca deixei de escrever, pois adoro gente. Consequentemente, adoro escrever sobre as pessoas, de espalhar alegria. Afinal, o melhor da vida é mesmo alegrar as pessoas, de ajudá-las com palavras ou com frases filosóficas e espiritualistas, se não puder ajudá-las de outra forma. Esta é uma das finalidades do meu trabalho e pode ter certeza que muitas vezes consigo isto.

PIT – E como iniciou a sua história como colunista social da comunidade judaica?
GC -
Comecei em 1981 incentivada pelo saudoso amigo Jacob Timerman Z’L, e ao mesmo tempo em que fora convidada para ser diretora da Hebraica de São Paulo, cargo que tive o prazer de exercer por mais de 25 anos. Quem me deu a primeira chance como colunista foi meu querido amigo Oscar Nimitz, na extinta Resenha Judaica. Hoje ele é diretor do jornal A Tribuna Judaica, no qual, aliás, eu cheguei a editar um suplemento especial muito interessante. Atualmente assino uma página na Revista Shalom e apresento dois blocos no Programa Le Haim, que vai ao ar semanalmente pela TV Aberta de São Paulo. Além do meu site, é claro.

PIT - Falando em site, em que momento você decidiu fazer uma revista eletrônica? Você acha que a internet alcança mais as pessoas?
GC -
Decidi há apenas três anos. A verdade é que eu sempre quis abordar, além da parte social que é o meu forte, temas como medicina, psicologia, saúde e outros, através dos quais as pessoas pudessem encarar de forma mais otimista e objetiva seus problemas diários. E isto, pelos e-mails que tenho recebido, está dando certo graças aos meus colaboradores, que são de altíssimo nível e acreditam no meu trabalho. Ademais, através do http://www.glorinhacohen.com.br/ estes mesmos profissionais têm a oportunidade de mostrar seu trabalho e divulgá-lo, além do bem que estão propagando, o que é mais importante que qualquer outra coisa. Afinal, temos tantos valores dentro e fora de nossa comunidade e, infelizmente, nem sempre eles têm oportunidade de mostrar seu talento na grande mídia. Evidente que, nos jornais para os quais escrevia, seria impossível publicar tantas matérias assim. Por outro lado, como a internet não tem fronteiras, ela também é uma forma de manter nossa coletividade bem informada sobre quase tudo que de mais importante acontece no país inteiro, e uni-la como um todo.

PIT - Você já passou por alguma situação embaraçosa ou engraçada nestes tempos de colunista?
GC -
Não deixa de ser engraçada a abordagem que os sefaradis, às vezes, ainda fazem para reclamar que eu só escrevo sobre os askenazis, e estes também reclamam a mesma coisa. Aí é que a gente nota que há certa discriminação dentro da nossa própria coletividade, o que não é legal. No mais, sabendo compreender a sutileza da vaidade humana, a profissão só me traz alegrias.

PIT - Você escreveu dois livros de poesia "Tempos de Amor e... Solidão" e "Universo Vazio". Pretende escrever mais?
GC -
São poemas do tempo de colégio e faculdade, quando as paixões começam a florescer e a gente tem mais inspiração para extravasá-las. Aliás, a renda com o lançamento do livro “Universo Vazio” foi totalmente revertida para a Wizo-SP e teve o apoio da Fundação Safra, à qual até hoje sou grata.

PIT - Você pretende escrever mais livros?
GC -
Estou pensando em escrever um livro de memórias focado nas personalidades mais interessantes que conheci – e ainda estou conhecendo. Mas, isto ainda levará tempo.

PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
GC -
Viajar mais, conhecer melhor o mundo.

PIT - Muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!!
GC -
Patricia, eu é que lhe agradeço pela oportunidade. E para não perder o hábito, deixo como recado esta frase que é atribuída a Albert Einstein e uma das minhas preferidas: “Se um dia você tiver que escolher entre o mundo e o amor, lembre-se: se escolher o mundo ficará sem o amor, mas, se escolher o amor, com ele conquistará o mundo”. Shaná Tová!



















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Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Patrícia,
Estou adorando ler suas entrevistas.Aguardo ansiosamente todas as semanas.
Obrigada