Shalom!
O Papo de hoje é com um jovem ator que está fazendo o maior sucesso no papel de Renato Russo.
Com vocês.... Bruce Gomlevsky !
PIT - Olá Bruce! Um prazer tê-lo aqui no Papo em Comunidade!
BG - Olá Patricia!
PIT - Para começar, conte um pouco da sua trajetória...
BG - Me formei em teatro pela CAL (Centro das Artes de Laranjeiras). Mas tudo começou na escola. Estudei minha vida toda no Colégio Andrews e lá é uma escola com tradição em teatro. Vários nomes famosos estudaram lá, como Miguel Falabella e Marisa Monte, por exemplo.
PIT - Como você se interessou pelas artes cênicas?
BG - Bom, sempre gostei de artes em geral. Aos nove anos tocava bateria, na verdade meu lado artístico começou com a música. Mas como falei, foi na escola que descobri o teatro, tive aulas com Gustavo Gasparini e aos 15 anos tudo começou efetivamente.
PIT - Você já fez TV , teatro e cinema. O que te dá mais prazer?
BG - Gosto de tudo! Adoro TV, cinema e teatro. Como espectador, adoro cinema, as maiores interpretações estão no cinema, nos clássicos. O teatro é um lugar onde eu posso criar, produzir. O teatro é a raiz, a base onde se pode exercitar, experimentar. Não entendo um ator que não faz teatro. Vivenciar o “ao vivo” é importante. Mas adoro fazer os três!
PIT - “Renato Russo” é um sucesso de público e crítica. A que você atribui este sucesso: a história, o personagem, sua performance ou tudo junto?
BG - É uma confluência de fatores. É um tema que gera curiosidade. Todos querem saber sobre Renato Russo. E, modéstia à parte, acertamos na mão: a banda, luz, direção, cenografia, tudo muito afinado. Foram dois anos de pesquisa e imersão que resultaram num trabalho muito sincero, honesto.
PIT - A produção também é sua. O que te levou a montar esta peça e qual o maior desafio em produzir teatro no Brasil?
BG - É a minha quinta produção, todos acham que comecei agora mas estou na luta há sete anos, nas primeiras produções tive que vender carro, pegar empréstimo... Mas desta vez foi diferente, de cara consegui patrocínio. A idéia surgiu quando minha esposa Julia Carrara me deu o livro “O Trovador Solitário” do Artur Dapieve, sobre a história do Renato Russo e ali me veio a idéia de montar um espetáculo sobre ele. É difícil produzir teatro no Brasil, mas eu gosto, é uma forma de se realizar o próprio trabalho. Eu faço tudo! Teve um projeto que fui a 300 empresas!! Com o “Renato Russo” foi mais fácil, tive sorte!
PIT - Como foi o laboratório da peça? Alguma curiosidade que você possa contar?
BG - Assisti tudo do Renato: entrevistas, shows, depoimentos, falei com amigos, família, integrantes da banda estive no apartamento dele em Ipanema, que está praticamente como ele deixou, como fã fiquei muito emocionado ver os livros, instrumentos e objetos dele. Fiz aula de canto e fono, foram dois anos de pesquisa. Durante este processo, sonhei muito com o Renato. Um contra-regra disse que viu uma vez, no teatro, um vulto que parecia ser ele. A Carmem Teresa, irmã do Renato, diz que ele tá vendo tudo. Eu costumo pedir “permissão” ao Renato antes das peças, é uma energia muito forte que estamos trabalhando. A gente tenta mostrá-lo com um ser humano multifacetado e não caricaturado.
PIT - Falando na irmã, como foi a reação da família do Renato Russo quando viu o espetáculo?
BG - Foi ótima!! Fiquei próximo deles, tive uma relação muito boa com o Giuliano, (filho do Renato) ficamos amigos. Ele me disse uma vez, algo que me marcou muito: “Bruce, você não é o meu pai, mas você disse tudo que eu precisava ouvir”. A irmã, Carmem Teresa, assistiu a peça 11 vezes e quando fui a Curitiba, reduto da família Manfredini, todos foram me assistir.
PIT - Você também vai participar de uma montagem do TIC (Teatro Israelita de Comédia). O que você pode nos adiantar?
BG - É um texto israelense super bonito “Ele caminhava pelos campos”, a história se passa nos anos 40, primórdios dos Kibutzim, quando se tinha uma ideologia bacana, diferente dos dias de hoje. Vai ser apresentado em breve, aguardem!
PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
BG - Ah! Muita coisa! Sou um iniciante, um aprendiz, quero fazer tudo, chegar aos 70 anos de carreira. Tenho vontade de representar vários personagens de Shakespeare, por exemplo. O que me move são os desafios e a paixão em representar. Sou apaixonado por boa dramaturgia independente do gênero.
PIT - Muito obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
BG - Obrigado a você Patricia e gostaria de convidar quem ainda não assistiu Renato Russo e para quem já assistiu, ver de novo, no Teatro João Caetano, de sexta a domingo, sexta e sábado as 19:30 e domingo 18:30 com preços populares, até o dia 19 de outubro. Espero vocês lá!
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