Já imaginou o que um judeu e um cearense têm em comum?
No Papo de hoje o jornalista, publicitário, imitador e autor premiado Eduardo Shor!
PIT - Olá Eduardo, bem vindo ao Papo em Comunidade!
ES - Olá Patricia, obrigado pela oportunidade.
PIT - Por que você optou pelo jornalismo e publicidade?
ES - O jornalismo e a publicidade são ferramentas que encontrei para permitir o transbordar da minha curiosidade e do desejo por expressar minhas ideias, ou as ideias dos outros, de maneira criativa.
PIT - Além de escrever você gosta de fazer imitações. Como surgiu este lado cômico?
ES - Imito o Sílvio Santos e um rabino que é a mistura de todos os rabinos de qualquer comunidade judaica ou corrente religiosa. Atualmente, as imitações estão aposentadas em sua versão ao vivo, mas disponíveis na minha página do Orkut e no You Tube. O lado cômico vem da procura por visões peculiares sobre o mundo, olhares criativos, maneiras diferentes de observar a vida e as pessoas. É com essa busca incessante que me é possível fazer humor ou escrever os textos.
PIT - Agora em São Paulo, você criou o blog Nóis em Sampa. Conte um pouco desta ideia.
ES - Estou há dois meses e meio na cidade, com objetivo de encontrar melhores oportunidades na área de comunicação. Com minha família e a maior parte dos meus amigos vivendo no Rio de Janeiro, o blog é uma forma de marcar um encontro virtual e literário com gente que tem saudades da terra natal e vive situações semelhantes à minha. A ideia é que pessoas que morem em São Paulo, mas não tenham nascido aqui, transmitam suas impressões sobre a cidade, por meio da escrita. Elas me encaminham os textos e, estando tudo de acordo com as regras do blog, publico. É um outro modo de enxergar São Paulo também, através do olhar de quem vem de fora. O endereço é http://noisemsampa.blogspot.com.
PIT - Recentemente você ganhou o primeiro lugar no Concurso Literário do Hillel-Rio com o texto "Judeu Cearense". Qual foi a sensação de ter o texto escolhido por Moacyr Scliar e Arnaldo Niskier?
ES - É como um arquiteto ter o seu projeto escolhido por Oscar Niemeyer, um músico ter a sua composição selecionada por Chico Buarque, ou um cirurgião plástico ter o seu trabalho elogiado por Ivo Pitanguy. Os dois escritores são membros da Academia Brasileira de Letras e têm dezenas de livros publicados, figurando entre os de maior importância no cenário da literatura brasileira contemporânea. Já li “Um centauro no Jardim” e “A mulher que escreveu a Bíblia”, do Scliar. Conheço a grandeza da obra de ambos. Ter um texto reconhecido por eles é uma séria e emocionante recompensa pelo esforço. Isso me incentiva a ler, trabalhar a redação e escrever mais.
PIT - O que te levou a fazer o texto? Algum judeu cearense te inspirou?
ES - Apesar do título e do tema, o texto fala muito mais do que sobre o judeu cearense. É a metonímia de um povo que vive em transformações, dúvidas, questões sobre identidade, desintegração e união, no mundo todo. Eu participo disso e quis me expressar. Estive no Piauí e no Ceará em fevereiro, para realizar um trabalho. Quando terminei, tirei quatro dias de folga, em Fortaleza. Aproveitei para conhecer a sinagoga local. Percebi que além da estreita ligação da história do Nordeste com os judeus – e de todas as dificuldades de manter a chama do judaísmo acesa hoje – existe uma comunidade cearense pequena em tamanho, mas grande na dedicação à sua própria cultura e religião. São em torno de 35 famílias.
PIT - O que você gostaria ainda de realizar?
ES - Aos 28 anos, ainda tenho muito o que realizar. Entre os meus principais objetivos estão a publicação de livros e o trabalho em cima do texto, de modo que minha escrita seja cada vez melhor e os futuros livros sejam dignos de excelente reconhecimento.
PIT - Eduardo, obrigada por sua entrevista e deixe aqui o seu recado!
ES - Produção de conteúdo para sites, revistas, livros, biografias, jornais, entre outros tipos de publicação, edushor@gmail.com e (11) 7747-4782.
Assista Eduardo Shor na versão Silvio Santos
ANUNCIE AQUI NO COMUNIPAPO
Um comentário:
O Shor merece todas as conquistas que tenho certeza ainda virão. Não apenas pelo seu talento comprovado em todas as áreas, mas por seu grande coração.
Um abraço,
Henry
Postar um comentário