quinta-feira, 24 de julho de 2008

Shalom!


Irreverência, humor e talento. O entrevistado de hoje tem mais de 30 anos de carreira e continua com a corda toda.


Abram-se as cortinas! Com vocês...


Fernando Reski!



PIT - Olá Fernando! Bem vindo ao Papo em Comunidade!
FR -
Olá Patricia!

PIT - Como e quando começou o ator Fernando Reski?
FR -
Começou lá nos tempos da escola, no A.Liessin! Eu era orador da turma. Até que recebi um convite do Antonio Bivar para entrar no Tablado. Fui pra lá e fiz “Pluft o Fantasminha” e “Sonho de uma noite de verão”. Minha vida não parou mais! Cheguei a cursar 3 anos de arquitetura mas não terminei.

PIT - Você também participa do programa Comunidade na TV. Como surgiu este lado repórter?
FR -
Bom, o Gilberto Marmorosch me levou no programa de radio da comunidade e na entrevista falei que gostaria de participar do programa da TV. Era na gestão do Ronaldo Gomlevsky na presidência da FIERJ e ele logo me contratou. Estou há 6 anos no programa!

PIT - Falando nisto, você já entrevistou várias pessoas. Alguma entrevista te marcou mais?
FR -
Difícil dizer! São muitas entrevistas! Me lembro de Ehud Olmert que veio para um evento no Rio de Janeiro quando era só um representante do governo de Israel e não primeiro ministro. Ele foi muito irônico, espirituoso.

PIT - Além de ator você também é diretor. Uma coisa complementa a outra? O que você prefere: dirigir ou ser dirigido?
FR -
Diretor, ator, cenógrafo, figurinista, professor de teatro, entrevistador... Acho que tudo se completa! Eu coloco molho como entrevistador, coisa que os repórteres não têm. O meu improviso me permite isso. Quanto a ser dirigido, nunca mais aconteceu. Eu contribuo muito como ator, não é dizer que já sei tudo, mas são muitos anos de experiência, todos me respeitam.

PIT - Você já passou por alguma “saia justa” ou uma situação inusitada no teatro ou na TV que você possa contar?
FR -
Ah sim! Uma delas o Paulo Coelho conta no livro dele (O Mago – pág 183). Nós fazíamos a peça “Capitães de Areia” e fomos presos na época da repressão. Na peça “Roda Viva” também aconteceu isto, era um espetáculo violento. Quanto a TV, uma vez fomos para São Paulo entrevistar o Padre Marcelo Rossi que tinha voltado de Jerusalém, daí no aeroporto, o rapaz que recolhe as passagens falou: “Comunidade na TV vai para São Paulo” achei engraçado isto! A minha imagem é muito ligada ao programa e volta e meia as pessoas me cumprimentam com “Shalom”, minha marca registrada nas entrevistas. Uma vez trabalhando no sambódromo, várias pessoas na arquibancada gritaram Shalom para mim. É gratificante!

PIT - As suas peças têm sempre uma pitada de humor. Você acha que o público prefere comédia? Por quê?
FR -
Quando é bem feita sim. O público precisa rir. Humor é difícil de fazer, é muita responsabilidade. O comediante tem obrigação de fazer rir. Para mim o humor sai naturalmente, tenho o tempo da comédia. Mas já fiz coisas sérias também!

PIT - Você está em constante movimento. Qual o próximo projeto?
FR -
Realmente! Eu vivo o momento! O próximo projeto? Dirigir uma peça, aguardem!

PIT - O que falta Fernando Reski fazer?
FR -
Antigamente eu dizia que queria ter meu teatro, mas agora eu quero ter meu próprio programa de entrevistas, do meu jeito, com a minha cara e é claro, com humor! Um estilo Otavio Mesquita.

PIT -Você leva a vida a sério?
FR -
Acho que levo muito a sério. Não deveria ser assim..

PIT - Super obrigada por este bate-papo e deixe aqui o seu recado!
FR -
Obrigado a você pelo convite e quem quiser me ver pessoalmente estarei na peça “Mixórdia e Cia” que reestréia dia 02 de agosto no Teatro Posto 6 em Copacabana. Sábados as 21h e Domingo as 20h. É um teatro musicado muito divertido. Apareçam!







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